3 aspectos estimulantes das PANCS, sob a ótica da gastronomia e da cultura
Na minha apresentação no Primeiro Encontro da Rede Panc Bahia, destaquei a importância do dialogo interdisciplinar entre a gastronomia e outras correntes do conhecimento, ao meu ver, peça chave no amadurecimento da nossa cultura culinária, e a sua estratégica e poderosa inserção politico social nas narrativas gastronômicas, bem como no fortalecimento e pertencimento, que impactam na formação qualitativa dos profissionais do setor.
Sustento que a presença das Panc, tem longa tradição na culinária baiana, por tanto, simbolo da modernidade da nossa gastronomia, sendo o aspecto que criou diferenciais culinários, em relação a outras culturas alimentares brasileiras, bem como os impactos positivos, de ordem econômicas, ecológicas e estéticas no fortalecimento e engradecimento da nossa cultura.
3 aspectos estimulantes das PANCS, sob a ótica da gastronomia.
1. A questão de ordem criativa e suas possibilidades.
Para qualquer cozinheiro ou chef, um novo produto é um desafio a ser enfrentado, na busca criativa e na exploração de um novo conceito, sendo assim, o trabalho com as Panc, abrem um sem numero de possibilidades culinárias, na criação de novos pratos relacionados com o terroir local, bem como na criação de novos produtos, baseados nos princípios coletivistas e estéticos desta cultura.
2. Num universo de certezas na gastronomia, as Panc, nos trazem de volta as duvidas, os questionamentos e a experimentação culinária.
O mercado gastronômico tem crescido muito nos últimos anos, certamente este dado, tem muito de positivo, mas ha que se ter um olhar critico sobre este crescimento e sobre as certezas ascetísticas, que são alimentadas nas universidades de gastronomia, onde sua grade curricular, ainda privilegia um olhar claramente europeizado.
Importante termos em conta a importância da culinária brasileira e se realmente estas praticas estão sendo contempladas e estimuladas por docentes, ha que pensar a gastronomia, não só como uma questão estética, mas como a nossa cultura se impõe a nossa mesa.
3.Negligenciamento e invisibilidade cultural
A utilização das Panc, tem o poder de restaura um olhar gregário e coletivista da criação culinária, arma poderosa contra o individualismo gastronômico.
A invisibilidade destas plantas, reflete muito mais que sua falta em nossa mesa, ela demonstra um claro preconceito e a invisibilidade social embutido em nossa sociedade.
A princípio, elas podem parecer desconhecidas, mas são, na verdade, um retorno às antigas tradições, defendem os adeptos da inclusão das PANCs no cardápio.
Segundo eles, a simplicidade também é uma marca das plantas, já que entre elas há itens encontrados comumente pelas cidades, entre eles serralha, bredo, língua de vaca e muitas outras, fazem parte da alimentação cotidiana de muitos brasileiro.
4 Nos Tempos obscuros em que vivemos, as Panc reinsere um aspecto importante da culinária, o lúdico.
Os hábitos alimentares se instalam e consolidam nos pequenos rituais cotidianos, são nestes encontros onde o conhecimento e o compartilhamento são o melhor guia, que gira em torno ao afeto e as trocas.
Quem não aprendeu com a mãe, que quando se come um biscoito, deve-se oferecer ao colega e tantos outros hábitos que estimulam as experiencias sensoriais e os códigos de ética e de compartilhamento.
Na Bahia o "Cozinhado", é uma forma iniciática de encontro como alimento, de forma transversal, rompendo hierarquizações entre gênero, meninos e meninas são estimulados a fazer preparações ou comidinhas, naquele espaço a criança aprende a conhecer receitas e compartilhar o alimento, lidando com as demandas que envolvem o preparo de um prato.
Enfim, ha que entender o caráter lúdico do prazer culinário, no entretenimento que da prazer, despertando o prazer dos sentidos e da emoção, nas visitas a feiras e a produtores rurais, no contato as técnicas, que envolve o alimento, evitando a desconexão e promovendo os nossos sabores.
