Cresce o interesse dos brasileiros por Ostras Frescas

Desde 1971, quando as primeiras tentativas de cultivo de moluscos marinhos de interesse comercial tiveram início, muitas dificuldades foram e ainda são enfrentadas, para o fortalecimento dessa atividade no país. 

Nestes pouco mais de 40 anos de atividade no Brasil muita coisa mudou. Comunidades tradicionais passaram, cada vez mais, a encontrar na ostreicultura uma forma para complementar ou mesmo substituir a renda familiar gerada pela pesca artesanal. 
Além disso, grandes empreendimentos comerciais surgiram. Mesmo assim, hoje o Brasil ainda está longe ser reconhecido como um grande produtor de ostras. 
Mesmo internamente, os números da atividade são modestos, pois a ostreicultura corresponde a apenas 1% do total da produção aquícola nacional. A maior parte da produção brasileira de ostras baseia-se no cultivo de Crassostrea gigas. 
Contudo, esta ostra, além de exótica, não se adapta bem a diversas regiões do litoral brasileiro, principalmente em função de variações ambientais incompatíveis com sua capacidade de sobrevivência e de desenvolvimento. Ainda assim, essa espécie já é encontrada em bancos naturais da região sul do Brasil, indicando que pode estar em curso um processo de bioinvasão.

 A solução para este dilema de ordem técnica e ambiental poderia estar no cultivo de ostras nativas, que já estariam adaptadas ao ambiente brasileiro, não ofereceriam maiores riscos ambientais, além de serem comercializadas como produto do extrativismo. 
Dentre as ostras encontradas em manguezais brasileiros, as espécies Crassostrea rhizophorae e C. brasiliana são as que apresentam maior interesse comercial. Também conhecida como ostra do mangue, C. brasiliana tem apresentado os melhores resultados na ostreicultura, além de ser considerada uma ostra de grande porte, por ultrapassar 20 cm de altura. 
O projeto Ostras Depuradas de Alagoas visa o fortalecimento da cadeia produtiva da ostra alagoana e a garantia de uma ostra segura para seus consumidores. A Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), a Secretaria de Estado da Pesca e da Aquicultura (Sepaq), o Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS) e a AECID - Agência Espanhola de Cooperação
Internacional para o Desenvolvimento são responsáveis pelo projeto Ostras Depuradas de Alagoas que visa o fortalecimento da cadeia produtiva da ostra alagoana e a garantia de uma ostra segura para seus consumidores. A depuradora está localizada em Coruripe e alguns estabelecimentos de Alagoas poderão ter o selo de garantia do projeto. 
O projeto prevê geração de trabalho, emprego e renda para comunidades vulneráveis do litoral de Alagoas........ através do fortalecimento da cadeia produtiva da ostra cultivada e outros moluscos com a ampliação da comercialização sob princípios de responsabilidade social, ambiental e garantia de qualidade e sanidade. 
Ostras do Kaonge 
No mês de setembro a comunidade tradicional do Kaonge, distrito quilombola do município de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, realiza pelo sexto ano consecutivo a “Festa da Ostra”, um evento que reúne centenas de pessoas nos dias em busca dos melhores sabores das águas do Recôncavo. 

 Festa da Ostra se aproximando e os criadores de ostra das comunidades quilombolas, já se preparam para o processo de seleção das sextas. Onde expectativa de público seja maio do que o ano que passou, pra vc que não conhece nossa festa,venha conhecer nos dias 3 e 4 de outubro no quilombo do Kaonge. Sei que,se você gosta de cultura,arte e conhecimento. Leia mais: 7ª Festa da Ostra atrai centenas de turistas em busca da gastronomia quilombola do Kaonge

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