Bolo Manoel da Bahia, reflexo da miscigenação cultural entre Brasil e Portugal
O ''Bolo Manoel da Bahia'', um bolo-quase-pudim, macio e aconchegante, muito tipico do Sul do Brasil, principalmente em Florianópolis, deve-se referir à Mané do Rosário, famoso dançarino dos folguedos e das Folias de Reis.
A Folia de Reis é uma festa religiosa de origem portuguesa, que chegou ao Brasil no século XVIII.
Em Portugal, em meados do século XVII, tinha a principal finalidade de divertir o povo, enquanto aqui no Brasil, passou a ter um caráter mais religioso do que de diversão.
Na Bahia a Chegança dos Mouros – A Barca Nova do Município de Saubara, no Recôncavo Baiano, bem verdade que alguns autores entre estes o africanólogo Arthur Ramos -afirmam que “não existem no Brasil autos populares típicos de origem exclusivamente negra.
Aquelas onde interveio, em maior dose, o elemento africano, obedecem, em última análise, à técnica do desenvolvimento dramático dos antigos autos peninsulares.
Quer dizer: o negro adotou elementos de sobrevivência histórica, até enredos completos, ao teatro popular que ele já encontrou no Brasil, trazidos pelos portugueses.
Leia mais: Danças Negras, Batuques e Calundus.
José Ramos Tinhorão em sua magnífica obra, “As Festas no Brasil Colonial”, ressalta a prova documentada do gosto dos negros africanos por música e folguedos que aparece em gravuras e telas do artista Frans Post.
Tinhorão afirma que em uma ilustração feita pelo artista para a edição em 1647 da História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil, de Gaspar Barlaeus figuram: 107 Grupos de negros a dançar ao som de pandeiros, de braços erguidos, diante da senzala coberta de palha, vizinha da casa grande de um engenho (em que outros aparecem ocupados em alimentar a moenda de roda d‟água). Em tela datada de 1657, mostrando o “Terreiro dos Coqueiros da Cidade Mauricia”, pode-se ver no canto esquerdo, embaixo, outra roda de dança de negros, em que um casal se defronta, braços abertos no alto,, na iminência do arremesso para a umbigada.
E em outra tela, intitulada “Vista de Olinda, do acervo do Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, as figuras de cinco negros, no primeiro plano, dançam ao som de um tambor africano do tipo hoje chamado de candongueiros, que o tocador sustenta à altura da cintura. (TINHORÃO, 2000, p. 55).
Conheça o trabalho da Angelica Maria da Silva, CHEGANÇA DOS MOUROS – A BARCA NOVA: UMA MANIFESTAÇÃO CULTURAL DRAMÁTICA SAUBARENSE
No litoral de Santa Catarina e principalmente, em Florianópolis, a colonização foi açoriana e até hoje se conserva grande parte dos costumes, principalmente este do terno de reis. Uma tradição muito bonita, nas praias de pescadores o dia 06 ainda é muito festejado.
No período de 24 de dezembro, véspera de Natal, a 6 de janeiro, Dia de Reis, um grupo de cantadores e instrumentistas percorre a cidade entoando versos relativos à visita dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Passam de porta em porta em busca de oferendas, que podem variar de um prato de comida a uma simples xícara de café.
A Folia de Reis, herdada dos colonizadores portugueses e desenvolvida aqui com características próprias, é manifestação de rara beleza.
Os receosos versos são preservados de geração em geração por tradição oral.
Os instrumentos utilizados são: viola, violão, sanfona, reco-reco, chocalho, cavaquinho, triângulo, pandeiro e outros instrumentos.
Os personagens somam doze pessoas e todos os integrantes do grupo trajam roupas bastante coloridas, sendo eles: Mestre, Contra-Mestre, os Três Reis Magos, Palhaço e Foliões.
MANÉ DO ROSÁRIO
A origem do folguedo é lendária.
Surgiu no ano de 1762, quando estava sendo construída a Igreja de São José, padroeiro do Poxim (Coruripe).
Naquele ano, na festa em homenagem ao santo, apareceram dois mascarados que brincavam e dançavam na porta da igreja. Todos os anos, por ocasião da festa, surgiam os mascarados e ninguém conseguia saber quem eram.
No ano de 1766 sumiram, deixando a população saudosa.
A comunidade reunida resolveu copiar os trejeitos e as danças e como não soubessem o nome do autor da
brincadeira, atribuíram o fato a MANOEL DO ROSÁRIO, pessoa que gostava de dançar Reisado e Maracatus.
