Attiéke de Peixe, ancestral do nosso peixe frito.

Vem de longe o gosto pelo crocante peixe frito, antes vendidos nos tabuleiros das baianas nas festas populares, vinagrete e boa pimenta, como acompanhantes, são sabores que encantaram o imaginário simbólico de autores como Jorge Amado.

A "farinha de guerra" dava o toque especial no preparo, que, frito no dendê, imprimia identidade e reafirmava nossas heranças, negroindigenas, e o Attiéke  corresponderia a nossa "Puba" ou "Carimã", com uma textura de cuscuz.

Salvador sempre manteve o apreço pelo peixe fresco à mesa, das classes abastadas ao popular, o peixe sempre ocupou lugar de destaque.

O humilde prato resiste, mesmo, diante de uma cultura que a cada dia enobrece elaborações e requintes afrancesados, muito por sua singular simplicidade, algo engenhoso para os dias de hoje.

A Costa do Marfim busca reconhecimento internacional – e status de proteção – para o attiéké, seu prato nacional.

A descrição de como o alimento básico é feito pode não abrir imediatamente o apetite: attiéké – pronuncia-se “a-tche-kay” – envolve descascar e ralar a mandioca, um vegetal de raiz com sabor de nozes abundante na África subsaariana, e misturá-lo com pasta fermentada. Deixa-se dois dias para retirar os ácidos naturais e depois seca-se ao sol. Antes de ser servido, é cozido no vapor por alguns minutos.

Na Costa do Marfim, o peixe attiéké costuma ser chamado de " peixe attiéké para mulheres ", não só porque pode ser feito com outros tipos de peixe, mas também porque oe garba geralmente é feito por homens

Attieke é por si só um prato tradicional marfinense muito popular. Pode ser consumido de várias formas. Pode ainda ser servido com molho de sementes ou mesmo outro molho marfinense como Kedjenou de frango

O attiéké não é apenas a identidade culinária da Costa do Marfim, mas também se tornou um verdadeiro negócio. Este prato é muito comercializado na Costa do Marfim, seja em restaurantes de alto padrão, ou mesmo simplesmente como comida de rua.

O prato é composto principalmente por peixe frito , attiéke ( sêmola de mandioca ), condimentos , um molho picante , uma saladinha e banana frita, sendo que este prato come-se com as mãos.

A receita de attiéké de peixe é super fácil de fazer. Geralmente, o peixe é apenas temperado com sal, que é deixado a marinar de um dia para o outro. Depois pode passar o peixe na farinha, só para não grudar no fundo da panela na hora de fritar. Mas nesta receita, temperei o peixe com uma simples marinada verde, composta por alho, gengibre, cebola, alguns raminhos de salsinha e suco de limão..

O peixe é um símbolo de saúde, um veículo de riqueza cultural que deram contribuições inestimáveis ​​para a sobrevivência.

Entre as família Africanas, diz-se que quando uma pessoa sonha com peixe, é um sinal auspicioso de uma nova vida por vir, por gerações e através dos oceanos, alguém sonhou e, agora mais do que nunca, somos obrigados a honrar e proteger esse legado. 


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