COMIDA AQUI É MATO estréia agendada para este mês de julho, através da TVE/Bahia.



Por Didi Oliveira
A série documental “Comida Aqui é Mato!” da produtora MANGABA, com direção e produção executiva de Jon Lewis.
Participei do roteiro e tive o prazer de trabalhar na fase de produção com uma equipe de prima: Tai Gidi (produtora); Juliana Oru Melo (pesquisa), Ian Castro (produção).

O chef @Alício Charoth (apresentador) - os três últimos são membros da Rede PANC Bahia -, além de Mona Soares, que conduz as entrevistas junto com Alício.
A direção de fotografia foi de Mush Santos, montagem de Jefferson Neto e a Mixagem de Som foi assinada por Nuno Penna, entre outros profissionais.
Os 8 episódios dessa primeira temporada, gravados em diversos territórios de identidade da Bahia, propõem uma narrativa que evidencia a importância de sistemas da natureza que sustentam a terra, como a sociobiodiversidade (riqueza biológica e diversidade sociocultural).


A combinação desses dois elementos - natureza e comunidades tradicionais - foi fundamental para a formação de muitas identidades territoriais baianas.
Com os sucessivos processos de destruição, sob vários aspectos, essa riqueza natural foi desaparecendo, dando lugar à industrialização dos alimentos, mudanças no hábito de consumo, crescimento do agronegócio e destruição de biomas e de toda a cadeia vital do seu entorno. E, assim, ao longo dos anos, também fomos testemunhas e muitas vezes corresponsáveis pela redução dessa cadeia e também da nossa diversidade cultural, dos saberes tradicionais de povos da floresta, de ribeirinhos, de quilombolas, de indígenas, de agricultores familiares e de toda a gente que, apesar das constantes tentativas de apagamento de suas memórias - a nossa história – ainda, assim, resiste.

Nesse contexto de preservação da memória local, estão as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), termo criado em 2008 pelo biólogo e professor Valdely Kinupp. Essas plantas, frutos, folhas, raízes e outros, são consideradas não convencionais pra uma grande parte da população moradora da zona urbana, mas são velhas conhecidas de comunidades tradicionais que cultivaram, consumiram e disseminaram essas maravilhas que cresciam espontaneamente em seus quintais.
No Brasil, existem cerca de 10 mil espécies de plantas alimentícias, mas só utilizamos em nossa alimentação umas 300 delas, no máximo.
Não percam.

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