Ewé! A Força que vem das Folhas KÒ SÍ EWÉ, KÒ SÍ ÒRÌSÀ!
Expressão no idioma Yorùbá que quer dizer: "Se não há folhas, não há Òrìsà!"
Esta expressão dá ao leitor o entendimento da importância das folhas dentro dos rituais de origem africana, no entanto, queremos aqui ampliar este conceito, traduzindo por folhas os vegetais de um modo geral, incluindo além de suas folhas, seus frutos, sementes, e até mesmo seu caule; e traduzindo por Òrìsà, os diversos usos "mágicos" desses vegetais.
Na caminhada evolutiva do homem, que hoje a maioria dos estudiosos acredita ter começado no continente africano, ele se valeu da observação da natureza para o desenvolvimento de habilidades que até então ele não possuía e, naquele continente onde "tudo começou", sociedades ditas "animistas" ou "tradicionais" continuam até hoje vivendo em harmonia com a natureza, dela tirando ensinamentos para a sua vida social.
Animistas porque acreditam que "toda manifestação viva pressupõe a presença de uma força vital, determinante do ideal de viver", e que utilizando práticas específicas esta "força" poderá ser utilizada em seu favor! E dentro deste conceito os vegetais representam um grande potencial de possibilidades. Neles encontramos a definição da ação esperada de cada uma das plantas que entram na receita." (Ewé,Pierre Verger, 1995). Bom, diante dessa referência concluímos que as plantas e seus derivados não são utilizados aleatoriamente, visam atender necessidades específicas, ou seja, qual o resultado esperado? Ou ainda: utilizar a folha certa no momento certo! Vimos também que a ação esperada dessas folhas está ligada ao que vai ser dito no momento de sua utilização, o ofò, que nada mais é do que a utilização da palavra enquanto transmissora de àse. Verger diz ainda que à primeira vista é difícil perceber nas diversas "receitas", que tem como ingredientes elementos vegetais, qual é a parte "mágica", ou seja, aquela que o efeito vai se dar pelo àse nela contido, e quais as virtudes testadas experimentalmente dessas plantas, ou seja, ele diz com isso que muitas dessas plantas já tiveram suas propriedades farmacológicas comprovadas.
O preconceito, sobre qualquer tema só pode ser minimizado através do conhecimento. É com este principal objetivo que Mãe Stella de Oxossi lançou um livro revelando o saber filosófico e religioso atraves das folhas no candomblé.
O livro O que as Folhas Cantam (para quem canta folha), revela a sabedoria contida em mais de sessenta cânticos da língua yorubá, através da tradução para o português. O livro, que tem 272 páginas, é de fácil compreensão, pois além de conter ilustrações de todas as folhas, tem para cada uma delas o nome científico, popular e yorubá.
Para aqueles que entram em contato com o iorubá pela primeira vez, talvez seja interessante saber que este idioma originário da África ocidental, de regiões que hoje fazem parte das repúblicas da Nigéria e do Benin, é uma língua milenar, com relatos de muitos séculos de história antes da chegada dos europeus à capital de seu reino, Ilé-Ifé.
Ao lado do haússa, o iorubá é uma das mais importantes línguas da Nigéria, sendo falado por aproximadamente 25 milhões de pessoas naquele país e por milhões de descendentes de escravos africanos em países onde houve algum espaço para a cultura iorubá sobreviver, como no Brasil, na forma conhecida como nagô, e em Cuba. Além de antiga, a língua iorubá é oral — tendo sido grafada no papel pela primeira vez apenas no século XIX, pelos etnólogos britânicos que chegavam à África para estudá-la — e tonai, sendo necessário "cantar" suas palavras corretamente para se expressar por meio dela. Tais características abrem um formidável campo de estudos e algumas dificuldades. O fascinante de uma língua oral tão antiga são seus mecanismos para a transmissão de conhecimentos, estruturados na forma de cantos, fór--mulas e narrativas repetidas de uma geração para outra.
A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL
Em 1789, no primeiro dicionário monolíngue do idioma português, Antônio Morais e Silva já identificava várias palavras de origem africana, como batucar, cafuné, malungo e quiabo, de uso corrente entre os brasileiros. Ao longo do século XIX e nas três décadas do seguinte, não faltaram vozes a chamar a atenção para a presença africana no português do Brasil, mas mesmo num estudo mais penetrante como o de Antônio Joaquim de Macedo Soares, “Sobre algumas palavras africanas introduzidas no português que se fala no Brasil”, estampado em 1880 na Revista Brasileira, essa participação era considerada ainda menor do que a do tupi e outras línguas ameríndias.
Embora Macedo Soares visse com interesse quase afetuoso o contributo africano, é ainda pequeno o espaço que lhe é reservado no seu Dicionário brasileiro da língua portuguesa: elucidário etimológico crítico das palavras e frases que, originárias do Brasil, ou aqui populares, se não encontram nos dicionários da língua portuguesa, ou neles vêm com forma ou significação diferente, publicado em 1889 até o verbete “candeeiro”. Esse importante dicionário foi completado, com base no amplo material recolhido por aquele pesquisador, por seu filho, Julião Rangel de Macedo Soares, que o pôs nas estantes somente em 1954.
A situação começara a mudar em 1933, com o aparecimento de O elemento afro-negro na língua portuguesa, de Jacques Raimundo, e principalmente deste livro, A influência africana no português do Brasil.
O autor, Renato Mendonça, era um rapaz de 21 anos, que tinha como único título ─ e o pôs sob seu nome na capa e folha de rosto da 1ª edição ─ ALBERTO DA COSTA E SILVA o de bacharel em ciências e letras pelo Pedro II.
É de imaginar-se a perplexidade dos que tiveram de julgar este trabalho, quando foi apresentado como tese ao concurso para o provimento da cadeira de português do internato daquele mesmo colégio.
Os examinadores viram-se diante de uma monografia bem fundamentada sobre um tema que, surpreendentemente, se revelava mais do que relevante e que, até então, quase não fora estudado ou o fora de modo pouco atento. As teses do ex-aluno que aspirava ascender a professor estavam, como é natural, abertas à polêmica, mas eram convincentes e expostas com discreta erudição e seriedade.
