SENAC Bahia e Fecomércio recebem visita do embaixador do Peru no Brasil

Na última segunda (10), o Embaixador do Peru no Brasil, Sr. Vicente Rojas visitou representantes do SENAC e da Fecomércio. 























Com vistas a estreitar laços de cooperação e intercâmbio entre Bahia e Peru, bem como relações comerciais entre os setores empresariais do estado e do país vizinho. 

O Embaixador Rojas ressaltou a surpreendente identidade cultural entre a Bahia e o Peru e considera a Bahia a porta de entrada para a aproximação com o Brasil. Entre os pontos tratados na visita, destacou-se a possibilidade de realizar uma missão empresarial da Fecomércio ao Peru e o intercâmbio em gastronomia com o Senac. Participaram do encontro o Vice-Presidente da Fecomércio Bahia, Kelsor Gonçalves Fernandes, a Diretora do Regional do SENAC Bahia, Marina Almeida, a Superintendente de Educação Profissional, Liana Brandão, a Gerente de Desenvolvimento e Planejamento, Ana Rita Andrade, a Assessora de Projetos Especiais, Monique Badaró e a Gerente de Desenvolvimento Pedagógico, Crystiane Matos.


O Peru é modelo de gastronomia Sustentável. 
A cozinha peruana, considerada como uma das mais privilegiadas do mundo, herdou da história seu engenho, sua mestiçagem e seu sabor. A fusão de sua cozinha se deve ao intercâmbio cultural ao longo do tempo, onde se destacam a imigração espanhola, africana, chinesa, japonesa e italiana. 
A variedade de seus pratos nasceu à medida que a mestiçagem crescia, ou enquanto os imigrantes chegavam ao porto do Callao. 


Da mestiçagem se destaca o inigualável anticucho de coração, o tacu-tacu e a carapulcra, pratos que trazem a herança africana. As nutritivas massas chegaram com os imigrantes italianos, e suas adaptações deram como resultado pratos caseiros como os talharines verdes ou vermelhos. 
O ceviche, prato insígnia peruano, nasce da fusão com a cozinha nipônica. Finalmente, a corrente novoandina promove os ingredientes autóctones servidos em toalha branca, resgatando desta maneira o sabor nacional com o qual nos sentimos plenamente identificados. Gastronomia como motor de transformação social. “Todos podem ser cozinheiros” é o lema do Instituto de Cozinha Pachacútec, escola patrocinada pelo conhecido chef Gastón Acurio em um areal dentro do cinturão de pobreza que cerca Lima, que se tornou símbolo do papel social da gastronomia no Peru. 

O Instituto, parte da revolução gastronômica que está transformando o Peru, apresenta um futuro melhor para dezenas de jovens pobres que tentam construir um futuro melhor como cozinheiros, em uma indústria sem barreiras sociais em um país marcado por desigualdades. “Nosso objetivo é inserir meninos e meninas nas empresas que nos financiam”, disse à AFP Rocío Heredia, diretora da escola inaugurada em 2007 com o apoio da fundação ‘Ajude-nos a viver’ e de empresas espanholas. 

A escola, uma pequena construção de tijolos, recebe o nome de uma área pobre com cerca de 100.000 casas no populoso bairro Ventanilla, no norte de Lima, onde não há água potável. Pachacútec também foi o imperador inca que no século XV construiu Machu Picchu. 




















“Na escola ensinamos a eles que outro mundo é possível utilizando a cozinha como ferramenta de transformação social”, disse à AFP Heredia, resumindo a filosofia do criador da escola: Gastón Acurio, chef de 43 anos que lidera o boom da gastronomia “criolla”.
Acurio é a vanguarda de um movimento emergente que enche de orgulho os peruanos, reforçando a noção de identidade nacional em torno da gastronomia. Na escola há cerca de 100 alunos que pagam 100 soles por mês (cerca de 35 dólares), quantia simbólica comparada aos 1.400 soles (500 dólares) que custaria estudar em uma escola particular. Entre os pratos preparados estão o famoso cebiche (pescado marinado no limão), o tacutacu (mistura frita de arroz e feijão) e doces como a ‘mazamorra morada’ (com milho roxo). A mensagem de Acurio que inspira a escola é que os alunos devem aprender a desfrutar da cozinha e a descobrir novas coisas, afirma Heredia.
“Estar aqui mudou minha vida. Não apenas te ensinam a cozinhar, também te ensinam muitos valores”, disse à AFP a aluna Dalia Godoy, de 21 anos. “Antes de cozinheiros, formamos boas pessoas. Tentamos reconciliá-los com uma sociedade que os agrediu desde muito jovens, armamos una estrutura moral muito sólida para que se tornem modelos de suas comunidades”, disse Acurio.

Fonte:Senac Casa do Comercio-Bahia

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