Agricultura sustentável tem de ser fácil, eficaz e de baixo custo

Como fazer agricultura de escala, para alimentar bilhões de pessoas no mundo todo, e ainda assim com sustentabilidade e lucratividade? Essa foi a avaliação do Biologo Agenor Mafra-Neto, no XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia, realizado essa semana em Maceió (Alagoas). 

Uma das melhores soluções foi apresentada pelo biólogo Agenor Mafra-Neto, da Isca Tecnologias. 
Na avaliação do especialista, “existem ferramentas muito boas. Inseticidas são ferramentas ótimas para o controle de insetos. O único problema é como eles estão sendo usados hoje em dia”. De acordo com Mafra-Neto, os “químicos ecológicos” são uma alternativa fundamental, e todas “essas ferramentas podem ser usadas juntas – num sistema híbrido”. 
Como exemplo, o biólogo menciona a utilização de “atração por feromônios e outros semioquímicos. 

Ou seja, não é necessário aspergir inseticida em toda a área, mas sim colocar em pequenos pontos, de modo que só o inseto seja o alvo dessa ação. Você pode fazer uma agricultura “verde” imediatamente, desde que se tenha essas ferramentas de química ecológica para manipular o comportamento dos insetos de uma maneira inteligente”. 
Mas e o custo? Segundo Mafra-Neto, “normalmente se pensa que os feromônios são produtos de alto custo, que serão utilizados somente por agricultores que tenham alta rentabilidade no processo de produção. O que tentamos fazer na Isca Tecnologia é quebrar esse paradigma. 
Trazer essas soluções para um preço equivalente ao de um inseticida”. “Nesse momento a decisão do agricultor é: vou usar o inseticida ou essa solução ‘verde’. Se ele puder usar qualquer uma, ele vai ver que existem vantagens nessa solução sustentável. Enquanto foram muito tecnificadas ou muito caras, vai ser muito difícil que pequenos produtores façam usam tanto no Brasil como em qualquer lugar do mundo. O que temos de fazer é tornar essas soluções extremamente fáceis de usar, eficazes (independentemente como se usa), de baixo custo e efetivas para o produtor”, conclui. Agrolink Autor: Leonardo Gottems

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