Renato Mendonça arrolava cerca de 350 palavras de proveniência africana que se haviam infiltrado no português do Brasil, um número consideravelmente superior às 47 que Antenor Nascentes identificara como tais, no seu Dicionário etimológico da língua portuguesa, que saíra um ano antes.
Embora ainda muito distante dos quase 3.000 termos reconhecidos, no fim do século XX, por Yeda Pessoa de Castro em Falares africanos na Bahia ─ aos quais, para se formar ideia do tamanho dos aportes da África ao
português do Brasil, se teria de acrescentar uma boa quantidade de palavras usadas somente em outros estados ─, o vocabulário que ocupava 1/3 do livro de Renato Mendonça já servia de argumento contra os que subestimavam a contribuição dos povos negros às maneiras brasileiras de falar e escrever.
Essa influência africana ─ advertiu, também pioneiramente, Renato Mendonça ─ não se reduzia ao enriquecimento lexical: ela se estendia à fonética, à morfologia, à sintaxe, à semântica, ao ritmo das frases e à música da língua.
O rapaz de 21 anos era ousado, e, entre as várias propostas novas e sedutoras que se sucedem em seu livro, sustenta ─ antecipando o que hoje se reconhece ─ que o contributo do quimbundo fora mais importante do que o do iorubá na conformação do português do Brasil.
De que foi excepcional a repercussão deste livro nos meios cultos ─ e sintomaticamente no mesmo ano em que Casa grande e senzala, de Gilberto Freyre, alterava inteiramente nossa maneira de ver o Brasil e o que devíamos à África ─, há um indício claro: sua segunda edição sairia, ampliada, em 1935, numa coleção de enorme prestígio, a Brasiliana, que só abrigava obras fundamentais para o conhecimento do país. Na página de rosto dessa nova edição, embaixo do nome do autor, substituiu-se o título com que se apresentava de bacharel pelo Colégio Pedro II para integrante dos quadros do Ministério das Relações Exteriores. Renato Mendonça entrou mocinho no Itamaraty, mas, como diplomata, sua carreira não fluiu como esperava. Tinham-no como pessoa difícil de trato, ríspida e impaciente. Quando o conheci, creio que em 1968, era embaixador na Índia e viera ao Brasil para o lançamento de uma nova edição de outro importante livro seu, Um diplomata na Corte da Inglaterra, sobre o barão de Penedo e a sua época, publicado originalmente em 1942. Com o volume na mão, era todo felicidade, mas no resto do tempo parecia estar sempre irritado ou zangado. Dava-me a impressão de que se julgava traído pela vida.
Quando menos, pelo Itamaraty, que não o tratara, no correr da carreira, pelas suas qualidades intelectuais, como julgava merecer. Além do seminal A influência africana no português do Brasil e de Um diplomata na Corte da Inglaterra, Renato Mendonça foi autor de várias outras obras, entre as quais, O português do Brasil: origens, evoluções, tendências, de 1936, História da política exterior do Brasil, de 1942, e Fronteira em marcha, de 1956, que tiveram pouca ressonância. Esta nova edição de sua obra mais famosa, no ano do centenário de seu nascimento ─ Renato Mendonça nasceu em 23 de dezembro de 1912 ─, traz uma introdução de Yeda Pessoa de Castro, que, há mais de 50 anos, estuda línguas africanas e suas influências sobre o português do Brasil, com pesquisas de campo nos dois lados do Atlântico. Sendo ela a maior especialista brasileira no assunto, respeitada internacionalmente, não conheço ninguém mais capacitado para avaliar a importância histórica e a permanência deste livro na mesa de trabalho do filólogo e do etnolinguista. Ao correr os olhos sobre o vocabulário levantado por Renato Almeida, dos verbos de origem africana, só encontrei três de uso quotidiano, “batucar”, “cochilar” e “xingar”, que devem ter vindo do quicongo ou do quimbundo. Vários outros poderiam ser acrescentados:“capengar”, “cochichar”, “fungar”, “fuxicar” e “zangar”, por exemplo. Dificilmente passamos um dia sem empregar pelo menos um deles, o que mostra como, no plano vocabular, o de apreensão mais rápida, a África nos valeu para expressar gestos e ações, além de nos ter legado os substantivos com que designamos vegetais, comidas, adornos, danças, instrumentos de música e os mais diferentes objetos que atravessaram durante tantos séculos o Atlântico. Ao longo deles, África entranhara-se na maneira de falar e escrever do brasileiro, e foi isso o que nos revelou, com segurança e apuro, um jovem estudioso mal saído da adolescência, num livro que entrou para a história da cultura brasileira.
Alberto da Costa e Silva
Nomes das Folhas em Ioruba e Português.
