Pão-de-Ló um doce muito especial
Por ser um doce muito leve, as receitas de Pão-de-Ló portugueses são presença obrigatória na Páscoa e nas festas natalinas.
A disputa pela sua autoria é acirrada,pois existem varias receitas, todas consideradas famosas.
Entre o Douro e o Minho encontramos o de Margaride (Felgueiras).
DE TARDE
Naquele pic-nic de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
O Livro de Cesário Verde, Lisboa, 1887
Ficou com água na boca? Pois saiba que essa massa tem um nome: pão de ló, receita típica da cozinha portuguesa, que pode servir de base para bolos recheadíssimos e com coberturas deliciosas ou, simplesmente, ser consumida "sozinha", despertando paladares e aromas por toda a mesa.
A disputa pela sua autoria é acirrada,pois existem varias receitas, todas consideradas famosas.
Entre o Douro e o Minho encontramos o de Margaride (Felgueiras).
Na região do litoral de Beira, os de Vizela e os de Ovar, porem o mais popular é o de Alfazeirão, na região de Estremadura.
DE TARDE
Naquele pic-nic de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
O Livro de Cesário Verde, Lisboa, 1887
Ficou com água na boca? Pois saiba que essa massa tem um nome: pão de ló, receita típica da cozinha portuguesa, que pode servir de base para bolos recheadíssimos e com coberturas deliciosas ou, simplesmente, ser consumida "sozinha", despertando paladares e aromas por toda a mesa.
Em seu livro Mil-folhas - História ilustrada do doce (Editora Cosac Naify), a escritora Lucrecia Zappi conta que o pão de ló segue a combinação clássica da doçaria portuguesa, ou seja, a receita leva açúcar e ovos - e claras batidas em neve.
As claras fofinhas, aliás, são as responsáveis pela massa levíssima do bolo e justificam o termo "ló", que dá nome à receita. Ló, para quem não sabe, é um tecido finíssimo e delicado. Mas se os portugueses levam os parabéns pelos deliciosos bolos com nome de pão, Lucrecia resgata a verdadeira história do quitute. "Depois que os portugueses visitaram o Japão no século XVI, o pão de ló tornou-se iguaria nacional", cita em seu livro.
O tal bolo japonês que serviu de inspiração para o pão de ló é chamado casterá (por causa da clara em castelo, que é mais firme que a clara em neve) e leva mel na receita.
O tal bolo japonês que serviu de inspiração para o pão de ló é chamado casterá (por causa da clara em castelo, que é mais firme que a clara em neve) e leva mel na receita.
@elcocineroloko
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