Centenário de Thales de Azevedo é comemorado com seminário em Salvador

Para celebrar o centenário de nascimento do professor Thales de Azevedo, um dos mais reconhecidos intelectuais baianos, Salvador recebe, de 10 a 13 de novembro, o seminário
internacional “Relendo Thales de Azevedo - uma avaliação crítica de seu legado”, além de exposição e lançamento de livros. 
O evento será aberto às 19h, no Museu de Arte da Bahia, com a apresentação da exposição “Presença de Thales”, composta de aquarelas, memória fotográfica e objetos de trabalho do homenageado. Ainda neste dia serão lançadas as publicações “Thales de Azevedo e a arte de escrever e pintar”, de Paulo Ormindo de Azevedo, e “Uma pesquisa sobre a vida social no Estado da Bahia”, de Jaci Maria Ferraz de Menezes. O público poderá conferir também a exibição de um documentário e uma pequena seresta dedicada a Thales de Azevedo. No dia 11, a partir das 8h30, no Convento do Desterro, em Nazaré, tem início o seminário, com a apresentação de trabalhos sobre a obra do intelectual. Com várias mesas sobre temáticas relacionadas a temas em que o homenageado dedicou suas pesquisas e reflexões – História e Relações Raciais, Estado e Religião, Corpo e Saúde – as discussões seguem até o dia 13 de novembro. O encerramento, que acontece às 20 horas, no Salão Nobre da Ufba, no Canela, contará com apresentação da Orquestra Sinfônica da Ufba.

Gastronomia Baiana e Thales


O estudioso baiano Thales de Azevedo propôs estudar a Bahia dividindo-a em seis subáreas com características próprias, a capital Salvador e recôncavo dos antigos senhores de escravos; a região nordeste do sertão e cangaço; o sudoeste do cacau; o planalto central das lavras diamantinas; o vale do São Francisco; e o planalto ocidental.
A dúvida sobre o motivo pelo qual se fala a todo o tempo de Bahia, quando na verdade tem-se a intenção de falar de apenas uma parte desse todo, é pertinente. Desde tempos remotos, convencionou-se chamar assim a cidade do Salvador, fundada em 1549, a primeira do império português nas Américas. 
O termo sempre foi muito utilizado por viajantes vindos de capitanias hereditárias próximas e menos desenvolvidas, como Porto Seguro, Ilhéus e Ilha de Itaparica, as quais, posteriormente, foram incorporadas ao que hoje corresponde ao território do estado da Bahia, assim como por pessoas de outras regiões mais distantes do império, quando vinham à capital. 
O fato de Salvador ser banhada pela Baía de Todos os Santos, que dá nome ao estado como um todo, é uma das explicações plausíveis para que esse costume, que se configura até os dias atuais entre estudiosos, representantes do trade turístico e a população brasileira de modo generalizado, seja ainda amplamente difundido.

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