Panc Ecologia humana e cultural.
Muito se fala no âmbito das PANC, sobre suas questões nutricionais, botânicas e de sua importância na soberania alimentar.
Mas é fundamental destacar que um dos objetivos primordiais da divulgação deste rico e complexo sistema está a preservação dos Saberes e Práticas de usos populares e culturais, na preservação dos saberes construídos de forma coletiva nas comunidades, nos costumes, percepções e hábitos diários de indígenas, quilombolas, raizeiras, bancos de sementes, ribeirinhos e geraizeiras, grupos que históricamente foram invisibilizados e sem as quais não seria possível a acolhida e o envolvimento de muitos de nós.
A essa gente, deve-se os esforços na luta, na disseminação desses conhecimentos, na popularização do consumo, como forma de diminuir a desigualdade, o preconceito e a injustiça.
Sem negar a importância da disseminação dos conceitos científicos que envolvem as Panc, a proposta do #Setembro é antes de tudo fazer uma reflexão e oportunizar um espaço de debate onde esses diferentes conceitos sejam trazidos à luz, e que dessa forma, contribuam na articulação e difusão de conhecimentos que fortalecem as lutas sociais ligadas ao Direito Humano à Alimentação Adequada e Segurança Alimentar e Nutricional.
Vale ressaltar que muitas dessas práticas e usos, são fundamentais até hoje em muitas comunidades, não só na alimentação cotidiana, bem como na estratégia de sobrevivência sócio econômica, que garantem trabalho, (por muitas vezes extenuantes) e mal pagas.
Para mim e a muitas pessoas deve ficar claro que o avanço de pesquisas, a chegada destes alimentos à nossas mesas, representa uma oportunidade de trazer consigo, um conhecimento maior sobre grupos étnicos, coletivos de pessoas que preservam desde tempos remotos estas memórias e que de forma generosa ampliam o conhecimento sobre o que somos, como somos e porque somos.
Há exatamente uma ano, comemoramos o trabalho Interdiciplinar promovido na Bahia pela Rede PANC, aglutinando instituições, comunidades, chefs, pesquisadores, comunidades e coletivos, educadores, gente engajada na ampliação dos horizontes deste emergente tema, no aprofundamento das relações de apoio e da garantia deste amplo e tão simbólico sistema, que para mim tem sido motivo de orgulho, e desejo de que todo esse esforço cumpra seus objetivos de integrar, visibilizar e promover a nossa capacidade de luta na preservação da nossa identidade alimentar, cultural e principalmente social.
https://drive.google.com/drive/mobile/folders/1DBjfC0bxbV5asM-X7OuP1XaPa-EsMwZG?usp=sharing
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