Sistemas Culinários

Ao longo da primeira metade do século 19, muitos dos africanos muçulmanos traficados para a Bahia - em sua maioria haussás, etnia que prevalece na região hoje equivalente ao norte da Nigéria - eram soldados capturados durante uma jihad, ou "guerra santa" em árabe.


Imagem de um passado islâmico esquecido de nosso país. Na porta de um açougue em Salvador na Bahia em 1895 registrado pelo antropólogo e etnólogo Nina Rodrigues, lê-se no topo ''o alufá'', denominação atribuída aos chefes religiosos muçulmanos negros trazidos do Noroeste da África para o Brasil, termo que deriva do árabe al-awf(a), ''o puro, o fiel''.
E em seguida a profissão de fé islâmica (shahada ''La Ilaha illa Allah'', ''Não há divindade além de Deus'') escrita em iorubá “Kosi obá Kan afi Olorum'', ''Não há rei maior que Olorum'', Olrum aqui sendo traduzido como ''Deus'' ou ''Allah'', nos  sincretismos linguísticos que povos islamizados da África adotavam para traduzir os símbolos de sua fé de liturgia arábica.
Nina comenta que o dono do açougue não era muçulmano, era do candomblé. Isso explica por que o nome de Alá é substituído por Olorun na inscrição.
Toda esta sinalização na porta provavelmente seria um anuncio para outros negros malês de que aquele estabelecimento vendia a carne ritualmente abatida seguindo o rito islâmico, ''halal'' (lícito).

Fonte: @ História Islâmica 
Em geral, os sistemas alimentares são fruto das imposições geográficas. Relevo e clima
determinam as grandes questões de nutrição, que são solucionadas através de técnicas de plantio,
irrigação, seleção e domesticação de animais, métodos de conservação de alimentos, constantes
mudanças de dieta por parte da população, exploração dos territórios alheios tal como nas
colonizações e, mais recentemente, importação de gêneros alimentícios. Cada cultura faz a manutenção de seu sistema de forma diferente, combinando os componentes acima. 
“Os desafios que a natureza põe para o homem são diferentes no tempo e no espaço, e, diante deles, sociedades respondem de modo diverso, até mesmo representando essa natureza como favorável ou hostil.”
Há no judaísmo outros sistemas culinários o Ashkenazita e o Sefaradita, podendo ser kasher ou não.
O sistema culinário Ashkenazita, considerado como tradicionalmente judaico apresenta influências do sistema alimentar do leste europeu, com seus ingredientes e técnicas. 
Já o sistema culinário Sefaradita, também considerado como tradicionalmente judaico, apresenta características do sistema alimentar do Oriente Médio, com ingredientes e técnicas particulares.
Para exemplificar, podemos pensar na cozinha judaica, submetida aos diversos sistemas alimentares do mundo, ela subdivide-se em alguns sistemas culinários tais como: kashe
Kasher significa o que está em acordo com as leis da Kashrut (leis dietéticas judaicas).
Há restrições quanto ao que se come, mas a Kashrut está muito mais ligada ao modo de obtenção e preparo dos alimentos, que podem ou não fazer parte da tradição judaica. 
A mandioca, por exemplo, que não faz parte da cozinha tradicional judaica, mas pode vir a ser um alimento kasher, desde que submetida aos critérios de produção determinados pela Kashrut.



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