Sustento que a presença das Panc, tem longa tradição na culinária baiana, por tanto, simbolo da modernidade da nossa gastronomia, sendo o aspecto que criou diferenciais culinários, em relação a outras culturas alimentares brasileiras, bem como os impactos positivos, de ordem econômicas, ecológicas e estéticas no fortalecimento e engradecimento da nossa cultura.
3 aspectos estimulantes das PANCS, sob a ótica da gastronomia.
1. A questão de ordem criativa e suas possibilidades.
Para qualquer cozinheiro ou chef, um novo produto é um desafio a ser enfrentado, na busca criativa e na exploração de um novo conceito, sendo assim, o trabalho com as Panc, abrem um sem numero de possibilidades culinárias, na criação de novos pratos relacionados com o terroir local, bem como na criação de novos produtos, baseados nos princípios coletivistas e estéticos desta cultura.
2. Num universo de certezas na gastronomia, as Panc, nos trazem de volta as duvidas, os questionamentos e a experimentação culinária.
O mercado gastronômico tem crescido muito nos últimos anos, certamente este dado, tem muito de positivo, mas ha que se ter um olhar critico sobre este crescimento e sobre as certezas ascetísticas, que são alimentadas nas universidades de gastronomia, onde sua grade curricular, ainda privilegia um olhar claramente europeizado.
Importante termos em conta a importância da culinária brasileira e se realmente estas praticas estão sendo contempladas e estimuladas por docentes, ha que pensar a gastronomia, não só como uma questão estética, mas como a nossa cultura se impõe a nossa mesa.
3.Negligenciamento e invisibilidade cultural
A utilização das Panc, tem o poder de restaura um olhar gregário e coletivista da criação culinária, arma poderosa contra o individualismo gastronômico.
A invisibilidade destas plantas, reflete muito mais que sua falta em nossa mesa, ela demonstra um claro preconceito e a invisibilidade social embutido em nossa sociedade.
A princípio, elas podem parecer desconhecidas, mas são, na verdade, um retorno às antigas tradições, defendem os adeptos da inclusão das PANCs no cardápio.
Segundo eles, a simplicidade também é uma marca das plantas, já que entre elas há itens encontrados comumente pelas cidades, entre eles serralha, bredo, língua de vaca e muitas outras, fazem parte da alimentação cotidiana de muitos brasileiro.
4 Nos Tempos obscuros em que vivemos, as Panc reinsere um aspecto importante da culinária, o lúdico.
Os hábitos alimentares se instalam e consolidam nos pequenos rituais cotidianos, são nestes encontros onde o conhecimento e o compartilhamento são o melhor guia, que gira em torno ao afeto e as trocas.
Quem não aprendeu com a mãe, que quando se come um biscoito, deve-se oferecer ao colega e tantos outros hábitos que estimulam as experiencias sensoriais e os códigos de ética e de compartilhamento.
Na Bahia o "Cozinhado", é uma forma iniciática de encontro como alimento, de forma transversal, rompendo hierarquizações entre gênero, meninos e meninas são estimulados a fazer preparações ou comidinhas, naquele espaço a criança aprende a conhecer receitas e compartilhar o alimento, lidando com as demandas que envolvem o preparo de um prato.
Enfim, ha que entender o caráter lúdico do prazer culinário, no entretenimento que da prazer, despertando o prazer dos sentidos e da emoção, nas visitas a feiras e a produtores rurais, no contato as técnicas, que envolve o alimento, evitando a desconexão e promovendo os nossos sabores.
Texto inteligente de quem teve e tem uma vivência contemporânea sobre o alimento.
ResponderExcluirAproximar-se dessas plantas, cozinhar e transformar, traz à tona novas possibilidades, esperança que afete a invisibilidade social gritante do nosso país. Quanto mais gente envolvida, melhor.
Parabéns pelo trabalho de fibra, seu e de sua equipe! Que sementes brotem e transformem essa Terra!!!