Ofício das Paneleiras de Goiabeiras
As Paneleiras de Goiabeiras, assim chamadas por ser a maioria de mulheres, residem no bairro de Goiabeiras, em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo.
Em 1815, as panelas de barro de Goiabeiras já figuravam na lista de atrativos turísticos do Espírito Santo.
O naturalista Saint Hilaire as descreveu, segundo o Dossiê das Paneleiras de Goiabeiras do Iphan, como: “caldeira de terracota, de orla muito baixa e fundo muito raso”, “… num lugar chamado Goiabeiras, próximo da capital do Espírito Santo”. Com competência confeccionam, em barro, panelas, potes, travessas, bules, caldeirões, frigideiras etc, de diversas formas e tamanhos. O processo de fabricação, o ensinamento, transmitido de pais para filhos, permite que a identidade cultural desta atividade seja mantida com muito poucas alterações, há várias gerações. São avós, mães, filhas e netas exercendo o mesmo ofício que é praticamente o mesmo que os índios usavam quando aqui aportaram os portugueses na época do descobrimento.
Anteriormente, as Paneleiras trabalhavam individualmente em suas próprias casas. Atualmente, mais organizadas, estão agrupadas na Associação das Paneleiras de Goiabeiras, uma espécie de cooperativa. Trata-se de um galpão onde cada uma, independentemente, produz e comercializa suas próprias peças. Sob o aspecto econômico, a renda que auferem, é significativa no contexto da manutenção de suas famílias.
A Associação já se tornou um dos pontos turísticos da cidade, sendo visitada, regularmente, por turistas interessados em adquirir as peças e ver como as mesmas são confeccionadas. No futuro pretendem as Paneleiras expandir as instalações montando, inclusive, um restaurante de pratos típicos capixabas. A panela de barro é uma tradição milenar no Espírito Santo. A cerâmica em argila queimada era fabricada pelos índios ainda antes da colonização portuguesa. Esta tradição se mantém viva graças às paneleiras de Goiabeiras-ES, que, há várias gerações, continuam fabricando artesanalmente as autênticas panelas de barro. Reconhecida nacional e internacionalmente como objeto de arte popular, a panela de barro não perde sua tradição utilitária. Está associada à genuína culinária espiritosantense, principalmente no preparo da Moqueca e da Torta Capixaba. Raiz da cultura popular do Espírito Santo, a legítima panela de barro capixaba é identificada por um Selo de Qualidade da Associação das Paneleiras de Goiabeiras.
O ofício das paneleiras foi registrado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como um bem cultural do País O saber envolvido na fabricação artesanal de panelas de barro foi o primeiro bem cultural registrado, pelo Iphan, como Patrimônio Imaterial no Livro de Registro dos Saberes, em 2002.
O processo de produção no bairro de Goiabeiras Velha, em Vitória, no Espírito Santo, emprega técnicas tradicionais e matérias-primas provenientes do meio natural. A atividade, eminentemente feminina, é tradicionalmente repassada pelas artesãs paneleiras, às suas filhas, netas, sobrinhas e vizinhas, no convívio doméstico e comunitário.
Apesar da urbanização e do adensamento populacional que envolveu o bairro de goiabeiras, fazer panelas de barro continua sendo um ofício familiar, doméstico e profundamente enraizado no cotidiano e no modo de ser da comunidade de Goiabeiras Velha. É o meio de vida de mais de 120 famílias nucleares, muitas das quais aparentadas entre si. Envolve um número crescente de executantes, atraídos pela demanda do produto, promovido pela indústria turística como elemento essencial do “prato típico capixaba”. As panelas continuam sendo modeladas manualmente, com argila sempre da mesma procedência e com o auxílio de ferramentas rudimentares.
Depois de secas ao sol, são polidas, queimadas a céu aberto e impermeabilizadas com tintura de tanino, quando ainda quentes. Sua simetria, a qualidade de seu acabamento e sua eficiência como artefato devem-se às peculiaridades do barro utilizado e ao conhecimento técnico e habilidade das paneleiras, praticantes desse saber há várias gerações.
A técnica cerâmica utilizada é reconhecida por estudos arqueológicos como legado cultural Tupi-guarani e Una2, com maior número de elementos identificados com os desse último.
O saber foi apropriado dos índios por colonos e descendentes de escravos africanos que vieram a ocupar a margem do manguezal, território historicamente identificado como um local onde se produziam panelas de barro.