Abafe ilé = fedegoso
Rékúrékú = fedegoso roxo
Olugboró = fedegoso rasteiro
Ábajé = folha do inhame
Agbalakosé = falsa mosqueia
Ariwó = chama mosca
Ilákósín igbó = folha de amêndoa
Ábamódá = sangue lavo
Érú odudu = folha da costa
Kantikanti = saião
Kóronpón = coitama
Ábárá oké = folha de baunilha de nitre
Ábebe osun = erva capitão
Abékó = arroz
bravo Abéikó = folha de arroz
Abíkóló = erva
botão Arójóku = erva da noite
Orójókú =dama da noite
Áárágbá = erva meio dia
Abírunpó = folha do maracujá
Abitolá = cambará vermelho
Abo = araticu da areia
Aréré = capim matreiro
Áfón = capim transassem
Abo ógánmó = andrioba
Éfuu yá = folha do algodão
Abojájá = caruru da Bahia
Ajégbéhin = bredo do campo
Abo lábejábe = capim tiririca
Abo réré = fedegoso verdadeiro
Abo oriré = capim mata pasto
Opa iku = quarana
Asíwmáwú = folha de abóbora
Adáwérésewéré = folha da cabaça
Abo yareré = folha do pepino
Afé = araticun do brejo
Afegiagagaké = pinha do brejo
Afóforo igigbalodé = jasmim de caiena
Afóforo óyínbó = margosa
Afómom = erva passarinho
Áfon = espinhela falsa
Ágánerigbo = capim aranha
Ayáná móigbó = gloriosa
Móórá = folha da amoreira
Ewéajé = fumo bravo
Yángámú ódán = fumo roxo
Oná pupa = erva de santa Maria vermelha
Kádúnkódun = mamona branca
Agemó kodún = capiçobá erva lanceta
Agidimagbáyin = erva de vassorinha
Ágbádó = fruto do milho
Igbádo = folha do milho
Oká = sabugo Yangá
funfum = milho branco
Eringbádó = folha do milho de pipoca
Erinká = milho roxo
Eginrin ágbádó = folha do quiabo roxa
Elépéé inlá = folha do quiabo branca
Ijééré = capim santo
Ágbáon = imbaúba ou umaúbá
Ágbásá = folha do aniz
Átápári = pimenta dedo de moça
Átáári órukó = pimenta malagueta
Agbári óbukó = folha ardida ( qualquer folha ardida )
Igi ágbón = palmeira da Bahia
Agbémó = folha de batata doce
Agbemó okun = folha da batata doce roxa
Agogô = brinco de princesa ( todas as folhas e flores que imitam um sino )
Agogô igun = crista de galo
Óógun = folha que imitam uma espada ou faca
Ogbé akunkó = crista de galo branca
Akunkó Dudu = crista de galo preta
Akunkó fumfum = crista de galo branca
Ahon ekú = falso cardo
Ehún arúgbó = cânhamo brasileiro
Ópípí = canela de velho
Ópípí oko = folha de canela de velho roxa
Ájágbáo = folha de tamarindo
Ajígbawá = campainha vermelha
Atéwó edún = campainha rosa
Ájobi fumfum = aroeira branca
Ájobi pupa = aroeira vermelha
Jinjin = bredo da terra
Ákáro = dinheiro em penca
Akesse = algodão gigante ( também é dado este nome para a paineira )
Akínsálé = juá e pitanga
Ejirin ajé = jeticuçu
Ejirin odan = fruto da pitanga
Ejirin olokun = bétis cheiroso
Akoko = folha do precipício de ligação com aiye e orum
Ako ire = pau cadeira
Ako ewuro adó = cruz de malta
Ewúro adó = erva de santa luzia
Iram = dormideira
Irowo = dormideira
Ikúúúkú erin = canábis sensitiva
Aládé = erva de são bento
Aládum =olho de cabra
Ewé aladun = olho de pombo
Mééssén sé itákun = ervas 9 pontos
Alákéssi =são gonsalinho
Aláwéré = língua de vaca
Ajígbórere = beldroega grande
Gburé = Mangerona
Áló = cara do Pará
Agandán = cará moela
Ábájé = 7 sangre sangria
Apépé = capim marmelada
Aginipá = erva mata pinto
Óparapá = erva de cavalo
Óló = espanta aranha
Pá-nságá = quebra demanda
Álubosá = cebola branca
Álubosá pupa = cebola roxa
Alubosá ketá = cebola de gomos
Élubósá = cebola em folha
Álúbósá élewé = cebolinha branca
Álukerese = jitirama
Álukí = aspargos
Álupáiydá = língua de galinha
Amú = sete sangria
Amúkú = leguminosa = malicia das mulheres
Amúkúlo = erva mimosa
Amúnibímo = caiapós
Ánamó yáyá = ( leguminosa batata doce _ Édunmisi = ( leguminosa batata comum )
Kúnkunkundu = ( leguminosa batata roxa )
Ódundunku = mil homem
Ánkémi léti = erva jarrinha
Ápahá = procaxi da folha grande
Paálá = folha de inhame
Kákó = erva de banha
Ápako = bambu
Pákó = folha do bambu
Apárum = broto do bambu
Opa = a raiz do bambu
Ápalá = abóbora amarela = moranga
Ápáárá = sucupira
Ápáoká = folha da jaca
Taponrunrin =fruto da jaqueira
Ápejébi = sete sangria
Aparejó = dois amores
Árágbá = mafumeira
Égungun águun = erva polido
Éégun =sumaumeira
Owó éégun = sabugueiro
Ágbungun = espada se são Jorge
Áridan ( leguminosa = fava )
Áidan =a folha do pé de eridan
Ariwó = cânhamo
Árun sánsán = metrastro
Imiesú = mastruz
Akó yúnyun = mastruz rasteiro
Ásárágogo = vassoirinha de relógio
Ásikutá = malva amarga Ásikutá ajikútú = malva cheirosa Ásínwówo = Maria preta
Atá isénbáye =pimentão
Atá pupa =pimentão vermelho
Ataré =pimenta da costa
Atá olóbénkán = pimenta malagueta
Óbúró = amolo
Atalé = gengibre
Dánguró = capim gordura
Átójó átérún = capim gomoso
Atójó kérére =capim marianinha
Átoríí = goiabeira
Átomirina = sabugueiro
Atúnmotó = andu do mato
Awó erédé = manjericão
Aiyrinré = coração de negro
Bánbaná = salsa Aíyó = alho
Ayó pupa = alho roxo
Bááká = palma de santa Rita
Banii =aroma
Beréfutu =malmequer
Burefú =fruta pão
Bommubomu = flor da seda
Bonníii = esponjeira
Bújé =´jenipapo
Dágírí dobo = trombeta
Dandá labe labé =navalha de macaco
Dánguró = carrapicho rasteiro
Diamba =maconha
Dógbódógbó =capim de cheiro
Eéssun = capim elefante
