Estudantes da Zona Rural de Valença desenvolvem Copos Biodegradáveis com Casca de Aipim e Coração de Banana
O projeto “Entre gotas e sabores”, desenvolvido na Escola Estadual do Campo Hermínio Manoel de Jesus, localizado no distrito de Bonfim, na zona rural de Valença (248 km de Salvador), está levando os estudantes a grandes descobertas. Eles desenvolveram copos biodegradáveis, que são usados como suporte na plantação de sementes.
Para fazer o produto são utilizados como base, por exemplo, a casca do aipim e o coração da banana.
A experiência vem sendo aperfeiçoada no Clube de Iniciação Científica, criado por meio do Projeto Ciência na Escola da Secretaria da Educação do Estado.
A professora de Química e coordenadora do projeto, Rafaela Santos, diz que o trabalho começou nas aulas sobre sustentabilidade. “Eu já conhecia bioplástico feito de banana, mas queríamos algo que fosse jogado fora, que a nossa comunidade não enxergasse uma utilidade.
Daí surge a proposta de utilizar o ‘coração da banana’ e a casca do aimpim ou mandioca e deu certo. Fizemos o copo biodegradável e surgiu a ideia de fazer copinhos para o uso na plantação da horta escolar. Ao mesmo tempo que não estamos poluindo o ambiente, utilizando o plástico comum, estamos promovendo a adubação a partir da degradação, em 20 ou 30 dias, dos copos biodegradáveis.
Acredito que é aí que está a inovação do nosso projeto”, afirmou, ao destacar o impacto da experiência científica no processo de ensino e aprendizado dos estudantes. “A relação do projeto com a química é total. Compreender a transformação do amido em plástico é um processo químico, compreender o tempo de degradação tem relação com a composição do bioplástico e por conta do projeto já tenho alunos querendo fazer Licenciatura em Química”. A estudante Luciele Santos, 19 anos, 2º ano do Ensino Médio, contou como está desenvolvendo o projeto em casa. “Faço os copos por meio da casca do aipim. Corto a casca branca, lavo e bato no liquidificador. Depois do material coado no pano, deixo a massa assentar e jogo a água fora. Coloco o amido que ficar na panela e jogo glicerina, o que vai resultar em uma gelatina. Então, espalho o conteúdo na xícara ou em copos pequenos para fazer a forma e deixar secar por dois ou três dias. Tem que ter cuidado na hora de tirar do recipiente para não quebrar”, explicou. Já a estudante Valesca Silva, 18, 3º ano do Ensino Médio, optou por trabalhar com o coração da banana. “Para fazer é um pouco diferente. Tem que retirar o coração da banana, lavar bem para retirar qualquer resíduo, cortar em pedaços e cozinhar por cinco minutos. Depois tem que incluir a glicerina, mexer até ficar pastoso e colocar em recipientes, como copos e xícaras de chá. Para secar leva três dias, se tiver com sol forte. Se não, demora mais um pouco”, descreveu, ao falar sobre a importância do projeto para a comunidade onde ela mora. “Além do aprendizado, podemos trazer esse conhecimento para os vizinhos e amigos. Por sermos da zona rural, podemos colocar na prática esse projeto aprendido na escola. Ainda mais por ser uma atividade que envolve ciência”, relatou. Com o projeto, os estudantes também estão aprendendo a reutilizar a água do ar-condicionado para o uso na horta escolar, por meio de sistema com canos de PVC. Fonte: Ascom/Gov.BA
Para fazer o produto são utilizados como base, por exemplo, a casca do aipim e o coração da banana.
A experiência vem sendo aperfeiçoada no Clube de Iniciação Científica, criado por meio do Projeto Ciência na Escola da Secretaria da Educação do Estado.
A professora de Química e coordenadora do projeto, Rafaela Santos, diz que o trabalho começou nas aulas sobre sustentabilidade. “Eu já conhecia bioplástico feito de banana, mas queríamos algo que fosse jogado fora, que a nossa comunidade não enxergasse uma utilidade.
Daí surge a proposta de utilizar o ‘coração da banana’ e a casca do aimpim ou mandioca e deu certo. Fizemos o copo biodegradável e surgiu a ideia de fazer copinhos para o uso na plantação da horta escolar. Ao mesmo tempo que não estamos poluindo o ambiente, utilizando o plástico comum, estamos promovendo a adubação a partir da degradação, em 20 ou 30 dias, dos copos biodegradáveis.
Acredito que é aí que está a inovação do nosso projeto”, afirmou, ao destacar o impacto da experiência científica no processo de ensino e aprendizado dos estudantes. “A relação do projeto com a química é total. Compreender a transformação do amido em plástico é um processo químico, compreender o tempo de degradação tem relação com a composição do bioplástico e por conta do projeto já tenho alunos querendo fazer Licenciatura em Química”. A estudante Luciele Santos, 19 anos, 2º ano do Ensino Médio, contou como está desenvolvendo o projeto em casa. “Faço os copos por meio da casca do aipim. Corto a casca branca, lavo e bato no liquidificador. Depois do material coado no pano, deixo a massa assentar e jogo a água fora. Coloco o amido que ficar na panela e jogo glicerina, o que vai resultar em uma gelatina. Então, espalho o conteúdo na xícara ou em copos pequenos para fazer a forma e deixar secar por dois ou três dias. Tem que ter cuidado na hora de tirar do recipiente para não quebrar”, explicou. Já a estudante Valesca Silva, 18, 3º ano do Ensino Médio, optou por trabalhar com o coração da banana. “Para fazer é um pouco diferente. Tem que retirar o coração da banana, lavar bem para retirar qualquer resíduo, cortar em pedaços e cozinhar por cinco minutos. Depois tem que incluir a glicerina, mexer até ficar pastoso e colocar em recipientes, como copos e xícaras de chá. Para secar leva três dias, se tiver com sol forte. Se não, demora mais um pouco”, descreveu, ao falar sobre a importância do projeto para a comunidade onde ela mora. “Além do aprendizado, podemos trazer esse conhecimento para os vizinhos e amigos. Por sermos da zona rural, podemos colocar na prática esse projeto aprendido na escola. Ainda mais por ser uma atividade que envolve ciência”, relatou. Com o projeto, os estudantes também estão aprendendo a reutilizar a água do ar-condicionado para o uso na horta escolar, por meio de sistema com canos de PVC. Fonte: Ascom/Gov.BA
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