Anón, Pinha, Chirimoya e Atemoia.
Tres frutas da estação, que merecem um destaque, as Atemoias, sao as novidades nas feiras da Bahia. Conheça suas propriedades:
Na língua guarani, araticum significa "fruto mole", que é como esses frutos de aparência áspera e rude ficam ao amadurecer, desmanchando-se facilmente na boca.
Araticum é, também, de fato, a denominação mais comum para as variedades silvestres das Ananáceas por todo o continente americano que fala português.
Na América espanhola, por sua vez, a denominação genérica e mais comum para esses frutos é anone ou anona.
A escritora colombiana Clara Inés Olaya oferece uma pista para a compreensão dos motivos que levaram a tais generalizações Segundo ela, os espanhóis teriam provado essas frutas pela primeira vez nas Ilhas do Caribe, assim que aportaram no Novo Mundo, uma vez que são nativas da região. Ali, teriam também rendido o nome anón, palavra da língua indígena taína usada para designar uma determinada variedade de fruta nativa e que, mais tarde, ficou conhecida como "el manjar blanco de los españoles".
O anón descrito pelos navegantes do século XVI nasce em arvoretas, tem cor verde-escura, textura escamosa e verrugosa, e, quando maduro, ao contrário do que sua aparência pode fazer crer, abre-se em gomos facilmente, bastando, para isso, um leve aperto.
Aberta, a fruta oferece uma polpa suave e cremosa que se desmancha na boca, deixando um sabor bom e perfumado, além de várias pequenas sementes duras, lisas e brilhantes.
Esta descrição corresponde, precisamente, à da Annona squamosa que é, entre todas as Anonáceas, a mais conhecida e a mais facilmente encontrada nas feiras-livres e supermercados brasileiros, embora não seja variedade nativa do país.
De fato, a introdução desta fruta no Brasil tem datas históricas precisas: segundo Pio Corrêa, na Bahia corria o ano de 1626 quando o Conde de Miranda plantou a primeira árvore dessa variedade, e já era 1811 quando um-agrônomo francês introduziu-a no Rio de Janeiro, a pedido do Rei D.João VI.
Estima-se, no entanto, que algumas variedades silvestres da fruta, originárias das Antilhas, deslocaram-se também até atingirem a região amazônica, transformando-se em espécies subespontâneas antes mesmo da chegada dos europeus.
Atualmente, no Brasil, em virtude de tantas andanças, o anón espanhol tem vários nomes em português: pode ser ata, no norte e no nordeste do país, no interior de São Paulo e em Minas Gerais; pode ser araticum, no Rio Grande do Sul; ou, então, I na Bahia, pode ser fruta-do-conde ou pinha.
A porção comestível é composta em grande parte por água (72 – 73%), e contendo em cada 100 g de polpa: proteínas (0,87 – 1,89 g), lipídios (0,14 – 0,57 g), glicídios (20,8 – 23,9 g), fibra (2,2g), cálcio (20 mg), fósforo (8,81 – 54,0 mg), ferro (0,3 – 1,0 mg) e vitaminas B1 (0,06 mg), B2 (0,10 mg), niacina (0,89 – 0,90 mg) e vitamina C (10,5 – 57,0 mg).
Annona cherimola, conhecido pelos nomes comuns de cherimólia, cherimoia (Brasil), nona (Angola), coração-de-negro (Açores) ou anona (Portugal Continental e Madeira), é um arbusto ou pequena árvore (até 7 metros de altura) originária do Equador, da Bolívia e do Peru, do género Annona. Seu fruto, como nas demais anonáceas, é, na verdade, um agrupamento de frutos. É também comum no Chile, onde seu suco é muito apreciado em bares e restaurantes.
Nativa da América do Sul, é hoje cultivada em todo o mundo, principalmente em Argentina, Austrália, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, Israel, Peru, África do Sul e Taiwan. Em Portugal é cultivada sobretudo na ilha da Madeira, cuja produção além de se destinar ao consumo interno, é ainda exportada para vários países europeus, em especial a França.
A casca verde tem uma aparência bruta, mas dentro, a atemoia oferece cerca de 70% de água e um sabor único. Ela se originou na África do Sul e em Israel por meio do cruzamento entre a fruta-do-conde (ou pinha – na foto ao lado) e a cherimoia.
No Brasil, a Atemóia vem sendo cultivada principalmente na região sudeste, sul e no sul da Bahia.
“A fruta-do-conde (Annona squamosa) e a cherimoia (Annona cherimola) são os pais da atemoia”
A atemoia tem caído no gosto dos consumidores por ter a polpa saborosa e macia, além de as sementes soltas. Assim, ela pode ser consumida “de colher”, como um mamão. Apesar de tentadoramente doce, é importante não exagerar no consumo. “A atemoia é rica em carboidratos simples, especialmente em açúcares. Em uma unidade pequena da fruta há aproximadamente 20g de açúcares e 97 calorias”
A Atemóia é considerada um verdadeiro medicamento natural, pois possui diversas propriedades medicinais. Segue abaixo algumas dessas propriedades e como a Atemóia pode ser utilizada para obtenção da saúde e do bem estar corporal.
Regula a Pressão Arterial – a Atemóia é uma fruta rica em potássio e por isso reduz a pressão arterial, pois o potássio funciona como um vasodilatador. O potássio ajuda a equilibra a água corporal e a contração muscular, por isso a Atemóia é indicada para pessoas que praticam qualquer tipo de atividade física;
Fonte Energética – a Atemóia é uma fruta rica em carboidratos, o que a torna uma excelente fonte de energia. Por isso, a Atemóia deve ser consumida de forma moderada, principalmente para quem se encontra em dieta;
Rica em Fibras – a Atemóia auxilia no bom funcionamento do intestino e do estomago e faz com que o organismo diminua a absorção de gordura e de açúcar, sendo muito útil para as pessoas que possuem colesterol alto e diabetes;
Aproveitamento de Cascas e Sementes – a casca e a semente são ricas em fibras e minerais, contudo não podem ser consumidas em estado natural, por isso devem ser transformadas (da casca pode ser feita geleia e compotas e das sementes uma farinha) e assim consumir esses produtos e aproveitar os nutrientes desta poderosa fruta.
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