Éesún fun fun =capim branco
Éesún pupa = capim vermelho
Ésísún = cana de burro
Ikésén =cna de açúcar
Éékún ahún = cardo do México
Eékun ahún = abacaxi
Éénmó éyé = capim do pombo
Éé´rú = pimenta do reino
Éérunjé = malagueta preta
Éfirin = assa peixe
Ééfirin = manjericão
Awó erédé pupa = manjericão roxo
Amúnú tutu pupa = folha da beterraba
Amúnú nlá ( leguminosa = beterraba )
Efó tété = cauda de raposa
Efó iyarin = língua de vaca
Efunlé = erva corre corre
Égbá = erva do mangue
Igba Dudu = arvore do caranguejo
Atanká = falso oro
Égé = feijão branco
Isé ááá – folha do feijão branco
Olojú edun = feijão de fava
Égé fun fun = mandioca
Egélé = erva passarinho
Égúnmó = figueira do inferno
Égunmólé = erva moura
Éhínmsówó = quebra pedra
Ejáómodé ou osibatá = baronesa
Ejírín = balsamo
Ewéejirinm = melão de são Caetano
Éjirinwéré =fruto da cobra
Ejó ógunm = fedegoso
Réré pupa – cerne do campo
Ej´pokun = café do mato
Éésíny = café
Ewé iná = folha do café
Awureépé = alucinógena folha da noite ´
Sinsin = ingá
ékájú = caju
ekéilé = jasmim da terra
ekelegbará =Maria perpétua
ekeleiyn = bonina
ékó ómodé = graviola
ékunkun = vácua
ékunkúnahun = ananases
ékuruin = malva branca de Santarém
ékunrin oko = malva guaxima
elédá wóró =capim mimoso
el´gué = cardo santo
eleguédé = jerimum
éjóju = cajueiro
elékikóbiy = tâmaras
elekú =cambárá roxo
elésin másó = picão roxo
ajísomolabiolá = carrapicho de agulha
émi =limo da costa
emi emi = limo do brejo
émigidi = limo da terra
émi gbégi =limo da água
oju isin =caaxira
épágidi =amendoim
erééahun = feijão de corda
erú bujé = assaca
erúinagbó = cravo de defunto
éru isápá = fava branca
eérúúgbó = vime
éru óórungó =erva cidreira
esá = cânhamo brasileira
gbají = capim galinha
gbégi = capim pé de galinha
esisi =urtiga
ésin = abóbora da guiné ( mugongo)
esófelejé = trombeta
estí = falsa erva cidreira
estitáré =maricotinha
éwáowo = manjericão
éwá = feijão
éwoá Dudu = feijão verde
ew´wsugu = feijão fradinho
eweajé = erva da infelicidade
ewé arán = lombrigueira
ewé baba = tapete de osala
ewé dújútona = arrebenta pedra
ewé epe = cansanção branco
ewé firiri = taquari
ewé ida orisa = espada de são Jorge
ewé inon = folha do fogo
ewéisin = cascaveleira
ewwiyá = capeia
ewé lara funfun = mamona branca
ewélára pupa = mamona roxa
ewéméssan = para raio
ewéodé = carrapicho beiço de boi
ewéokowo = erva vintém
ewé owu =algodão
ewé oiyá = casuarina
peregun = paud'agua
peregun funfun = coqueiro de Vênus
perregun mo inon = pau da'gua roxo ( peregun vermelho) ewétete = bredo
awuaró =afuma
fálakuni = corredeira
ofáetu =taquarinha
gbági = pata de vaca
gboroáyágbá = salsa da praia
íbépe = mamoeiro
ida oiya = espada de oya ou espada de santa bárbara
infin =malvaisco
óóréé = junco bravo
ifú =cana de vassoura
igi pupa = ( toda arvore que da uma folha vermelha _)
igba aja = jurubeba
igédu = cana do mar
igiope = dendezeiro
mariwo = folha do dendezeiro
kóókó = capim guiné
ikó = jupati
apakó = cordão de frade
óká = cordão de são Francisco
ilá = quiabeiro
inlá – quiabo
imi iyni =capim formigueiro
imi ologbó = erva ferro
imu =azedinha
imurin etáwa = trevo de três folhas
ipá oloméregun = capim santo
ipápó = ingá bravo
ipólérin = babosa
iréké = cana de açúcar
iroko = gameleira branca
iróeku = verônica
isápá = quiabo roxo
iséré ogu = abóbora de pescoço
isin oká = castanheiro da áfrica
isú = inhame
isumi ure = erva de são João
ita =pitangueira
itété = janauba
iyábeiyn = erva mãe boa
iyálodé = pinhão dos barbados
abojájá =caruru do brejo
ijékonjó = cipó milomem
olátorijé = poejo
ájofá = urtiga vermelha
kajókajó = guaraná ( folha )
kálefemiji =mimosa
óririjáá= bochas de cipó ( para banho )
kankinsé = maracujá
kanran = ébano
kanreji =carqueja
óóru = cordão de frade
kurukurawó = batatinha
obótujé = pinhão roxo
ilkárá = recinto
lewué = pimenta macaco
manturussi = erva de santa Maria
obi = cola
ódundun =folha da costa
eleti = folha da fortuna
ófia = cansanção
ogédé = banana
ewéopeogede = folha da banana
ogédé égbágbá- banana da terra
óguédé ntiti = banana nanica
ógiriywi = melancia
ojájkorijó = folha de são Jorge
ójuporó = alface da água
ojusaju = alho da água
ókiká = cajazeira
ewé aladun = Trento
ómúm = todos os tipos de samambaia
orogbó = folha do ´pé de orogbo = citrous arantinus osé igbéélújú = baoba
óósun = urucum
ótili = andu
parufurugbá = maniçoba
pamámó aluiro = dormideira
patiogba = folha do fruto do inhame da água
patunmó = unha de gato
sájéjé = alecrim
segbá =abobrinha
ségunsété = amor cristalino
soko y´kótó = veludo branco
tabataba egusu = fumo
tánrejirin = laranja ou tangerina
tétéelégunún = bredo de espinho
tétégundó= cana de macaco
totódun =alevante
ekué = tomate
yáwué =capeia
yólógbá – erva quebra calçada
Esta expressão dá ao leitor o entendimento da importância das folhas dentro dos rituais de origem africana, no entanto, queremos aqui ampliar este conceito, traduzindo por folhas os vegetais de um modo geral, incluindo além de suas folhas, seus frutos, sementes, e até mesmo seu caule; e traduzindo por Òrìsà, os diversos usos "mágicos" desses vegetais.