Devemos considerar o folguedo como reinterpretação dos entremeios de antigos Reisados, sobretudo porque "Mané do Rosário" é entremeio de antigos reisados.
PERSONAGENS e VESTIMENTAS
Bobos de Chocalho, as Moças (todos mascarados) e os tocadores.
Os dançadores vestem-se com trajes femininos, cobrem o rosto com uma fronha e trazem no braço direito uma toalha ou xale.
Usam meias para cobrir as mãos e parte dos braços. Na cabeça usam chapéus de palha de ouricuri e colocam chocalhos presos à cintura.
Os Bobos de Chocalho trajam-se de terno completo, chapéu de palha ou de "baieta" e pintam o rosto com carão.
Usam chocalhos na cintura e portam um relho (lambaio) para dar nos meninos que atrapalham a brincadeira. ACOMPANHAMENTO e MÚSICA
O grupo é acompanhado pela BANDA DE PÍFANOS, constituída de tambor, bombo, pratos, caixa e os pífanos.
Para as danças a Zabumba toca o Baiano, ritmo quente e vibrante. Nos intervalos das danças tocam marchas.
O ritmo para o término da apresentação é um tango (ritmo musical das Zabumbas ou Bandas de Pífano).
COREOGRAFIA
O grupo não obedece a uma coreografia previamente ensaiada. Os mascarados saem gritando e acompanhado o ritmo das danças. O grupo sai se "peneirando", dando voltas e fazendo piruetas pelas ruas da vila do Poxim. LOCALIZAÇÃO O MANÉ DO ROSÁRIO é encontrado no Poxim, município de Coruripe, e em Jequiá da Praia, município de São Miguel dos Campos.
BOLO MANOEL DA BAHIA
1 LITRO DE LEITE
4 OVOS
1 XÍCARA DE (CHÁ) DE FARINHA DE TRIGO
1 XÍCARA DE (CHÁ) DE FARINHA DE MILHO (FUBÁ)
2 XÍCARAS DE (CHÁ) DE AÇÚCAR
100G COCO RALADO
MODO DE FAZER:
Bata tudo no liquidificador.
Unte uma assadeira e leve ao forno pré-aquecido (médio).Depois de 40 minutos o MANOEL DE BAHIA está pronto.
* Muito apreciado aqui em Florianópolis!!!
A Folia de Reis é uma festa religiosa de origem portuguesa, que chegou ao Brasil no século XVIII.
Em Portugal, em meados do século XVII, tinha a principal finalidade de divertir o povo, enquanto aqui no Brasil, passou a ter um caráter mais religioso do que de diversão.
Na Bahia a Chegança dos Mouros – A Barca Nova do Município de Saubara, no Recôncavo Baiano, bem verdade que alguns autores entre estes o africanólogo Arthur Ramos -afirmam que “não existem no Brasil autos populares típicos de origem exclusivamente negra.
Aquelas onde interveio, em maior dose, o elemento africano, obedecem, em última análise, à técnica do desenvolvimento dramático dos antigos autos peninsulares.
Quer dizer: o negro adotou elementos de sobrevivência histórica, até enredos completos, ao teatro popular que ele já encontrou no Brasil, trazidos pelos portugueses.
Leia mais: Danças Negras, Batuques e Calundus.
José Ramos Tinhorão em sua magnífica obra, “As Festas no Brasil Colonial”, ressalta a prova documentada do gosto dos negros africanos por música e folguedos que aparece em gravuras e telas do artista Frans Post.
Tinhorão afirma que em uma ilustração feita pelo artista para a edição em 1647 da História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil, de Gaspar Barlaeus figuram: 107 Grupos de negros a dançar ao som de pandeiros, de braços erguidos, diante da senzala coberta de palha, vizinha da casa grande de um engenho (em que outros aparecem ocupados em alimentar a moenda de roda d‟água). Em tela datada de 1657, mostrando o “Terreiro dos Coqueiros da Cidade Mauricia”, pode-se ver no canto esquerdo, embaixo, outra roda de dança de negros, em que um casal se defronta, braços abertos no alto,, na iminência do arremesso para a umbigada.
E em outra tela, intitulada “Vista de Olinda, do acervo do Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, as figuras de cinco negros, no primeiro plano, dançam ao som de um tambor africano do tipo hoje chamado de candongueiros, que o tocador sustenta à altura da cintura. (TINHORÃO, 2000, p. 55).
