Dia de São José e do Cuscus Dia da abundância e da diversidade. Plante seu 🌽

"A tradição é plantar na semana de São José, mês de março, para colher em junho" provém da cultura Portuguesa

Trata-se da figura do “pai terreno” de Jesus Cristo e esposo de Maria, mãe de Cristo: José de Nazaré ou José, o Carpinteiro, é considerado o padroeiro dos trabalhadores e das famílias.

O Milho também é um alimento sagrado para as religiões de Matris Africana, o grão tem importância fundamental na formação cultural, identitária e alimentar brasileira.

Sua utilização evidencia a força de sua sacralidade para as culturas afro-indígenas, possibilitando a sobrevivência das mesmas graças a esse alimento popular brasileiro, ingrediente de pratos típicos indígenas e africanos, como o cuscuz, o angu, a canjica, o araçá e a pamonha, bem como muitas outras receitas que fazem parte do banquete servido aos Orixás.

Na Agricultura Familiar, muitos assentados celebram a data mantendo o hábito de cuidar da terra e selecionando grandes trechos dos lotes para o cultivo do milho, o fruto mais consumido pela população nos festejos juninos. 

Originário das Américas e base da alimentação das populações indígenas, o milho é um alimento presente em muitas culturas e civilizações e um dos mais importantes do nosso continente.

Dos povos tradicionais foram herdadas as receitas que são feitas hoje, principalmente durante o período junino.

É na Europa a origem histórica das tradições juninas, quando os agricultores realizavam festas para comemorar as colheitas. O costume foi introduzido aos poucos no Brasil durante a colonização. Portugal, um dos países colonizadores, tinha a tradição de celebrar a colheita do trigo, entre os meses de junho e setembro. Mas o Brasil não era um grande produtor de trigo na época e as festas começaram a ser celebradas com o milho, que tem o período de colheita na mesma época.

O maior folclorista do mundo, o potiguar Luís da Câmara Cascudo, explicou com detalhes a origem desse prato tão comum no RN.

Segundo Cascudo, o nome original é “kuz-kuz”, “alcuzcuz”, e ele é um prato nacional dos mouros na África Setentrional, do Egito a Marrocos.

Mas olha que curioso: o cuscuz inicialmente não era feito de milho, e sim de arroz, farinha de trigo, painço e sorgo – uma espécie de planta com flor parecido com trigo – conhecido no Brasil como “milho-zaburro”.

Em 2020 o Cuscuz, os Saberes e as Práticas da produção e consumo, tornaram-se Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco

A Unesco declarou: "Essa inscrição conjunta de um patrimônio compartilhado ilustra até que ponto o patrimônio cultural imaterial pode ser um assunto sobre o qual os Estados se reúnem e cooperam (...) aproximando-os por meio das práticas e saberes que têm em comum”.

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