EatWithAfia E A PRODUÇÃO TRADICIONAL DO AZEITE DE DENDÊ
Neste primeiro Episódio, eles exploram os óleos não refinados da África Ocidental: mergulhamos de cabeça no óleo de dendê.
Importante observar as semelhanças da extração tradicional do Azeite entre África e Bahia
Confira @eatwithafia
Existem muitas maneiras de extrair o óleo de dendê na África Ocidental — esta é apenas uma delas. Assim como muitos óleos tropicais, o óleo de dendê é sólido em temperaturas mais frias. E, como muitos óleos não refinados, ele tem um ponto de fumaça baixo; ainda assim, é usado em muitos pratos da região: para preparar ensopados, fritar panquecas de banana-da-terra, ou misturar com feijão Bambara para fazer bolinhos — as possibilidades são infinitas. Sua cor vermelha intensa vem do betacaroteno, que é um precursor da vitamina A.
Aviso importante: Os óleos de palma, no contexto africano, acredito que existem fora da lógica dos óleos de palma comercializados. Eles são feitos de forma diferente, funcionam de forma diferente e, o mais importante, são uma expressão das nossas culturas culinárias tradicionais. Originária da África Ocidental e Central, a palmeira cresce de forma nativa em nossas florestas, como tem sido há séculos (ou milênios, segundo alguns), e é usada dentro de práticas culinárias sustentáveis. Nossas práticas não têm relação com o desmatamento no Sudeste Asiático — esse problema foi iniciado pelo colonialismo. Quando se associa o desmatamento ao óleo de palma, geralmente se está falando de um óleo altamente processado para comercialização. Esta série é sobre óleos de HERANÇA não refinados, uma prática que existe há séculos, antes da colonização.
No próximo episódio, vamos falar sobre como comprar óleo de dendê na diáspora.
Sobre EatWithAfia
Projeto criado por Afia Amoako, uma pesquisadora ganense radicada no Canadá que compartilha receitas, reflexões e explorações sobre a culinária africana, com um foco especial em práticas alimentares veganas e plant-based dentro das tradições do oeste africano.
No site e nas redes sociais, Afia promove:
Receitas tradicionais reinterpretadas, muitas vezes com um olhar vegano e sustentável;
Séries educativas, como a que você mencionou sobre óleos não refinados africanos;
Contextualizações históricas e culturais dos ingredientes africanos, com atenção à ancestralidade, à diáspora e à descolonização alimentar;
Textos sobre nutrição e identidade alimentar para quem vive entre culturas, especialmente na diáspora africana;
E um olhar crítico sobre o impacto do colonialismo, da globalização e da indústria alimentícia nas tradições africanas.
O conteúdo do EatWithAfia é bem escrito, engajado politicamente e comprometido com a preservação e valorização das tradições alimentares africanas de forma ética e consciente.
@elcocineroloko
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