Na caminhada evolutiva do homem, que hoje a maioria dos estudiosos acredita ter começado no continente africano, ele se valeu da observação da natureza para o desenvolvimento de habilidades que até então ele não possuía e, naquele continente onde "tudo começou", sociedades ditas "animistas" ou "tradicionais" continuam até hoje vivendo em harmonia com a natureza, dela tirando ensinamentos para a sua vida social.
Animistas porque acreditam que "toda manifestação viva pressupõe a presença de uma força vital, determinante do ideal de viver", e que utilizando práticas específicas esta "força" poderá ser utilizada em seu favor! E dentro deste conceito os vegetais representam um grande potencial de possibilidades. Neles encontramos a definição da ação esperada de cada uma das plantas que entram na receita." (Ewé,Pierre Verger, 1995). Bom, diante dessa referência concluímos que as plantas e seus derivados não são utilizados aleatoriamente, visam atender necessidades específicas, ou seja, qual o resultado esperado? Ou ainda: utilizar a folha certa no momento certo! Vimos também que a ação esperada dessas folhas está ligada ao que vai ser dito no momento de sua utilização, o ofò, que nada mais é do que a utilização da palavra enquanto transmissora de àse. Verger diz ainda que à primeira vista é difícil perceber nas diversas "receitas", que tem como ingredientes elementos vegetais, qual é a parte "mágica", ou seja, aquela que o efeito vai se dar pelo àse nela contido, e quais as virtudes testadas experimentalmente dessas plantas, ou seja, ele diz com isso que muitas dessas plantas já tiveram suas propriedades farmacológicas comprovadas.
O preconceito, sobre qualquer tema só pode ser minimizado através do conhecimento. É com este principal objetivo que Mãe Stella de Oxossi lançou um livro revelando o saber filosófico e religioso atraves das folhas no candomblé.
O livro O que as Folhas Cantam (para quem canta folha), revela a sabedoria contida em mais de sessenta cânticos da língua yorubá, através da tradução para o português. O livro, que tem 272 páginas, é de fácil compreensão, pois além de conter ilustrações de todas as folhas, tem para cada uma delas o nome científico, popular e yorubá.
Para aqueles que entram em contato com o iorubá pela primeira vez, talvez seja interessante saber que este idioma originário da África ocidental, de regiões que hoje fazem parte das repúblicas da Nigéria e do Benin, é uma língua milenar, com relatos de muitos séculos de história antes da chegada dos europeus à capital de seu reino, Ilé-Ifé.
Ao lado do haússa, o iorubá é uma das mais importantes línguas da Nigéria, sendo falado por aproximadamente 25 milhões de pessoas naquele país e por milhões de descendentes de escravos africanos em países onde houve algum espaço para a cultura iorubá sobreviver, como no Brasil, na forma conhecida como nagô, e em Cuba. Além de antiga, a língua iorubá é oral — tendo sido grafada no papel pela primeira vez apenas no século XIX, pelos etnólogos britânicos que chegavam à África para estudá-la — e tonai, sendo necessário "cantar" suas palavras corretamente para se expressar por meio dela. Tais características abrem um formidável campo de estudos e algumas dificuldades. O fascinante de uma língua oral tão antiga são seus mecanismos para a transmissão de conhecimentos, estruturados na forma de cantos, fór--mulas e narrativas repetidas de uma geração para outra.
A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL
Em 1789, no primeiro dicionário monolíngue do idioma português, Antônio Morais e Silva já identificava várias palavras de origem africana, como batucar, cafuné, malungo e quiabo, de uso corrente entre os brasileiros. Ao longo do século XIX e nas três décadas do seguinte, não faltaram vozes a chamar a atenção para a presença africana no português do Brasil, mas mesmo num estudo mais penetrante como o de Antônio Joaquim de Macedo Soares, “Sobre algumas palavras africanas introduzidas no português que se fala no Brasil”, estampado em 1880 na Revista Brasileira, essa participação era considerada ainda menor do que a do tupi e outras línguas ameríndias.
Embora Macedo Soares visse com interesse quase afetuoso o contributo africano, é ainda pequeno o espaço que lhe é reservado no seu Dicionário brasileiro da língua portuguesa: elucidário etimológico crítico das palavras e frases que, originárias do Brasil, ou aqui populares, se não encontram nos dicionários da língua portuguesa, ou neles vêm com forma ou significação diferente, publicado em 1889 até o verbete “candeeiro”. Esse importante dicionário foi completado, com base no amplo material recolhido por aquele pesquisador, por seu filho, Julião Rangel de Macedo Soares, que o pôs nas estantes somente em 1954.
A situação começara a mudar em 1933, com o aparecimento de O elemento afro-negro na língua portuguesa, de Jacques Raimundo, e principalmente deste livro, A influência africana no português do Brasil.
O autor, Renato Mendonça, era um rapaz de 21 anos, que tinha como único título ─ e o pôs sob seu nome na capa e folha de rosto da 1ª edição ─ ALBERTO DA COSTA E SILVA o de bacharel em ciências e letras pelo Pedro II.
É de imaginar-se a perplexidade dos que tiveram de julgar este trabalho, quando foi apresentado como tese ao concurso para o provimento da cadeira de português do internato daquele mesmo colégio.
Os examinadores viram-se diante de uma monografia bem fundamentada sobre um tema que, surpreendentemente, se revelava mais do que relevante e que, até então, quase não fora estudado ou o fora de modo pouco atento. As teses do ex-aluno que aspirava ascender a professor estavam, como é natural, abertas à polêmica, mas eram convincentes e expostas com discreta erudição e seriedade.
Renato Mendonça arrolava cerca de 350 palavras de proveniência africana que se haviam infiltrado no português do Brasil, um número consideravelmente superior às 47 que Antenor Nascentes identificara como tais, no seu Dicionário etimológico da língua portuguesa, que saíra um ano antes.
