Gastronomia: Uma forma de oportunidade para refugiados no Brasil

Um total de 10.418 refugiados de 80 nacionalidades vivem hoje no Brasil, segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). 

















Apesar da fama de destino acolhedor, o Brasil reduziu a concessão de refúgio em 2016: foram 886 pedidos aceitos, queda de 28% em relação a 2015. 

Um dos principais problemas, em termos populacionais e a nível global, é a questão dos refugiados. 
O conceito de refugiado foi regulado pela Organização das Nações Unidas por meio da Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, realizada em 1951 e adotada em 1954. Segundo a ONU, na convenção em questão, para ser considerada refugiada, a pessoa precisa declarar que se sente perseguida pelo Estado de sua nacionalidade por razões de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas; que se ausentou de seu país em virtude desses termos ou que não consegue a proteção do poder público pelas mesmas razões.

No entanto, é válido ressaltar que uma pessoa deixa de ser considerada refugiada se as condições de perseguição ou temor reverterem-se ou se tornarem injustificadas em função de mudanças políticas ou se, voluntariamente, o refugiado voltar para o país ao qual pertence a sua nacionalidade para fins de residência. Aqueles refugiados que adquirem uma nova nacionalidade, gozando da proteção desta, também não poderão ser mais considerados oficialmente como tais. 

Este é o caso do Congolês Pitchou Luambo, que vive no Brasil há cerca de 7 anos, acaba de lançar uma campanha de financiamento coletivo para realizar o sonho de continuar com o Congolinária, restaurante de comida típica congolesa 100% vegano. 

Em 2016, Pitchou e sua filha, MARIE LUAMBO com apoio de duas amigas veganas abriram o restaurante em um food park na região do Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo, onde o restaurante foi sucesso de público e ficou instalado durante 4 meses. 

Após o fechamento do local, o congolês se viu sem onde atuar com o restaurante, quando recebeu o convite para oferecer as refeições em uma lanchonete na Vila Madalena. 

Porém, por conta da alta demanda, o Congolinária precisou sair do local e agora precisa de ajuda para ter seu próprio espaço. O chef Pitchou conta que a ideia do local é oferecer muito mais do que a gastronomia típica de seu país natal. “Nossa ideia é unir as pessoas em um local para conhecer melhor a cultura da República Democrática do Congo, aproximando brasileiros e refugiados para unir povos e costumes. 
Contamos com a ajuda de todos para conseguirmos realizar esse sonho e dar continuidade ao Congolinária e levar nossa cultura para centenas de pessoas”, conta. 

Sobre o Congolinária 
O Congolinária é um restaurante 100% vegano fundado por Pitchou Luambo com apoio a duas amigas veganas, refugiado congolês que vive no Brasil há 7 anos. 



A culinária congolesa privilegia a utilização de produtos naturais sem aditivos químicos e complementos industrializados, e todos os pratos do Congolinária são preparados de modo artesanal, mantendo viva a tradição das famílias congolesas que preparam todas as suas refeições em casa. O restaurante foi fundado em 2016 com o intuito de partilhar a história, cultura e especialmente a gastronomia da região central da África. A comunidade congolesa costumeiramente participa de festivais e eventos culturais diversos, oferecendo pratos típicos degustados em países africanos. Respeitando a base da dieta congolesa, que é vegetariana, o Congolinária não serve nenhum produto de origem animal e também propõe algumas releituras com ingredientes não tão comuns no Congo, mas facilmente encontrado no Brasil. 


A campanha busca arrecadar o valor necessário para equipamentos para a cozinha do restaurante e arcar com os primeiros meses de aluguel. 
Para ajudar basta acessar o link da campanha no Catarse. 
A meta é arrecadar R$ 70 mil até o final de maio. É possível contribuir com qualquer valor, e nas contribuições a partir de R$ 50 o colaborador poderá receber recompensas como refeições no Congolinária após sua inauguração.

Mais informações para imprensa Emeline Domingues – Assessora emeline.domingues@gmail.com (11) 96488-5548

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