Confeccionadas com um tipo de argila que só é encontrada na região, as panelas são moldadas à mão e queimadas em fogueiras a lenha. E, ainda quentes, passam pelo processo de sova ou açoite (foto), no qual são tingidas com tanino, tinta extraída da casca do mangue vermelho, uma árvore nativa.
O ofício das paneleiras foi registrado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como um bem cultural do País
O naturalista Saint Hilaire as descreveu, segundo o Dossiê das Paneleiras de Goiabeiras do Iphan, como: “caldeira de terracota, de orla muito baixa e fundo muito raso”, “… num lugar chamado Goiabeiras, próximo da capital do Espírito Santo”. Com competência confeccionam, em barro, panelas, potes, travessas, bules, caldeirões, frigideiras etc, de diversas formas e tamanhos. O processo de fabricação, o ensinamento, transmitido de pais para filhos, permite que a identidade cultural desta atividade seja mantida com muito poucas alterações, há várias gerações. São avós, mães, filhas e netas exercendo o mesmo ofício que é praticamente o mesmo que os índios usavam quando aqui aportaram os portugueses na época do descobrimento.
Anteriormente, as Paneleiras trabalhavam individualmente em suas próprias casas. Atualmente, mais organizadas, estão agrupadas na Associação das Paneleiras de Goiabeiras, uma espécie de cooperativa. Trata-se de um galpão onde cada uma, independentemente, produz e comercializa suas próprias peças. Sob o aspecto econômico, a renda que auferem, é significativa no contexto da manutenção de suas famílias.
A Associação já se tornou um dos pontos turísticos da cidade, sendo visitada, regularmente, por turistas interessados em adquirir as peças e ver como as mesmas são confeccionadas. No futuro pretendem as Paneleiras expandir as instalações montando, inclusive, um restaurante de pratos típicos capixabas. A panela de barro é uma tradição milenar no Espírito Santo. A cerâmica em argila queimada era fabricada pelos índios ainda antes da colonização portuguesa. Esta tradição se mantém viva graças às paneleiras de Goiabeiras-ES, que, há várias gerações, continuam fabricando artesanalmente as autênticas panelas de barro. Reconhecida nacional e internacionalmente como objeto de arte popular, a panela de barro não perde sua tradição utilitária. Está associada à genuína culinária espiritosantense, principalmente no preparo da Moqueca e da Torta Capixaba. Raiz da cultura popular do Espírito Santo, a legítima panela de barro capixaba é identificada por um Selo de Qualidade da Associação das Paneleiras de Goiabeiras.
O ofício das paneleiras foi registrado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como um bem cultural do País O saber envolvido na fabricação artesanal de panelas de barro foi o primeiro bem cultural registrado, pelo Iphan, como Patrimônio Imaterial no Livro de Registro dos Saberes, em 2002.
O processo de produção no bairro de Goiabeiras Velha, em Vitória, no Espírito Santo, emprega técnicas tradicionais e matérias-primas provenientes do meio natural. A atividade, eminentemente feminina, é tradicionalmente repassada pelas artesãs paneleiras, às suas filhas, netas, sobrinhas e vizinhas, no convívio doméstico e comunitário.
Apesar da urbanização e do adensamento populacional que envolveu o bairro de goiabeiras, fazer panelas de barro continua sendo um ofício familiar, doméstico e profundamente enraizado no cotidiano e no modo de ser da comunidade de Goiabeiras Velha. É o meio de vida de mais de 120 famílias nucleares, muitas das quais aparentadas entre si. Envolve um número crescente de executantes, atraídos pela demanda do produto, promovido pela indústria turística como elemento essencial do “prato típico capixaba”. As panelas continuam sendo modeladas manualmente, com argila sempre da mesma procedência e com o auxílio de ferramentas rudimentares.
Depois de secas ao sol, são polidas, queimadas a céu aberto e impermeabilizadas com tintura de tanino, quando ainda quentes. Sua simetria, a qualidade de seu acabamento e sua eficiência como artefato devem-se às peculiaridades do barro utilizado e ao conhecimento técnico e habilidade das paneleiras, praticantes desse saber há várias gerações.
A técnica cerâmica utilizada é reconhecida por estudos arqueológicos como legado cultural Tupi-guarani e Una2, com maior número de elementos identificados com os desse último.
O saber foi apropriado dos índios por colonos e descendentes de escravos africanos que vieram a ocupar a margem do manguezal, território historicamente identificado como um local onde se produziam panelas de barro.
O ofício das paneleiras foi registrado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como um bem cultural do País
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