Sementes crioulas e a garantia da soberania dos povos

O primeiro elo da cadeia alimentar é a semente. 
Houve um tempo em que a semente sintetizava o percurso de vida de cada espécie, do jeito que a natureza criou e aprimorou. 



















Hoje essa palavra traz outras opções: o ato de semear pode ocorrer por meio de uma semente crioula, de uma semente orgânica ou tratada e de uma semente geneticamente modificada pela ação do homem. As sementes crioulas são um tipo antigo, que guarda um repertório de seleção natural de milhares de anos. Adaptadas aos ambientes locais, são mais resistentes e menos dependentes de substâncias sintéticas. Elas contribuem para a diversidade alimentar e para a biodiversidade dos sistemas de produção. São resultado, também, do trabalho de gerações de agricultores que selecionaram, multiplicaram e as compartilharam. 
A disponibilidade e continuidade dessas sementes tornou-se uma missão para a agricultura familiar e camponesa, fundamental para a independência e a segurança alimentar dos povos. 
Cartilha da Semente Crioula
Sites para comprar sementes orgânicas: 
Tabutins Sementes 
Empresa do Sul, sementes exóticas, raras, decorativas e espécies boas para pequenos espaços. Sambalina Sementes 
Os donos são um casal de alemães que vieram para Brasil m busca de tranquilidade e plantão em sitio próprio. 
Ciprest 
Empresa de limeira, site bem ruinzinho porém tem boa variedade mais a compra é meio complicada por ter que ligar e ver a disponibilidade e preço dos produtos ou seja é enrolado. 
ISLA
Primeira empresa de sementes da América latina. Variedades tradicionais um bom sistema de venda on line, com roteiro de plantio mas tem vários produtos em falta sempre. Galpão centro oeste Não há separação de orgânico, tem que tomar cuidado para não comprar errado. O site é bem bagunçado também. 
Garden Mania
Pouca variedade


Encontro estadual de sementes crioulas reuniu entidades de diversos territórios baianos 
O secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, dia 19 de abril,  aconteceu o I Encontro Estadual de Sementes Crioulas da Bahia, com o tema “Põe a semente na terra, não será em vão. 

Não te preocupe com a colheita, plantas para o irmão”. 
O evento aconteceu na sede da Associação Regional de Convivência Apropriada à Seca (ARCAS), no município de Cícero Dantas, Território de Identidade Semiárido Nordeste II, com o objetivo de reafirmar e fortalecer o debate sobre a importância das sementes crioulas para a soberania e segurança alimentar e nutricional dos povos. 
O encontro contou com a presença de representantes de diversas entidades do poder público e da sociedade civil e conselhos públicos, como Marcia Maria Muniz, da Articulação do Semiárido (ASA) Bahia e do Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop), de José Moacir dos Santos, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional na Bahia (Consea-BA), de Amauri Santos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/SE), de Carlos Eduardo de Souza Leite, da Articulação de Agroecologia da Bahia (AABA), e Maria Aparecida Reis de Santana Pereira, da Comunidade Quilombo Viração e Ciriquinha, do município de Jeremoabo e José dos Santos, do Colegiado Territorial, entre outros. Segundo o titular da SDR, Jerônimo Rodrigues, já existe uma proposta bem construída para a implementação dessa política de sementes, mas que deve continuar o diálogo com os movimentos, que devem apresentar pautas, cada vez mais, qualificadas, para que as ações possam avançar. “Nesse encontro, que possibilita a discussão de questões como quantidade, diversidade, e superação de um processo de transição, para se passar de uma ação de distribuição de sementes, para a garantia de uma autonomia de produção de sementes”.

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