KILOMBO TENONDÉ ORGANIZA "COZINHA DANDALUNDA" ESPAÇO EXPERIMENTAL PARA PENSAR A IMPORTÂNCIA CULTURAL DA COZINHA TRADICIONAL

DESCOLONIZANDO A CULINÁRIA TRADICIONAL 

As comemorações de Natal estão impregnadas da cultura judaico cristã que não condizem com nossas raízes de matriz cultural,A criação do Espaço Dandalunda contribui para fortalecer à  soberania alimentar e as nossas tradições culinárias, além de reconhecer a importância da Cultura Alimentar como forma de transformação cultural no campo e nas cidades.

Pensando nisso e contribuindo com a obra de Lélia Gonzalez O Kilombo Tenondé criou o espaço DANDALUNDA, dedicado a pensar alternativas focadas na Cultura Alimentar e Culinária dos povos tradicionais.

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Este é um momento muito relevante para refletir a importância da cultura e sobre como as comemorações de Natal, impregnadas de elementos da cultura judaico-cristã, coexistem com a diversidade cultural e religiosa de diferentes contextos. 

No Brasil, por exemplo, nossa matriz cultural é profundamente influenciada por tradições indígenas, africanas e europeias, e o Natal, como celebração cristã, tornou-se predominante devido à colonização europeia, especialmente portuguesa.

Essa predominância reflete o impacto histórico e colonial do cristianismo no país, mas também levanta questões sobre a visibilidade e o respeito às tradições de outros povos que compõem nossa identidade cultural. Reconhecer essa diversidade é essencial para não reproduzir a exclusão de outras manifestações culturais e religiosas.

Uma abordagem mais inclusiva poderia considerar práticas que valorizem e celebrem a pluralidade, como:

•Promover debates e atividades que explorem a diversidade de crenças e tradições.

•Criar espaços de celebração que contemplem diferentes matrizes culturais.

•Incluir narrativas e símbolos que representem a riqueza da nossa diversidade.

•Pensar nisso é um passo importante para desconstruir hegemonias culturais e construir uma sociedade mais respeitosa e plural.

Dandalunda é uma divindade de origem africana associada às tradições de matriz bantu, especialmente nos cultos angolanos e em algumas expressões do candomblé de nação Congo/Angola no Brasil. Ela é frequentemente identificada como uma figura feminina ligada à fertilidade, à maternidade, ao amor e às águas doces, como rios e lagos.

Na religiosidade afro-brasileira, Dandalunda costuma ser sincretizada com Oxum, uma orixá do panteão iorubá, que também governa o amor, a beleza, a riqueza e as águas doces. Apesar dessa sincretização, é importante lembrar que cada figura carrega características e histórias próprias dentro de suas respectivas tradições culturais.

Dandalunda é venerada por sua força feminina e capacidade de gerar vida, simbolizando proteção às mulheres, às crianças e à continuidade da vida. Seu culto envolve cânticos, danças e oferendas relacionadas à natureza e à água, elementos centrais em sua energia espiritual.

@kilombotenondé

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