Mel de Cacau é um Manjar nobre do baixo sul da Bahia, vira bebida de excelência e qualidades de Rum Cubano.


Dessas delícias que vamos garimpando nas viagens, que dá gosto seguir provando sem preconceito sabores da nossa terra.

Desta vez na minha participação no CosmoAngola, fui apresentado à um destilado/fermentado feito a partir do Mel de Cacau.

O Mel do Cacau é uma bebida rara, difícil de ser encontrada para o consumo por ser muito perecível, daí a importância de ser congelada assim que é extraída, garantindo todos os nutrientes desta rica bebida e preservar seu maravilhoso sabor.

Outro problema é sua fermentação rápida, e que com a pasteurização, perde seu inigualável sabor.

O termo “mel” é utilizado em referência ao sabor doce e textura licorosa dessa bebida, que é altamente energética e nutritiva. Além das vitaminas e minerais ele é uma fonte natural de compostos bioativos e antioxidantes.

Mas calma, não no Baixo Sul, onde a pressa em descobrir iguarias da terra, se dá conhecendo a história da região e a multiplicidade de alimentos distintivos, Jorge Amado que o diga.


A pesar da simplicidade da produção e embalagem, você encontra um produto que merece ser conhecido e de nosso apoio.

A bebida desenvolvida pela Pretinha como é chamada afetivamente na comunidade,  , consegue manter seus princípios de sabor e nutrientes, levemente alcoólico, deve ser servido gelado, ou de base para drinks.

O suco integral do cacau é rico em vitamina C, Magnésio, Zinco e por isso nos ajuda a manter a imunidade em dia. Popularmente é conhecido como Mel de Cacau. O termo “mel” é utilizado em referência ao sabor doce e textura licorosa dessa bebida, que é altamente energética e nutritiva. Além das vitaminas e minerais ele é uma fonte natural de compostos bioativos e antioxidantes.

Para a extração do mel do cacau é necessária a utilização da caixa prensa. Pode-se conseguir de 05 a 10 litros a cada prensada, dependendo da época do ano. Em quantidades menores, no entanto, utiliza-se saco de fibra, tipo os que embalam cebola, ou “*tipiti”.

Para a extração de um mel de cacau de boa qualidade, siga os seguintes passos:

1. Faça a colheita dos frutos sadios e maduros;

2. No mesmo dia faça a seleção, a lavagem e a quebra dos frutos, separando a semente das cibirras e em vasilhames de plástico coloque apenas sementes livres de impurezas.

Esse trabalho deve ser realizado sempre em dupla: quebrador e tirador;

3. Coloque as sementes na caixa prensa e vá prensando. O líquido obtido é o mel de cacau, utilizado para fabricação de licor, geléia, doces, xarope

s e outros.JORGE AMADO EM CACAU

No sul da Bahia cacau é o único nome que soa bem. As roças são belas quando carregadas de frutos amarelos. Todo princípio de ano os coronéis olham o horizonte e fazem as previsões sobre o tempo e sobre a safra. E vêem então as empreitadas com trabalhadores. 

A empreitada, espécie de contrato para colheita de uma roça, faz-se em geral com os trabalhadores, que, casados, possuem mulher e filhos. Eles se obrigam a colher toda uma roça e podem alugar trabalhadores para ajudá-los. 

Outros trabalhadores, aqueles que são sozinhos, ficam no serviço avulso. Trabalham por dia e trabalham em tudo. Na derruba, na juntagem no cocho e nas barcaças. Esses formavam uma grande maioria. Tínhamos três mil e quinhentos por dia de trabalho, mas nos bons tempos chegaram a pagar cinco mil-réis.

Partíamos pela manhã com as compridas varas, no alto das quais uma pequena foice brilhava ao sol. E nos internávamos cacauais adentro para a colheita. Na roça que fora de João Evangelista, uma das melhores da fazenda, trabalhava um grupo grande. 

Eu, Honório, Nilo, Valentim e uns seis mais, colhíamos. Magnólia, a velha Júlia, Simeão, Rita, João Grilo e outros juntavam e partiam os cocos. Ficavam aqueles montes de caroços brancos de onde o mel escorria. Nós da colheita nos afastávamos uns dos outros e mal trocávamos algumas palavras. Os da juntagem conversavam e riam. 

A tropa de cacau mole chegava e enchia os cacauais. O cacau era levado para o cocho para os três dias de fermento. Nós tínhamos que dançar sobre os caroços pegajosos e o mel aderia aos nossos pés. Mel que resistia aos banhos e ao sabão massa. Depois, livre do mel, o cacau secava ao sol, estendido nas barcaças. 

Ali também dançávamos sobre ele e cantávamos.

Os nossos pés ficavam espalhados, os dedos abertos. No fim de oito dias os caroços de cacau estavam negros e cheiravam a chocolate. 

Antônio Barriguinha, então, conduzia sacos e mais sacos para Pirangi, tropas de quarenta e cinqüenta burros. A maioria dos alugados e empreiteiros só conhecia do chocolate aquele cheiro parecido que o cacau tem."

Contato comercial Vanderson +55 75 8298-0708

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