Embora ainda muito distante dos quase 3.000 termos reconhecidos, no fim do século XX, por Yeda Pessoa de Castro em Falares africanos na Bahia ─ aos quais, para se formar ideia do tamanho dos aportes da África ao
português do Brasil, se teria de acrescentar uma boa quantidade de palavras usadas somente em outros estados ─, o vocabulário que ocupava 1/3 do livro de Renato Mendonça já servia de argumento contra os que subestimavam a contribuição dos povos negros às maneiras brasileiras de falar e escrever.
Essa influência africana ─ advertiu, também pioneiramente, Renato Mendonça ─ não se reduzia ao enriquecimento lexical: ela se estendia à fonética, à morfologia, à sintaxe, à semântica, ao ritmo das frases e à música da língua.
O rapaz de 21 anos era ousado, e, entre as várias propostas novas e sedutoras que se sucedem em seu livro, sustenta ─ antecipando o que hoje se reconhece ─ que o contributo do quimbundo fora mais importante do que o do iorubá na conformação do português do Brasil.
De que foi excepcional a repercussão deste livro nos meios cultos ─ e sintomaticamente no mesmo ano em que Casa grande e senzala, de Gilberto Freyre, alterava inteiramente nossa maneira de ver o Brasil e o que devíamos à África ─, há um indício claro: sua segunda edição sairia, ampliada, em 1935, numa coleção de enorme prestígio, a Brasiliana, que só abrigava obras fundamentais para o conhecimento do país. Na página de rosto dessa nova edição, embaixo do nome do autor, substituiu-se o título com que se apresentava de bacharel pelo Colégio Pedro II para integrante dos quadros do Ministério das Relações Exteriores. Renato Mendonça entrou mocinho no Itamaraty, mas, como diplomata, sua carreira não fluiu como esperava. Tinham-no como pessoa difícil de trato, ríspida e impaciente. Quando o conheci, creio que em 1968, era embaixador na Índia e viera ao Brasil para o lançamento de uma nova edição de outro importante livro seu, Um diplomata na Corte da Inglaterra, sobre o barão de Penedo e a sua época, publicado originalmente em 1942. Com o volume na mão, era todo felicidade, mas no resto do tempo parecia estar sempre irritado ou zangado. Dava-me a impressão de que se julgava traído pela vida.
Quando menos, pelo Itamaraty, que não o tratara, no correr da carreira, pelas suas qualidades intelectuais, como julgava merecer. Além do seminal A influência africana no português do Brasil e de Um diplomata na Corte da Inglaterra, Renato Mendonça foi autor de várias outras obras, entre as quais, O português do Brasil: origens, evoluções, tendências, de 1936, História da política exterior do Brasil, de 1942, e Fronteira em marcha, de 1956, que tiveram pouca ressonância. Esta nova edição de sua obra mais famosa, no ano do centenário de seu nascimento ─ Renato Mendonça nasceu em 23 de dezembro de 1912 ─, traz uma introdução de Yeda Pessoa de Castro, que, há mais de 50 anos, estuda línguas africanas e suas influências sobre o português do Brasil, com pesquisas de campo nos dois lados do Atlântico. Sendo ela a maior especialista brasileira no assunto, respeitada internacionalmente, não conheço ninguém mais capacitado para avaliar a importância histórica e a permanência deste livro na mesa de trabalho do filólogo e do etnolinguista. Ao correr os olhos sobre o vocabulário levantado por Renato Almeida, dos verbos de origem africana, só encontrei três de uso quotidiano, “batucar”, “cochilar” e “xingar”, que devem ter vindo do quicongo ou do quimbundo. Vários outros poderiam ser acrescentados:“capengar”, “cochichar”, “fungar”, “fuxicar” e “zangar”, por exemplo. Dificilmente passamos um dia sem empregar pelo menos um deles, o que mostra como, no plano vocabular, o de apreensão mais rápida, a África nos valeu para expressar gestos e ações, além de nos ter legado os substantivos com que designamos vegetais, comidas, adornos, danças, instrumentos de música e os mais diferentes objetos que atravessaram durante tantos séculos o Atlântico. Ao longo deles, África entranhara-se na maneira de falar e escrever do brasileiro, e foi isso o que nos revelou, com segurança e apuro, um jovem estudioso mal saído da adolescência, num livro que entrou para a história da cultura brasileira.
Alberto da Costa e Silva
Nomes das Folhas em Ioruba e Português.