Conheça o trabalho da Angelica Maria da Silva, CHEGANÇA DOS MOUROS – A BARCA NOVA: UMA MANIFESTAÇÃO CULTURAL DRAMÁTICA SAUBARENSE
No litoral de Santa Catarina e principalmente, em Florianópolis, a colonização foi açoriana e até hoje se conserva grande parte dos costumes, principalmente este do terno de reis. Uma tradição muito bonita, nas praias de pescadores o dia 06 ainda é muito festejado.
No período de 24 de dezembro, véspera de Natal, a 6 de janeiro, Dia de Reis, um grupo de cantadores e instrumentistas percorre a cidade entoando versos relativos à visita dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Passam de porta em porta em busca de oferendas, que podem variar de um prato de comida a uma simples xícara de café.
A Folia de Reis, herdada dos colonizadores portugueses e desenvolvida aqui com características próprias, é manifestação de rara beleza.
Os receosos versos são preservados de geração em geração por tradição oral.
Os instrumentos utilizados são: viola, violão, sanfona, reco-reco, chocalho, cavaquinho, triângulo, pandeiro e outros instrumentos.
Os personagens somam doze pessoas e todos os integrantes do grupo trajam roupas bastante coloridas, sendo eles: Mestre, Contra-Mestre, os Três Reis Magos, Palhaço e Foliões.
MANÉ DO ROSÁRIO
A origem do folguedo é lendária.
Surgiu no ano de 1762, quando estava sendo construída a Igreja de São José, padroeiro do Poxim (Coruripe).
Naquele ano, na festa em homenagem ao santo, apareceram dois mascarados que brincavam e dançavam na porta da igreja. Todos os anos, por ocasião da festa, surgiam os mascarados e ninguém conseguia saber quem eram.
No ano de 1766 sumiram, deixando a população saudosa.
A comunidade reunida resolveu copiar os trejeitos e as danças e como não soubessem o nome do autor da
brincadeira, atribuíram o fato a MANOEL DO ROSÁRIO, pessoa que gostava de dançar Reisado e Maracatus.
Devemos considerar o folguedo como reinterpretação dos entremeios de antigos Reisados, sobretudo porque "Mané do Rosário" é entremeio de antigos reisados.
PERSONAGENS e VESTIMENTAS
Bobos de Chocalho, as Moças (todos mascarados) e os tocadores.
Os dançadores vestem-se com trajes femininos, cobrem o rosto com uma fronha e trazem no braço direito uma toalha ou xale.
Usam meias para cobrir as mãos e parte dos braços. Na cabeça usam chapéus de palha de ouricuri e colocam chocalhos presos à cintura.
Os Bobos de Chocalho trajam-se de terno completo, chapéu de palha ou de "baieta" e pintam o rosto com carão.
Usam chocalhos na cintura e portam um relho (lambaio) para dar nos meninos que atrapalham a brincadeira. ACOMPANHAMENTO e MÚSICA
O grupo é acompanhado pela BANDA DE PÍFANOS, constituída de tambor, bombo, pratos, caixa e os pífanos.
Para as danças a Zabumba toca o Baiano, ritmo quente e vibrante. Nos intervalos das danças tocam marchas.
O ritmo para o término da apresentação é um tango (ritmo musical das Zabumbas ou Bandas de Pífano).
COREOGRAFIA
O grupo não obedece a uma coreografia previamente ensaiada. Os mascarados saem gritando e acompanhado o ritmo das danças. O grupo sai se "peneirando", dando voltas e fazendo piruetas pelas ruas da vila do Poxim. LOCALIZAÇÃO O MANÉ DO ROSÁRIO é encontrado no Poxim, município de Coruripe, e em Jequiá da Praia, município de São Miguel dos Campos.
BOLO MANOEL DA BAHIA
1 LITRO DE LEITE
4 OVOS
1 XÍCARA DE (CHÁ) DE FARINHA DE TRIGO
1 XÍCARA DE (CHÁ) DE FARINHA DE MILHO (FUBÁ)
2 XÍCARAS DE (CHÁ) DE AÇÚCAR
100G COCO RALADO
MODO DE FAZER:
Bata tudo no liquidificador.
Unte uma assadeira e leve ao forno pré-aquecido (médio).Depois de 40 minutos o MANOEL DE BAHIA está pronto.
* Muito apreciado aqui em Florianópolis!!!
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