Oficina de Economia Solidária e Associativismo em Matarandiba

O Coletivo empoderando o individual

"Aruê, aruâ foi na mata de Matarandiba que encontrei você iaia

Aruê, aruâ foi na mata de Matarandiba que encontrei você ioiô.."


A oficina promovida pelas associações locais ASCOMA e ASCOMAT visam promover o Associativismo a economia apartir do desenvolvimento de novos projetos de qualificação da região, como Polo turístico cultural, de forte atrativo na cultura alimentar, associados à economia solidaria.

Foram 7 horas de oficina facilitada por Ian Requião, com a presença de associados e moradores da comunidade.

Cultura Alimentar como alavanca Sócio Econômica.

Com manifestações populates tradicionais, como o "Aruê", o “Boi Janeiro”,  o Zé de Vale", a ASCOMA e ASCOMAT planejam através das Oficinas de economia solidaria, reavivar suas tradições alimentares, receituário de família, alimentos colhidos nas matas, técnicas e tecnologias sociais ligadas à alimentação, e a valorizando o trabalho da Mariscagem e da Pesca.








O "Tucunaré defumado", o "Pirambinho" a "Pinduça", "Pirão de Café", "A comida da Mata"( tradição local das mulheres no feitio da comida) a "Manga Itiuba" tipica da região, são bons exemplos de comidas, das técnicas e Saberes, da região pouco conhecidas, mas que merecem ser conhecidas.

A feitura do Dendê de pilão, a cultura do mel, a coleta de plantas e ervas locais, são exemplos de atividades e práticas de saberes que ainda podem significar um valor cultural e econômico para os moradores.

A ASCOM, mantém uma Padaria, que propicia a comunidade pão fresco todos os dias, conta com receptivo turístico e hospedagem social.

As Origens da Vila de Matarandiba 

A origem da Vila de Matarandiba, ilha localizada na Baía de Todos os Santos, remonta a meados do século XVI, quase concomitante ao descobrimento do Brasil, quando as navegações se expandiam e os navegadores adentravam os territórios com mais facilidade pelo mar do que pela terra. 

As dificuldades de se chegar e sair do local fizeram com que durante muito tempo a Vila não fosse muito habitada. 

Relatos dos moradores mais antigos de Matarandiba revelam a existência de moradores em maior número a partir de 1920.

Matarandiba é resultado da corruptela do nome Tamarandiba, de origem tupinambá que significa: Ilha de calor.

Segundo o historiador Ubaldo Osório (1979), “a vila de Matarandiba também já foi chama de Ilha dos Burgos, por haver pertencido aos descendentes do ouvidor Cristóvão de Burgos, o que foi Vedor Geral das fortificações da Bahia” (idem, p.448). Atualmente, Matarandiba é um povoado que possui aproximadamente 700 pessoas. Por não existir terreno livre para venda, sempre as mesmas famílias moram na vila.

O lugar é pacato, com baixos índices de violência, pois não são registrados furtos nem assaltos. As práticas econômicas que movimentam a vila são a pesca e principalmente a mariscagem. 

O “Aruê”, o “Boi Janeiro”, os Sambas de roda, o “São Gonçalo”, o “Terno das Flores”, o romance “Zé de Vale” e as narrativas orais, são manifestacoes locais que convivem com as transformações culturais que ocorrem na contemporaneidade, espelhando a lógica atual das relações sociais e culturais existentes na vila.


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