Abafe ilé = fedegoso
Rékúrékú = fedegoso roxo
Olugboró = fedegoso rasteiro
Ábajé = folha do inhame
Agbalakosé = falsa mosqueia
Ariwó = chama mosca
Ilákósín igbó = folha de amêndoa
Ábamódá = sangue lavo
Érú odudu = folha da costa
Kantikanti = saião
Kóronpón = coitama
Ábárá oké = folha de baunilha de nitre
Ábebe osun = erva capitão
Abékó = arroz
bravo Abéikó = folha de arroz
Abíkóló = erva
botão Arójóku = erva da noite
Orójókú =dama da noite
Áárágbá = erva meio dia
Abírunpó = folha do maracujá
Abitolá = cambará vermelho
Abo = araticu da areia
Aréré = capim matreiro
Áfón = capim transassem
Abo ógánmó = andrioba
Éfuu yá = folha do algodão
Abojájá = caruru da Bahia
Ajégbéhin = bredo do campo
Abo lábejábe = capim tiririca
Abo réré = fedegoso verdadeiro
Abo oriré = capim mata pasto
Opa iku = quarana
Asíwmáwú = folha de abóbora
Adáwérésewéré = folha da cabaça
Abo yareré = folha do pepino
Afé = araticun do brejo
Afegiagagaké = pinha do brejo
Afóforo igigbalodé = jasmim de caiena
Afóforo óyínbó = margosa
Afómom = erva passarinho
Áfon = espinhela falsa
Ágánerigbo = capim aranha
Ayáná móigbó = gloriosa
Móórá = folha da amoreira
Ewéajé = fumo bravo
Yángámú ódán = fumo roxo
Oná pupa = erva de santa Maria vermelha
Kádúnkódun = mamona branca
Agemó kodún = capiçobá erva lanceta
Agidimagbáyin = erva de vassorinha
Ágbádó = fruto do milho
Igbádo = folha do milho
Oká = sabugo Yangá
funfum = milho branco
Eringbádó = folha do milho de pipoca
Erinká = milho roxo
Eginrin ágbádó = folha do quiabo roxa
Elépéé inlá = folha do quiabo branca
Ijééré = capim santo
Ágbáon = imbaúba ou umaúbá
Ágbásá = folha do aniz
Átápári = pimenta dedo de moça
Átáári órukó = pimenta malagueta
Agbári óbukó = folha ardida ( qualquer folha ardida )
Igi ágbón = palmeira da Bahia
Agbémó = folha de batata doce
Agbemó okun = folha da batata doce roxa
Agogô = brinco de princesa ( todas as folhas e flores que imitam um sino )
Agogô igun = crista de galo
Óógun = folha que imitam uma espada ou faca
Ogbé akunkó = crista de galo branca
Akunkó Dudu = crista de galo preta
Akunkó fumfum = crista de galo branca
Ahon ekú = falso cardo
Ehún arúgbó = cânhamo brasileiro
Ópípí = canela de velho
Ópípí oko = folha de canela de velho roxa
Ájágbáo = folha de tamarindo
Ajígbawá = campainha vermelha
Atéwó edún = campainha rosa
Ájobi fumfum = aroeira branca
Ájobi pupa = aroeira vermelha
Jinjin = bredo da terra
Ákáro = dinheiro em penca
Akesse = algodão gigante ( também é dado este nome para a paineira )
Akínsálé = juá e pitanga
Ejirin ajé = jeticuçu
Ejirin odan = fruto da pitanga
Ejirin olokun = bétis cheiroso
Akoko = folha do precipício de ligação com aiye e orum
Ako ire = pau cadeira
Ako ewuro adó = cruz de malta
Ewúro adó = erva de santa luzia
Iram = dormideira
Irowo = dormideira
Ikúúúkú erin = canábis sensitiva
Aládé = erva de são bento
Aládum =olho de cabra
Ewé aladun = olho de pombo
Mééssén sé itákun = ervas 9 pontos
Alákéssi =são gonsalinho
Aláwéré = língua de vaca
Ajígbórere = beldroega grande
Gburé = Mangerona
Áló = cara do Pará
Agandán = cará moela
Ábájé = 7 sangre sangria
Apépé = capim marmelada
Aginipá = erva mata pinto
Óparapá = erva de cavalo
Óló = espanta aranha
Pá-nságá = quebra demanda
Álubosá = cebola branca
Álubosá pupa = cebola roxa
Alubosá ketá = cebola de gomos
Élubósá = cebola em folha
Álúbósá élewé = cebolinha branca
Álukerese = jitirama
Álukí = aspargos
Álupáiydá = língua de galinha
Amú = sete sangria
Amúkú = leguminosa = malicia das mulheres
Amúkúlo = erva mimosa
Amúnibímo = caiapós
Ánamó yáyá = ( leguminosa batata doce _ Édunmisi = ( leguminosa batata comum )
Kúnkunkundu = ( leguminosa batata roxa )
Ódundunku = mil homem
Ánkémi léti = erva jarrinha
Ápahá = procaxi da folha grande
Paálá = folha de inhame
Kákó = erva de banha
Ápako = bambu
Pákó = folha do bambu
Apárum = broto do bambu
Opa = a raiz do bambu
Ápalá = abóbora amarela = moranga
Ápáárá = sucupira
Ápáoká = folha da jaca
Taponrunrin =fruto da jaqueira
Ápejébi = sete sangria
Aparejó = dois amores
Árágbá = mafumeira
Égungun águun = erva polido
Éégun =sumaumeira
Owó éégun = sabugueiro
Ágbungun = espada se são Jorge
Áridan ( leguminosa = fava )
Áidan =a folha do pé de eridan
Ariwó = cânhamo
Árun sánsán = metrastro
Imiesú = mastruz
Akó yúnyun = mastruz rasteiro
Ásárágogo = vassoirinha de relógio
Ásikutá = malva amarga Ásikutá ajikútú = malva cheirosa Ásínwówo = Maria preta
Atá isénbáye =pimentão
Atá pupa =pimentão vermelho
Ataré =pimenta da costa
Atá olóbénkán = pimenta malagueta
Óbúró = amolo
Atalé = gengibre
Dánguró = capim gordura
Átójó átérún = capim gomoso
Atójó kérére =capim marianinha
Átoríí = goiabeira
Átomirina = sabugueiro
Atúnmotó = andu do mato
Awó erédé = manjericão
Aiyrinré = coração de negro
Bánbaná = salsa Aíyó = alho
Ayó pupa = alho roxo
Bááká = palma de santa Rita
Banii =aroma
Beréfutu =malmequer
Burefú =fruta pão
Bommubomu = flor da seda
Bonníii = esponjeira
Bújé =´jenipapo
Dágírí dobo = trombeta
Dandá labe labé =navalha de macaco
Dánguró = carrapicho rasteiro
Diamba =maconha
Dógbódógbó =capim de cheiro
Eéssun = capim elefante
Éesún fun fun =capim branco
Éesún pupa = capim vermelho
