Neide Rigo Pesquisadora e Gastrônoma é uma das convidadas do Seminário "Bahia de Todos os Feijões: Histórias, Tradições e Gastronomia."

O evento reúne especialistas nas áreas gastronomia, antropologia, biociências, nutrição, agricultura e comunicação.

"O espaço das leguminosas nas cozinhas e nas mesas."que terá como mediadores:
Fernanda Cabrini 
Representa o Slow Food na Bahia. pesquisadora de Agrofloresta, Preservação de Solo e Etnogastronomia.

Marcelo Terça-Nada
Membro do Conselho do Slow Food Brasil. Designer com foco em Sustenbalidade e Comércio Justo.

Neide Rigo Pesquisadora e Gastrônoma é uma das convidadas do Seminário "Bahia de Todos os Feijões: Histórias, Tradições e Gastronomia."reúne especialistas nas áreas gastronomia, antropologia, biociências, nutrição, agricultura e comunicação.

Pesquisadora e autora do blog Come-se, Neide Rigo tem uma adorável horta no quintal de sua casa e usa o que ela mesma planta em suas diabruras na cozinha. Acha que tudo fica bem mais gostoso quando é feito com produtos naturais e frescos – não importa se tem o certificado de orgânico ou não.  Neide faz parte do Slow Food, movimento já mundialmente afamado que prega o prazer de comer com calma. Mas não só, como conta a pesquisadora em entrevista ao Paladar em que foi instigada a criar um diálogo entre o Slow Food e os alimentos orgânicos. Qual a relação entre o movimento Slow Food e comida orgânica? O Slow Food defende um alimento bom, limpo e justo. E isto significa que ele deve ter qualidade, sua produção deve respeitar o meio ambiente e, por fim, ser comercializado a preços justos, o que coincide mais ou menos com os princípios da alimentação orgânica. Mas o movimento não prega certificação, que é um selo caro para o pequeno produtor. Muitos se baseiam na certificação participativa, em que a produção é fiscalizada por uma comissão formada por produtores e sociedade, funcionando como um instrumento de confiabilidade no cultivo sustentável e produção de alimentos mais saudáveis. Veja também: Mais espaço (e sabor) para os orgânicos em Curitiba Garimpeiros verdes Saborosos, fortes, bonitos Império foodie contra-ataca O guru da nova 'comida autêntica' Segredos da fazenda O mais orgânico de todos os chefs Uma pessoa pode aderir ao slow food sem necessariamente consumir comida orgânica, ou pode comer alimentos orgânicos e ignorar o slow food?

Acho que qualquer pessoa que resolva aderir ao movimento está preocupada de certa forma com alguma etapa da cadeia alimentar. Ela pode não gostar de comida orgânica, ou não conseguir comprá-la, mas se preocupa em plantar e preparar sua própria comida, por exemplo. Ou pode comer fast food e não estar feliz com este modelo de alimentação. Ou pode se associar simplesmente por saber que parte da sua anuidade como membro vai ser usada pela Fundação Slow Food para a Biodiversidade para custear projetos de preservação de espécies e produtos ameaçados de extinção no mundo todo. Muitos consumidores de alimentos orgânicos seguem os princípios do Slow Food, mas não conhecem o movimento. Podem ainda dizer "não preciso me associar, eu já sou Slow Food" ou "eu já pratico o Slow Food". Tudo bem, mas o movimento não é só isto. Você consome comida orgânica? Sim, mas nem sempre, porque muito do que consumo vem do sítio dos meus pais cultivados por eles mesmos. Ou do meu quintal. As comidas dos dois lugares não têm um selo que dizem que são orgânicas, embora não levem defensivos ou adubos químicos. Prefiro comprar hortifrutis orgânicos na feira de produtores como a da Água Branca, por exemplo. Mas, como nem tudo se acha ali, acabo comprando outros itens não orgânicos no mercado do meu bairro, em feiras livres ou no hortifruti vizinho da minha casa. E não me sinto culpada por isto.
Saiba mais aqui.

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