Farinha se conhece na ponta dos dedos!

Adágio popular

"Ìyèfun", é com as mãos limpas, que se cata farinha na feira.

Um hábito pouco visto hoje nas feiras e mercados populares, é a "Cata de Farinha", onde o comprador faz sua prova de textura, sabor e aroma.

Num golpe de destreza, e rapidez, com a ponta dos quatro dedos da mão direita, lançando à farinha diretamente à boca.

Possivelmente o hábito provém do uso das mãos para comer, uma herança indígena e africana.

Entre os africanos, existem etnias que usam as mãos para comer e preferem sentar-se no chão quando estão se alimentando.

Muitas etinias indigenas, além de comerem com as mãos, comem separados por sexo.

Na Bahia, as barracas de vendas de farinha eram uma sensação a parte, em sua grande maioria provenientes de cidades do Recôncavo, onde existiam as grandes plantações e casas de farinha.

Uma multiplicidade de tipos de torra eram oferecidas, cada uma referência de uma região produtora.

Nazaré das Farinhas ficou famosa pela produção da Copioba, provenientes da Fazenda do mesmo nome.

As regiões de Jaguaripe e Maragogipe especializaram-se na produção de alimentos, principalmente farinha de mandioca, que chegavam à Rampa do Mercado, em Saveiros, embarcações típicas, que infelizmente hoje, quase não navegam.

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POR QUE ALGUMAS CULTURAS COMEM COM AS MÃOS?

Uma receita exige muito mais que destreza, se faz necessario compreensão e boa dose de intuição, inspiração vem do quintal, quilos de generosidade pra refogar, sensibilidade nos dedos, como quem cata cafuné, de quebra, brilho nos olhos pra temperar.


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