Flor comestível da África Ocidental pode ser um suplemento natural para perda de peso

A planta é altamente comestível, tem antioxidantes que pesquisadores na Austrália dizem que podem ajudar nos esforços de perda de peso.

Flores de Hibiscus, liofilizadas em uma placa de Petri.

De acordo com o novo estudo, os antioxidantes e o ácido orgânico do Hibiscus, podem ser eficazes na prevenção da formação de células adiposas. Ter um pouco de gordura é importante para regular os níveis de energia e açúcar do corpo, mas quando há muita gordura, o corpo converte o excesso em células de gordura chamadas adipócitos. À medida que as pessoas produzem mais energia sem gastá-la, as células de gordura crescem em tamanho e número, levando ao ganho de peso e à obesidade.

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O tráfico transatlântico de populações das mais variadas localidades da África entre os séculos XV e XIX é marcado por uma relação de idas e vindas entre os diferentes países das Américas e Antilhas e os Portos negreiros africanos. 

No estudo atual, uma equipe da RMIT University tratou células-tronco humanas com extratos fenólicos e ácido hidroxicítrico antes de se transformarem em células de gordura. As células expostas ao ácido hidroxicítrico não apresentaram nenhuma alteração no teor de gordura dos adipócitos. Por outro lado, as células tratadas com extratos fenólicos tinham 95% menos gordura do que as outras células.

Os tratamentos atuais da obesidade se concentram em mudanças no estilo de vida e medicamentos. Embora os medicamentos atuais sejam eficazes, eles aumentam o risco de desenvolver pressão alta, bem como danos aos rins e fígado. As descobertas sugerem que os extratos fenólicos da planta roselle podem fornecer uma estratégia de controle de peso natural, mas eficaz.

“Os extratos fenólicos do hibiscus podem ajudar a criar um produto alimentar saudável que seja eficaz em interferir na formação de células de gordura, mas também contornar os efeitos colaterais ruins de alguns medicamentos”, diz Ben Adhikari, professor da RMIT University's Food Research and Centro de Inovação, em um comunicado de imprensa .

Flores de Hibiscus liofilizadas foram usadas para extrair os compostos antioxidantes e ácidos orgânicos. (Crédito: Universidade RMIT)

Tem havido um interesse crescente em estudar os benefícios para a saúde de compostos ricos em antioxidantes chamados polifenóis. Eles são encontrados em vários tipos de frutas e vegetais. Quando as pessoas os consomem, os antioxidantes eliminam moléculas oxidativas nocivas no corpo que contribuem para o envelhecimento e doenças crônicas.

Pesquisas anteriores sobre polifenóis em roselle revelam que eles agem como um bloqueador enzimático natural, semelhante ao funcionamento de alguns medicamentos para obesidade.

O polifenol interrompe uma enzima digestiva chamada lipase. Essa proteína quebra as gorduras em pequenas quantidades, para que o intestino as absorva. Qualquer excesso de gordura se transforma em células de gordura. Quando algo inibe a enzima lipase, a gordura não pode ser absorvida pelo corpo, permitindo que ela passe pelo corpo como lixo.

“Como esses compostos polifenólicos são derivados de plantas e podem ser consumidos, deve haver menos ou nenhum efeito colateral”, diz a principal autora do estudo, Manisa Singh, doutoranda na RMIT University. A equipe planeja usar os extratos fenólicos de roselle em produtos alimentícios saudáveis. Os cientistas de alimentos também podem transformar os extratos em pequenas esferas que se tornam parte de bebidas refrescantes.

“Os extratos fenólicos oxidam facilmente, portanto, o encapsulamento não apenas estende sua vida útil, mas também nos permite controlar como eles são liberados e absorvidos pelo corpo”, diz Adhikari. “Se não encapsularmos o extrato, ele pode se decompor no estômago antes que possamos colher seus benefícios.”

O estudo foi publicado no International Journal of Food Science and Technology