Pensar a gastronomia na contemporaneidade, é pensar alternativas que fazem parte da nossa realidade hoje.

Etimologicamente, ser Contemporâneo, faz relação ao que ou de quem é da mesma era ou época; que partilha o mesmo tempo, é estar conectado as questões relativas à seu tempo. 



























A gastronomia que reconhecemos hoje, não nos lembra em absoluto, a culinária de 30 anos atrás, nem as preocupações sociais, politicas, nem mesmo de ordem humana.

A luta por uma gastronomia que vem sendo travada em muitos países, faz relação direta com o mundo em que vivemos, por isso muitos chefs vem compreendendo a importância de auto-intitular-se contemporâneos.

Uma gastronomia sustentável é aquela que se preocupa com as fontes das matérias-primas utilizadas no preparo dos pratos, a fim de diminuir ao máximo os danos ao meio ambiente, contribuindo com o desenvolvimento regional.





Confira a seguir alguns princípios que fazem interface na culinária contemporânea: 
Produtos Orgânicos: 
Utilizar ingredientes orgânicos reduz os danos causados por insumos químicos (pesticidas e fertilizantes), que são responsáveis pelos danos agrícolas, ao solo e aos recursos hídricos e ainda prejudicam a saúde humana; 

Ingredientes Regionais: 
Além de diminuir as emissões de gases de efeito estufa derivados do transporte, dar preferência aos produtos regionais beneficia os produtores locais, gerando renda e melhorando a qualidade de vida de todos; 

Espécies Fora do Risco de Extinção: 
Pode parecer uma coisa óbvia, mas muitas pessoas ainda consomem produtos derivados de espécies ameaçadas de extinção, como é o caso do Palmito Juçara altamente consumido no Paraná. Evitar a utilização destas espécies, dando preferência aos produtos certificados, reduz as possibilidades de extinção, incentiva a produção legalizada e evita doenças provenientes da exploração ilegal destes recursos; 

Receitas sem Desperdício: 
Esta é uma regra indispensável em qualquer cozinha, evitar o desperdício de alimentos reduz os gastos com ingredientes, aproveita melhor o nutriente dos alimentos e ainda reduz a produção de resíduos orgânicos. 

Sazonalidade:
A sazonalidade é um fator muito importante para determinar a qualidade dos produtos, o sabor e o preço. 
Como a produção não está alinhada aos ciclos naturais de cada espécie de alimento, eles podem receber altas doses de fertilizantes e agrotóxicos, o que influencia muito na qualidade nutricional e sabor. 
Outro fator que também é afetado pela sazonalidade é o preço. Alimentos cultivados fora de época são mais difíceis de serem produzidos e rendem menos do que em sua época certa e consequentemente, o preço aumenta pela baixa demanda. 

Atualmente é possível encontrar a maioria dos produtos em qualquer época do ano, por causa das novas tecnologias no campo em que ha produção mesmo em condições adversas, mas a qualidade do alimento pode ser comprometida pelo aumento do risco de contaminação por fertilizantes e agrotóxico como pela menor densidade nutricional do alimento. 
O melhor é consumir alimentos produzidos dentro da sua sazonalidade. 
É bom para seu bolso, seu paladar e especialmente para sua saúde. Para manter consumo de frutas, legumes e verduras frescos no inverno procure dar preferência para os vegetais da estação e preparações quentes como chás, sopas e alimentos assados. 

Outra medida que se enquadra nos princípios sustentáveis da gastronomia é comprar produtos da época, aproveitar o que a sazonalidade tem de melhor.

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