UNALM desenvolve nova variedade de milho roxo ideal para pipoca

Pesquisadores da Universidade Nacional Agrária La Molina (UNALM) desenvolvem uma nova variedade de milho roxo, ideal para a produção de milho para pipoca, rico em antioxidantes e propriedades nutracêuticas.

Esta variedade cultivada na região de Huánuco foi projetada a partir "da união da metodologia tradicional de melhoramento genético e da moderna tecnologia chamada duplo haploide (DH)". O resultado? Uma roseta ou pipoca com as mesmas qualidades antioxidantes e de pigmentação do milho roxo.

Conforme relatado pela casa de estudos, o objetivo da pesquisa é contribuir para o setor agroindustrial e alimentício com um novo produto que apresente, além da cor inconfundível, características de desempenho e capacidade de expansão na panela, como pipoca comum milho.

O milho roxo é um conjunto de variedades de Zea mays , que cresce nos Andes do Peru, desde a sua descoberta, tem sido usado para colorir alimentos e bebidas.  Na culinária tradicional peruana, o milho roxo desempenha um papel protagonista,  utilizada para preparar pratos típicos como a chicha morada, a bebida mais popular do país, ou a mazamorra morada , um doce típico de Lima.

"Nesta primeira etapa conseguimos selecionar uma família de 80 variedades de milho (cruzamento entre milho roxo e milho especial para pipoca), que se destacam pelo rendimento, pigmentação e capacidade de expansão para chegar a um produto de interesse" , disse o engenheiro Jorge Jiménez Dávalos, pesquisador principal do projeto.

O projeto, vencedor do concurso de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico, é financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Inovação Tecnológica (Fondecyt), unidade executora do Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Tecnológica (Concytec), em convênio com o Banco Mundial.

“Atualmente, estamos realizando testes, selecionando grãos de milho roxo híbrido para pipoca, com o objetivo de verificar quanto estouram, a cor, o rendimento, entre outros atrativos. Da mesma forma, incorporamos a gestão tecnológica à equipe para poder identificar empresas interessadas em levar nossas pesquisas ao mercado”, afirmou Jiménez.

Fonte: Agência peruana do Maiz Morado

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