A afirmação da Miscigenação na obra de arte do século XVII

A obra 'Negro y mujer india: China Cambuja', 1763, Miguel Cabrera mostra uma família inter-etnica formada por uma indígena, um homem negro e sua filha, que recebeu de forma pejorativa o nome de "Cambuja" de diferentes castas e estratos socioeconómicos, numa situação quotidiana (mercado, casa ou rua) em que a diferença entre os estratos sociais e a relação que esse estrato tem com a casta a que o indivíduo pertencia.ano (1763).

Um detalhe importante a ser observado, são as frutas na base da obra como representação simbólica da riqueza natural e alimentar do Novo Mundo.

A obra faz parte do acervo do Museu da América em Madrid.

O autor Miguel Mateo Maldonado y Cabrera(1695-1768) nasceu em Antequera de Oaxaca,Tlalixtac, Oaxaca. 

Formou-se na oficina de José de Ibarra e iniciou sua atividade artística e matrimonial por volta de 1740. Executa os retábulos da igreja de Tepotzotlán, na companhia de Higinio de Chávez a partir de 1753. No mesmo período, realiza as telas de Santa Prisca de Taxco e sua sacristia. 

Da mesma forma, é autor de grandes pinturas relacionadas com a vida dos santos, especialmente a Vida de Santo Inácio e São Domingos. Trezentas obras são atribuídas a ele. Foi pintor de câmara do Arcebispo do México, Manuel Rubio y Salinas. Destaca-se no gênero retrato e também como pintor costumbrista. 

A pintura casta, gênero que se desenvolveu no século XVIII principalmente na Nova Espanha, representa o processo de miscigenação de seus habitantes por meio de séries de telas.

Embora sejam escassas as informações sobre as condições de encomenda e receção deste tipo de pinturas, existe um certo consenso sobre a ideia de que se destinavam a mercadorias de exportação, pelo que teriam representado uma oportunidade para os pintores da Nova Espanha oferecerem uma amostra do seu talento para o mundo.

Ele morreu em 1768. FONTE: http://www.mexicodesconocido.com.mx/

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