Pa'muña, as origens da nossa Pamonha.

O milho é ­­originário das Américas e foi a base da alimentação de todas as populações indígenas. Presente em todas as culturas e civilizações, dos Incas aos Maias, dos Índios Americanos aos Tupis, é o alimento mais importante do continente.



























O nome "pamonha" vem da palavra tupi pa'muña, que significa "pegajoso", o milho, muito usado nas tribos tupis, era consumido em forma de mingau, assado, cozido ou consumido na forma do cauim, um tipo de bebida fermentada. 
A canjica era uma pasta de milho puro até receber o leite, o açúcar e a canela dos portugueses ganhando adaptações de acordo com o preparo, como o mungunzá, nome africano para o milho cozido com leite, e a "Canjica" ou curau, feito com milho mais grosso. 
A pamonha indígena era um bolo mais grosso de milho ou arroz envolvido em folhas de bananeira. As pamonhas são submetidas a cozimento e banho-maria, e sua massa alcança uma consistência firme e macia. 
A forma de preparo genérica da pamonha, comum a várias receitas, é a seguinte: o milho verde é ralado e, à massa resultante, são misturados ao leite (ou leite de coco), sal (ou açúcar), manteiga, canela e erva-doce. 
Esta massa é colocada em tubos feitos com a própria casca do milho (ou com folha de bananeira), atados nas extremidades. 
As pamonhas são submetidas a cozimento até que sua massa alcance uma consistência firme e macia. 





















Destes povos primitivos, herdamos centenas de receitas baseadas no milho, altamente nutritivas e muito saborosas. 
O milho é considerado o primeiro cereal brasileiro, que por características de produção, só nasce se for semeado. 
Isto significa que para ter sido espalhado pelo mundo, teve mão humana para realizar tal trabalho. 
Um dos derivados do milho que representa uma herança cultural de confraternização, é talvez a Pamonha, que foi herdada pelos índios, posteriormente aperfeiçoada tanto por Portugueses, quanto por Africanos. Embora consumida em muitas regiões brasileiras, não ha consenso em qual estado a pamonha é um prato tipico. Saiba mais na monografia da Professora Potira Morena Souza Benko de Ur-
Do Milho à Pamonha.
Pamonha é um quitute brasileiro, prático comum nos estados do Nordeste e ainda em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Tocantins.
 A Pamonha é um quitute feito de milho verde, comum em todo o território brasileiro, principalmente em Goiás e em todos os estados do Nordeste. 
O milho verde é ralado e à massa resultante são misturados leite e sal ou açúcar. Esta massa é colocada em "recipientes" feitos com a própria casca do milho que também serve como tampa. 
No Centro-Oeste brasileiro, há a pamonha salgadas, chamada pamonha de sal, com recheio de carnes ou embutidos como linguiças, e a pamonha de doce, que leva queijo tipo minas como recheio. 
Em outras regiões, pode ser um bolo de milho que depois de pronto é embrulhado em folhas de bananeira, e ao ser servido, é dissolvido em água e açúcar, recebendo o nome de garapa de pamonha. Pamonha não é privilégio paulistano e nem brasileiro. 
A América Latina toda tem o costume de comer essa massa de milho embrulhada. 
O princípio dos pratos é parecido, já que o milho era uma das bases da alimentação dos indígenas americanos antes da chegada dos europeus. 
Populações indígenas do oeste da América do Norte até o Chile tinham como principais bases alimentares o milho e a mandioca, como explica a pesquisadora o Rosa Belluzzo, autora de Sabores da América (Editora Senac). 
Ela ressalta que na região de São Paulo comia-se mais milho que mandioca, enquanto no Norte e Nordeste a mandioca predominava. E explica que não é por acaso que os bandeirantes faziam curau e cuscuz, entre outros pratos à base de milho. Pamonha, tamales, humitas, são bem próximos, mas cada um tem suas particularidades. A massa pode ser doce ou salgada; feita de milho ralado, como a da pamonha brasileira e as humitas mexicanas e peruanas; ou com a farinha de milho seco, caso dos tamales do México. 

O tipo de embrulho também varia. 
Pamonha é enrolada em folhas de milho verde frescas e amolecidas em água morna. 
Tamales são envolvidos na palha de milho seca, folha de bananeira ou de figueira. 
No Brasil predomina a pamonha doce, receita de origem tupi-guarani que foi adoçada após a colonização, e quando o assunto é recheio de pamonha, os brasileiros geralmente são minimalistas: gostam apenas de queijo e coco – carnes, só em alguns casos. 
A pamonha é consumida por quase todo o País o ano todo, mas no Nordeste, onde a massa não é coada, ela é comida típica das festas juninas. Na Bahia, a pamonha, mas comum é doce, recebe o reforço do coco e seu leite, conferindo um sabor delicado e especial. 
Em Goiás, por causa da proximidade com países hispânicos, o costume é fazer pamonha salgada, recheada com carne bovina, de porco e, é claro, com pequi. 
Os goianos gostam de comer pamonha frita na banha de porco no café da manhã. Depois de frita, ela pode ser assada e coberta com açúcar. 
Em Goiás, se faz também a pamonhada, que leva manteiga de leite em vez de gordura e pimenta dedo-de-moça. 
Em Minas Gerais, na época da safra do milho, faz parte da tradição familiar ir junto para a roça colher e reunir os parentes na cozinha para ralar o milho fresco e preparar a pamonha. É trabalho que vira festa, como você vai ver abaixo, no encontro da família Moura, que todo ano se reúne em Campestre, no sul de Minas, para fazer a pamonha como mandam os costumes locais: doce, macia e recheada com uma fatia de queijo. 
Já nos países de língua espanhola, os recheios são mais variados – vão desde carne de porco, frango e peixe até torresmo e tomate com feijão. 
 curioso é que, com ou sem recheio, embrulhada em palha fresca ou seca, chamar alguém de tamal ou de pamonha tem o mesmo significado: indeciso, fraco. 
PERU 
Cada região do Peru tem uma tradição. 
Na costa, as humitas levam recheio de porco, frango, ovo cozido, azeitona ou amendoim. Na região dos Andes, o milho é moído com pimentão, cebola, especiarias, queijo ralado e carnes diversas. 

Tradicional de Lima, o tamalito verde de choclo leva massa de milho verde, coentro e sal e é comido com café com leite. No Peru, os tamales (feitos de farinha de milho) são consumidos no café da manhã, enquanto as humitas (de milho verde ralado) são servidas no jantar.

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