“DE: CATCHUPA, PARA: MATAPA”, A NOVA EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA DO CENTRO CULTURAL FRANCO MOÇAMBICANO

O Centro Cultural Franco Moçambicano (CCFM), em Maputo, recebe até ao dia 12 de Setembro a exposição coletiva de fotografia De: Catchupa, Para: Matapa, com a curadoria de Yassmin Forte e Silasse Salomone.

Estão na lista Mauro Vombe, Nuno Silas, Yassmin Forte, Edilson Tomás, Emídio Jozine, Vladimir Sousa, David Aguacheiro, Tina Krüger, Filomena Mairosse e Silasse Salomone.

“De certa forma, a ilha de São Vicente (Cabo Verde) tem servido de palco onde são projetadas as inquietudes de cada um perante o mundo, a partir das suas experiências pessoais em Moçambique, e é essa ponte que pretendemos mostrar”, lê-se na nota descritiva da exposição.

Catchupa até pode parecer uma palavra estranha para muitos moçambicanos. No entanto, quem já saboreou a gastronomia cabo-verdiana deve saber que, na verdade, catchupa é o nome de um prato característico daquele arquipélago, contendo carne ou peixe que se mistura com feijão e milho estufado.

Claro está, a explicação é desajeitada, mas isto é tudo menos um artigo sobre receitas ou coisas assim. Na verdade, o termo aparentemente crioulo é para aqui convocado por catchupa é parte do que os fotógrafos moçambicanos ‘servem’ na colectiva patente nas grades exteriores do Centro Cultural Franco-Moçambicano, na Cidade de Maputo.

Ora, para os que não gostam ou não pretendem experimentar a catchupa, provavelmente por ser um prato exótico, ‘malta’ Mauro Vombe, Nuno Silas, Yassmin Forte, Edilson Tomás, Emídio Jozine, Vladimir Sousa, David Aguacheiro, Tina Krüger, Filomena Mairosse e Silasse Salomone, que nem são cozinheiros, também ‘servem’ outro prato.

Mas esse é bem mais familiar para os moçambicanos: matapa. Ou seja, De: catchupa para: matapa sugere algo gastronómico e com algum movimento.

No entanto, esse é o título da exposição fotográfica que pode ser visitada até próximo mês.

A colectiva fotográfica resulta de residências artísticas designadas Catchupa factory – novos fotógrafos e é realizada pela Associação AOJE, de Cabo Verde. 

Conforme entente a curadora Forte, expor as obras ao ar livre dá aos fotógrafos a capacidade de chegarem a muita gente, incluindo àquela que, de outro modo, não iria ao Franco-Moçambicano para visitar a colectiva.

Quem também pensa assim é Tina Krüger: “É muito bom ver como é que diferentes pessoas, que trabalharam em anos diferentes, apresentam os seus pontos de vista. Temos aqui nesta exposição muitas particularidades do que encontramos na Ilha de São Vicente. E a ideia dos curadores apresentarem as obras nas grades exteriores é muito bonita e deve continuar a acontecer mesmo depois da COVID-19”.

Para Filomena Mairosse, outra fotógrafa, a ideia da exposição nas grades exteriores é igualmente bonita porque constitui uma forma de os integrantes interagirem com a cidade e com os munícipes de uma forma mais aberta.

Assim, a qualquer altura, até 12 de Setembro, os apreciadores da fotografia podem visitar a colectiva nas grades exteriores do Franco.

Aí entenderão a outra metáfora por detrás da catchupa e da matapa.

Os trabalhos estão expostos nas grades exteriores do CCFM, possibilitando assim que todos que por lá passem vislumbrem as obras fotográficas, uma forma também de contornar as medidas restritivas impostas às casas de cultura, impostas pela pandemia.

Fonte: BANTUMEN 


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