Ésísún = cana de burro
Ikésén =cna de açúcar
Éékún ahún = cardo do México
Eékun ahún = abacaxi
Éénmó éyé = capim do pombo
Éé´rú = pimenta do reino
Éérunjé = malagueta preta
Éfirin = assa peixe
Ééfirin = manjericão
Awó erédé pupa = manjericão roxo
Amúnú tutu pupa = folha da beterraba
Amúnú nlá ( leguminosa = beterraba )
Efó tété = cauda de raposa
Efó iyarin = língua de vaca
Efunlé = erva corre corre
Égbá = erva do mangue
Igba Dudu = arvore do caranguejo
Atanká = falso oro
Égé = feijão branco
Isé ááá – folha do feijão branco
Olojú edun = feijão de fava
Égé fun fun = mandioca
Egélé = erva passarinho
Égúnmó = figueira do inferno
Égunmólé = erva moura
Éhínmsówó = quebra pedra
Ejáómodé ou osibatá = baronesa
Ejírín = balsamo
Ewéejirinm = melão de são Caetano
Éjirinwéré =fruto da cobra
Ejó ógunm = fedegoso
Réré pupa – cerne do campo
Ej´pokun = café do mato
Éésíny = café
Ewé iná = folha do café
Awureépé = alucinógena folha da noite ´
Sinsin = ingá
ékájú = caju
ekéilé = jasmim da terra
ekelegbará =Maria perpétua
ekeleiyn = bonina
ékó ómodé = graviola
ékunkun = vácua
ékunkúnahun = ananases
ékuruin = malva branca de Santarém
ékunrin oko = malva guaxima
elédá wóró =capim mimoso
el´gué = cardo santo
eleguédé = jerimum
éjóju = cajueiro
elékikóbiy = tâmaras
elekú =cambárá roxo
elésin másó = picão roxo
ajísomolabiolá = carrapicho de agulha
émi =limo da costa
emi emi = limo do brejo
émigidi = limo da terra
émi gbégi =limo da água
oju isin =caaxira
épágidi =amendoim
erééahun = feijão de corda
erú bujé = assaca
erúinagbó = cravo de defunto
éru isápá = fava branca
eérúúgbó = vime
éru óórungó =erva cidreira
esá = cânhamo brasileira
gbají = capim galinha
gbégi = capim pé de galinha
esisi =urtiga
ésin = abóbora da guiné ( mugongo)
esófelejé = trombeta
estí = falsa erva cidreira
estitáré =maricotinha
éwáowo = manjericão
éwá = feijão
éwoá Dudu = feijão verde
ew´wsugu = feijão fradinho
eweajé = erva da infelicidade
ewé arán = lombrigueira
ewé baba = tapete de osala
ewé dújútona = arrebenta pedra
ewé epe = cansanção branco
ewé firiri = taquari
ewé ida orisa = espada de são Jorge
ewé inon = folha do fogo
ewéisin = cascaveleira
ewwiyá = capeia
ewé lara funfun = mamona branca
ewélára pupa = mamona roxa
ewéméssan = para raio
ewéodé = carrapicho beiço de boi
ewéokowo = erva vintém
ewé owu =algodão
ewé oiyá = casuarina
peregun = paud'agua
peregun funfun = coqueiro de Vênus
perregun mo inon = pau da'gua roxo ( peregun vermelho) ewétete = bredo
awuaró =afuma
fálakuni = corredeira
ofáetu =taquarinha
gbági = pata de vaca
gboroáyágbá = salsa da praia
íbépe = mamoeiro
ida oiya = espada de oya ou espada de santa bárbara
infin =malvaisco
óóréé = junco bravo
ifú =cana de vassoura
igi pupa = ( toda arvore que da uma folha vermelha _)
igba aja = jurubeba
igédu = cana do mar
igiope = dendezeiro
mariwo = folha do dendezeiro
kóókó = capim guiné
ikó = jupati
apakó = cordão de frade
óká = cordão de são Francisco
ilá = quiabeiro
inlá – quiabo
imi iyni =capim formigueiro
imi ologbó = erva ferro
imu =azedinha
imurin etáwa = trevo de três folhas
ipá oloméregun = capim santo
ipápó = ingá bravo
ipólérin = babosa
iréké = cana de açúcar
iroko = gameleira branca
iróeku = verônica
isápá = quiabo roxo
iséré ogu = abóbora de pescoço
isin oká = castanheiro da áfrica
isú = inhame
isumi ure = erva de são João
ita =pitangueira
itété = janauba
iyábeiyn = erva mãe boa
iyálodé = pinhão dos barbados
abojájá =caruru do brejo
ijékonjó = cipó milomem
olátorijé = poejo
ájofá = urtiga vermelha
kajókajó = guaraná ( folha )
kálefemiji =mimosa
óririjáá= bochas de cipó ( para banho )
kankinsé = maracujá
kanran = ébano
kanreji =carqueja
óóru = cordão de frade
kurukurawó = batatinha
obótujé = pinhão roxo
ilkárá = recinto
lewué = pimenta macaco
manturussi = erva de santa Maria
obi = cola
ódundun =folha da costa
eleti = folha da fortuna
ófia = cansanção
ogédé = banana
ewéopeogede = folha da banana
ogédé égbágbá- banana da terra
óguédé ntiti = banana nanica
ógiriywi = melancia
ojájkorijó = folha de são Jorge
ójuporó = alface da água
ojusaju = alho da água
ókiká = cajazeira
ewé aladun = Trento
ómúm = todos os tipos de samambaia
orogbó = folha do ´pé de orogbo = citrous arantinus osé igbéélújú = baoba
óósun = urucum
ótili = andu
parufurugbá = maniçoba
pamámó aluiro = dormideira
patiogba = folha do fruto do inhame da água
patunmó = unha de gato
sájéjé = alecrim
segbá =abobrinha
ségunsété = amor cristalino
soko y´kótó = veludo branco
tabataba egusu = fumo
tánrejirin = laranja ou tangerina
tétéelégunún = bredo de espinho
tétégundó= cana de macaco
totódun =alevante
ekué = tomate
yáwué =capeia
yólógbá – erva quebra calçada
A pessoa que for seguir essas informações irá cometer graves erros, dizer que A folha de Sanguelavo é Abamoda é de cair o queixo,
ResponderExcluirSangue lavo é conhecida popularmente pelo nome de Cana de macaco e também sanguelavo e o nome Yoruba é Tétéregun
E Abamoda é a folha Santa parente da odundun
Não seja estúpido.
ExcluirAgradeço das de pelo artigo das folhas que maravilha vou aprender mas sobre elas axé axé
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