Culinária ou gastronomia?

"O historiador italiano Massimo Montanari (2004), especialista em história medieval e da alimentação, contribuiu imensamente para entendermos a distinção entre as duas práticas, em A comida como cultura, ele apresenta a comida como um fato cultural.

Inicialmente nos convida a entender porque a alimentação não é algo natural, como seria mais óbvio pensar, já que se alimentar é uma necessidade básica de todos os seres. 

Entretanto, conforme nos sugere o autor, os valores de base do sistema alimentar definem-se como resultado de processos culturais que preveem a domesticação, a transformação, a reinterpretação da natureza. 

Assim, podemos afirmar, segundo o autor (2004), que com a agricultura elabora-se a ideia de um “homem civil”, que constrói artificialmente sua comida e um espaço para habitar. 

As técnicas culinárias surgem com a finalidade de prolongar a vida útil destes alimentos ou até mesmo por acaso, em processos próprios de deterioração dos alimentos ou de incêndios acidentais, mas que a partir de seu entendimento e domínio deram origem à fermentação, ao álcool e ao processo de cozimento."

Um pouco da dissertação do Eduardo Scott Franco de Camargo, "A crítica gastronômica paulistana como um produto midiático em transformação"

Na foto: EUGENIE BRAZIER, a mãe da cozinha francesa moderna


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