O Brasil vai alimentar o mundo

A agricultura e a pecuária brasileiras viverão bons momentos no futuro, apesar de alguns problemas conjunturais de preços das commodities nos próximos dois ou três anos. 
Até 2050, a população mundial será de 9,7 bilhões de pessoas (aumento de 37%) e, para alimentá-la, a produção total de alimentos terá que aumentar em 80%. Só de cereais, deverão ser 3 bilhões de toneladas/ano (hoje, são 2,1 bilhões t/ano) e, de carne, a produção terá que aumentar 200 milhões de toneladas. 
É crescente a demanda por produtos nos quais o Brasil tem vantagem comparativa, como carnes e cereais forrageiros; é crescente a importância dos mercados asiático e africano e “a depreciação da taxa de câmbio entre o real e o dólar beneficiará agricultores brasileiros”.

Estes números são do mais recente relatório da FAO/OECD (Organização da ONU para Agricultura e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) para 2015-2024, divulgado pela ONU, e que observa que o grande fornecedor dos alimentos que o mundo precisará será o Brasil, que já é o segundo exportador de alimentos (em volume) e, nos próximos 10 anos, se tornará o primeiro (valor + volume). Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil, aponta os desafios do País para alcançar tal meta: melhor escoamento (logística, rodovias, portos, armazenamento), mais tecnologia, assistência técnica, cooperativismo, menos burocracia nos licenciamentos e melhor governança. Segundo Bojanic, são três os básicos: manter os ganhos de produtividade; melhorar a sustentabilidade ambiental da agricultura; e atingir novas reduções da pobreza e da desigualdade.

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