Gastronomia&Poder-Origens do Croissats

O ser humano, de modo geral, tem pouco interesse pelos significados, mas eles são peças fundamentais para compreender o poder e a dominação e como ele em determinado momento foi fundamental na manutenção do poder na sociedade francesa. 
Hoje quando falamos em Gastronomia, esquecemos que ela sempre foi uma ferramenta de exclusão, e exerceu uma projeção dos valores associados à cultura aristocrática, restrito à um pequeno círculo de pessoas, acostumadas a uma vida de dependência do estado que incluía rituais de comilança ligados à caça, aos produtos da estação e aos melhores vinhos que então se fazia. Hoje muita coisa mudou, inclusive na França, com a popularização do tema, já não seria mais necessário ter “sangue azul” para se comer bem, para poder desfrutar do melhor, a exemplo do que a nobreza fizera até a Revolução Francesa (1789). Muitas curiosidades e histórias interessantes não faltam ao falar sobre o pão na França. Por volta dos anos de 1788/89, a França passou por enormes dificuldades de armazenamento de comida, tendo em vista que naquela época não existiam equipamentos de refrigeração, a escassez geral de pão em todo o país, subindo o seu preço exorbitantemente, e limitando o consumo apenas para as classes mais ricas.

A origem do Croissants é atribuída aos padeiros de Viena,  e significa “meia-lua” ou "lua crescente" é o pão de massa folhada conhecido por também por Kipferl desde o século XIII. 

Reza a lenda que foi Maria Antonieta que é originária de Viena que introduziu e popularizou o croissant na França, a partir de 1770. 
O kipferl, datado pelo menos desde o séc. XIII foi levado por Maria Antonieta que passa a ser rainha da França, e leva consigo à Paris dentre outros pães que futuramente passaram a ser classificados como viennoiserie*. 
Em 1839, August Zang um oficial da artilharia austríaca fundou uma boulangerie (padaria) na Rue de Richelieu, 92 em Paris. 
A padaria, que servia especialidades vienensas, incluindo o Kipferl e o Pão de Viena, rapidamente se tornou popular e inspirou franceses imitadores que começaram abrir suas próprias padarias especializadas em “viennoiseries“. 
O “croissant” seria o nome alternativo ao kipferl, levando em consideração seu formato.  Devido ao crescimento bélico islâmico, por essa altura, o Império Otomano tentava aumentar as suas possessões na Europa. 
Como não conseguiam entrar nas portas da cidade de Viena, o exército decidiu que, durante algumas noites iriam escavar um túnel até ao centro da cidade, mas não contavam com os padeiros de Viena, que permaneciam acordados durante a noite para que de manhã houvesse pão fresco em todas as mesas. 
Os padeiros ouviram barulho e deram o alarme, o que fez com que os turcos não tivessem êxito na sua tentativa de conquistar a cidade. Os padeiros não quiseram nenhuma recompensa a não ser o direito exclusivo a criar algo que comemorasse a vitória sobre o inimigo. Decidiram criar uns pãezinhos folhados em forma de meia-lua, símbolo representado na bandeira turca: assim, os vienenses tinham a oportunidade de, ao comer este pão, poderem destruir o símbolo dos inimigos. 

Hoje, o croissant é uma presença assídua nos café da manha,das famílias francesas, e vendido em todas as padarias e ruas de França. 

Croissants brioche, Pra fazer agorinha, 1,2,3...
Simples e requer apenas um pouco de paciência, o tempo para fermentar. 
O resto é feito em um flash! Se você estiver procurando por um capricho diferente, esta receita pode ser para você. Recheie-os com sabores variados.

Croissant Brioche
Ingredientes para 10 un.
130 ml de leite morno 
375 g de farinha 
20 g de levedura à temperatura ambiente 
2 colheres de açúcar + 50 g 
75 g de manteiga amolecida
1 pitada de sal marinho 
1 colher de chá de essência de baunilha 
4 gemas de ovos "Orgânicos"em temperatura ambiente.
Modo de Preparo:
Peneire a farinha na bacia da bateira. Faça um buraco no centro, adicione o fermento esfarelado, 2 colheres de sopa de açúcar e leite morno. Com a ajuda de um garfo amassar levemente e deixe crescer (cubra a tigela com filme plástico) no forno por cerca de vinte minutos.

Comentários

Postagens mais visitadas