Coisas que começam a mudar, Cogumelos na Bahia.

Infelizmente, o Brasil ainda não possui uma cultura de consumo de cogumelos e muitos acreditam que essa falta de cultura deve-se ao fato do país ter sido colonizado pelos Portugueses que, no passado, não tinham o hábito de consumir cogumelos. 

O registro do uso pelos povos indígenas na alimentação e para propósitos medicinais é muito limitado. Há relatos, porém, de que os grupos Sanema e Yanomami, na Amazônia, são consumidores de uma grande variedade de cogumelos. Foi somente na primeira metade do século passado, com a chegada de japoneses e chineses em grande número, estabelecidos principalmente no estado de São Paulo, que a história do cultivo de cogumelos no Brasil começou. Mais a coisa começa a mudar, e claro, o primeiro passo para conhecer é gostar, a partir dai o próprio interesse em algo, faz com que o ser humano busque mas informações e o que poderia ser uma coisa banal, enriquece nossa cultura. 














Despertado pela Marcília Castro Carneiro, fui saber mais sobre o trabalho da Hochibra Cogumelos Exóticos, que entrou em operação em Vitória da Conquista com sede no Distrito Industrial dos Imborés. De acordo com os dirigentes da Hochibra, a Capital do Sudoeste Baiano foi escolhida por conta de suas características geográficas e também da pujança econômica.
A pouco tempo atras, visitamos a fazenda do Alexandre Afonso, que apostou que os Cogumelos podem ser claramente uma boa alternativa proteica, e de forma pioneira apostou na produção de Cogumelos em Salvador, sua empresa CASA DO COGUMELO, cultiva, envasa e vende Setas, Shitakes, Boletos e todo uma gama de hungos, que são desenvolvidas em em uma propriedade no bairro de Itapuã.   
Leia mais:Empresario em Salvador, aposta na criação de Cogumelos.
A Hochibra produz cogumelos de dois tipos: o eryngui e o shimeji. 
A empresa já possui clientes em Vitória da Conquista, Belo Horizonte, São Paulo, Campinas e Curitiba. E já pensa em expansão. “Pretendemos agora subir para o norte e nordeste, onde a produção ainda é pequena”, informou Peters. ‘Projetos importantes’ – Um dos atrativos decisivos para a instalação dos produtores de cogumelos em Vitória da Conquista, naquele primeiro momento, foi a possibilidade – hoje confirmada e em pleno andamento – de construção do novo aeroporto.
Outro projeto que atrairá novos empreendedores para o município é o da Barragem do Rio Pardo. Segundo o prefeito, isso significará novos investimentos para a região. “São movimentações e projetos importantes que, como consequência, trazem outras empresas que também sejam importantes para Vitória da Conquista”, disse o gestor.
Atualmente, são conhecidas mais de dez mil espécies de cogumelos, das quais cerca de duas mil são consideradas comestíveis. Destas, vinte são cultivadas comercialmente. 
No Brasil as mais cultivadas e comercializadas são: Agaricus bisporus – Champignon de Paris Conhecido no Brasil como "Champignon de Paris” e nos países de língua inglesa como “Button Mushroom”, Agaricus bisporus é cultivado em um composto orgânico que pode ter em sua composição palhas de cereais, gramíneas, bagaço de cana e esterco animal. Agaricus bisporus é o cogumelo mais cultivado em todo o mundo, sendo responsável por 38% da produção mundial de cogumelos cultivados. 
As principais regiões produtoras são Europa, América do Norte, China e Austrália. No Brasil, estima-se que a sua produção represente mais de 66% do total de cogumelos “in natura” produzido no país. Pleurotus spp.– Cogumelo Ostra Dentro do gênero Pleurotus são cultivadas várias espécies de cogumelos que incluem o Pleurotus ostreatus (shimeji branco e shimeji preto), Pleurotus djamor ou Pleurotus ostreatoroseus, Pleurotus eryngii, Pleurotus pulmonarius e Pleurotus citrinopileatus. Estes cogumelos são cultivados em uma ampla gama de resíduos orgânicos (palha de cereais, serragem, bagaço de cana, resíduos de algodão) em sacos plásticos ou garrafas. 
 Os cogumelos do gênero Pleurotus ocupam a segunda posição na produção mundial, correspondendo a 25% da mesma. No Brasil, este grupo também ocupa a segunda posição e estima-se que sua produção represente mais de 16% do total de cogumelos “in natura” produzido no país. Lentinula edodes - Shiitake Lentinula edodes, comumente conhecido como “shiitake” ou “cogumelo do carvalho”, é amplamente produzido no Japão, China e Coréia, representando 10% da produção mundial de cogumelos cultivados. 
No Brasil, estima-se que a sua produção represente cerca de 12% do total de cogumelos “in natura”. Agaricus blazei 
Este cogumelo, mundialmente apreciado por suas qualidades gastronômicas e especialmente por suas propriedades medicinais, é conhecido comumente por várias denominações, tais como, “Cogumelo Medicinal”, “Champignon do Brasil”, “Royal Sun Agaricus”, “The Brazilian Medicinal Mushroom” e, no Japão, “Himematsutake”. Descoberto na região de Piedade, estado de São Paulo, em meados da década de sessenta do século passado, foi enviado ao Japão, onde vários estudos sobre as suas propriedades medicinais foram relatados. Classificado inicialmente pelo taxonomista belga Paul Heinemann como Agaricus blazei Murrill, teve sua nomenclatura revisada a partir de 2002. 
Ainda não há um consenso entre os especialistas a este respeito, de modo que o cogumelo é referido na literatura mundial como Agaricus blazei, Agaricus brasiliensis e Agaricus subrufescens. Algumas publicações brasileiras relatando propriedades medicinais em estudos clínicos referem-se ainda ao cogumelo como pertencente à espécie Agaricus sylvaticus.

Comentários

  1. Trabalhei 10 anos com cultivo de cogumelos é muito bom e exige muita dedicação. Amo cogumelos.

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