Expedições Urbanas: Comida de i-migrantes-Gastronomia por um mundo melhor.

Este realmente é um projeto contemporâneo ao qual gostaria muito de me engajar, o problema da imigração no mundo moderno é alarmante e junto a ele a xenofobia, o racismo e todas as mazelas que dela  provem.












O mundo nunca teve tanta gente morando fora do país de origem, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) avalia que existem atualmente 160 milhões de migrantes, pessoas vivendo fora do seu país pelas mais variadas razões - da mudança temporária por exigência do trabalho à tentativa de uma vida melhor no exterior fugindo de guerras. 

Esse movimento só é comparável à grande onda migratória do início do século XX.
Os especialistas calculam que naquela época cerca de 50 milhões de pessoas, a grande maioria europeus, deixaram o continente em direção ao novo mundo, como eram chamados na época as Américas e a Oceania. 
Essa primeira grande onda migratória da história levou milhões de britânicos e irlandeses aos Estados Unidos e Canadá. Brasil e a Argentina receberam milhões de italianos, espanhóis e portugueses. Se naquela época a movimentação era da Europa para as Américas, hoje é principalmente da América Latina, Ásia, África e Leste Europeu para os Estados Unidos, Canadá e Europa. Os Estados Unidos continuam recebendo cerca de 1 milhão de imigrantes por ano, o mesmo número de um século atrás. 
Somente na última década, o número de imigrantes nos Estados Unidos aumentou de 20 para 28 milhões de pessoas, o equivalente a 10% da população americana. 

O impressionante é que esse número recorde de migrações ocorre num momento em que nunca houve tantas restrições para a entrada de estrangeiros nos países desenvolvidos.

Projeto Expedições Urbanas: Comida de i-migrantes, é voltado para o fortalecimento e conexão de experiências entre migrantes, imigrantes e refugiados que trabalham com alimentação na cidade de São Paulo. 


O projeto contemplado pelo edital “REDES E RUAS” de Cultura digital, Inclusão e Cidadania da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo tem como objetivo a criação de um aplicativo para Android com roteiros de visitas para os estabelecimentos mapeados, assim como a criação de um catálogo virtual de memórias afim de salvaguardar os saberes imateriais relacionadas as práticas gastronômicas dos atores. Apresentação São Paulo é uma cidade multicultural e é a casa de muitos (i)migrantes e refugiados, que buscam na megalópole uma nova chance na vida. Apesar da cidade possuir sua própria identidade gastronômica é conhecida também por abraçar e incluir no prato de seus moradores as mais diversas regionalidades e nacionalidades. 


Para além dos bairros de tradições migrantes e imigrantes, como nordestinas, italianas e japonesas, existem atualmente bairros inteiros que abrigam outras etnias asiáticas, africanas e latino-americanas, que lutam para preservar as suas tradições, criar atmosfera de pertencimento e sobrevivência. Sabe-se que a comida proporciona memórias afetivas e ao trazer a comida de seu lugar de origem para novos territórios pode-se manter a cultura e tradições vivas. 

Além disso, cozinhar, um ato tão trivial e cotidiano, acaba se tornando ferramenta de trabalho e de trocas, gerando renda para essas famílias. O projeto Expedições e Conexões Urbanas: Comidas de (i)migrantes foi idealizado por integrantes do Convívio Como Como do Slow Food de São Paulo e é voltado para o reconhecimento e conexão com essa comida que chega de todos as partes do mundo à nossa cidade, afim de privilegiar os cozinheiros e toda sua cultura culinária, com o cuidado de respeitar seu modo de ser, seus manejos e técnicas especificas. 


Nessa perspectiva, enxergamos o projeto como um meio de criar redes, utilizar mídias digitais como ferramenta de transformação social, promover integração, inclusão, autoestima, protagonismo e resgatar memórias, inspirando convivência e oferecendo maior visibilidade e conexão com os moradores da cidade. 

Objetivos:
O projeto pretende atingir os seguintes resultados: 
• Realizar o mapeamento das diferentes culturas das cozinhas de (i)migração na cidade e criar um roteiro de expedições urbanas; 
• Criar um inventário participativo, baseado no reconhecimento imaterial de saberes gastronômicos do público alvo do projeto com a intenção de patrimoniar esses saberes; 
• Criar um aplicativo para redes móveis e um catalogo virtual colaborativo; 
• Fortalecer a troca de experiências entre imigrantes e moradores da cidade de São Paulo, e utilizar essa troca como ferramenta da transformação da sociedade, promovendo a autoestima e resgate de suas expressões culturais, para valorizar a si mesmo e o seu próprio empreendimento. 
• Promover a integração, inclusão social e um possível aumento na geração de renda dos imigrantes, através de uma maior visibilidade e conexão com os moradores da cidade.


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