CONEXÃO ALIMENTAR É TEMA DA NOVA EDIÇÃO DA RACA

A alimentação pode ser analisada sob várias dimensões, ao mesmo tempo, independentes, complementares e conectadas, envolvendo aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais e de saúde. Enquanto prática, a alimentação não deve estar dissociada ao direito humano e a diversas representações que nos permitem compreender como diferentes populações imprimem ao mundo suas necessidades, identidades, vontades, crenças e valores”.

 

Esta afirmação abre o editorial da nova edição da Revista de Alimentação e Cultura das Américas (RACA), publicada pelo Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fiocruz Brasília. A publicação aborda as conexões alimentares com significados que envolvem herança cultural, memória afetiva, momentos de sociabilidade que atravessam fronteiras e dialogam com a nossa ancestralidade.

 

O novo número chega ao ar com uma grande novidade, agora a RACA conta com uma sessão que convida especialistas para o debate. O primeiro artigo trata sobre as trajetórias da Antropologia da Alimentação no Brasil. A nova coluna reúne especialistas no tema com o olhar para a produção acadêmica realizada no Brasil, a partir dos anos 1990, na perspectiva da antropologia da alimentação. Os articulistas buscaram apresentar caminhos por meio dos quais o arcabouço teórico e metodológico da antropologia pode aportar contribuições aos estudos das práticas alimentares e, em particular, para a área de Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional (SSAN).

 

Os artigos reunidos nesta edição convidam para o debate acerca do impacto da pandemia. O primeiro texto apresenta a insegurança alimentar em tempos de crise, já o segundo aponta os impactos da pandemia na alimentação e comensalidade de trabalhadores do serviço público. Além disso, há uma análise sobre o uso simbólico do milho nos rituais africanos e suas conexões culturais com o Brasil. Além dos artigos, a nova edição de Revista apresenta dois ensaios: o primeiro trata a contextualização das refeições e aborda a caracterização das escolhas alimentaresque abrangem as experiências ao longo da vida e as influências recebidas para compor o sistema alimentar pessoal. Já o segundo, aborda a influência dos acontecimentos históricos na condição social da sociedade, as expressões e discussões teóricas que envolvem a insegurança alimentar.


Portal Fio Cruz Brasília 

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