Agricultura: a importância da cultura da mandioca para os indígenas Apurinã

A mandioca tem uma grande importância cultural na base alimentar e nutricional de diversas populações indígenas, entre elas, a etnia Apurinã, que habita a Região Norte do país, na região do Médio e Alto Rio Purus na Amazônia. 

A comunidade consome a mandioca também na forma de farinha, beiju e caiçuma, espécie bebida fermentada.

A lida com a mandioca se inicia na estação seca, quando os homens Apurinã preparam o terreno da roça, realizando sua limpeza e queima. O plantio é uma atividade que envolve toda a família: enquanto o pai abre as covas para, junto com um filho, realizar o plantio da maniva, caule da mandioca que serve de muda, a mãe vai cobrindo as covas com terra.

Quando as raízes estão crescidas, são arrancadas pelos homens, que já separam as manivas para a próxima semeadura. São eles que levam a produção de mandioca para a aldeia, onde fica a Casa de Farinha, local onde é fabricada a farinha de mandioca. As mulheres descascam e lavam as raízes da mandioca, que, posteriormente, são passadas em raladores pelos homens. Em alguns casos, para esse processo é utilizada uma pequena máquina rústica, chamada caititu.

É também o homem que espreme a massa no tipiti, cilindro trançado de cipó, cuja extremidade superior é amarrada ao alto de uma estrutura de troncos finos. Um travessão preso à extremidade inferior vai puxando, de modo a retirar da massa todo o seu líquido. Num grande forno a lenha, a farinha é esparramada em um tacho de cobre e, com o auxílio de uma pá, é finalmente torrada.

A farinha associada ao peixe é a base da dieta Apurinã, que é complementada por frutas silvestres como piquiá, bacuri, cacau bravo, buriti, abacaba, açaí e patuá. Nas comunidades, geralmente, cada família tem a sua própria roça de mandioca. Como as plantações costumam ser distantes dos locais de habitação nas aldeias, em certos períodos do ano, as famílias chegam a transferir sua morada para as áreas de roçado.

Assessoria de Comunicação/Funai


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