O Mercado e Feira de Nazaré das Farinhas

Por Nelson Varón Cadena

A aquarela de Francisco Mangabeira  Albernaz mostra a Praça do Porto, em dia de feira, em Nazaré das Farinhas; no fundo se vê o secular mercado, aberto em arcadas no andar térreo, que já sobreviveu a intempéries e ao descaso do poder público. Hoje no prédio funcionam pequenos comerciais locais, no térreo. 

A cidade ficou famosa pela qualidade de sua farinha, tornou-se seguramente o maior produtor do estado, deste item alimentício. A Lei colonial de 1688 que obrigava os moradores do Recôncavo a plantar, a cada ano, 500 covas de mandioca por escravos que tivessem em serviço, impulsionou o cultivo do tubérculo. 

A farinha produzida na Fazenda Copioba, na Serra do mesmo nome, distinguia-se pela sua qualidade, característica de granulação fina, cor amarelada e torrada. Ganhou fama e hoje toda a farinha produzida no município é chamada de Copioba. 

A tradicional feira de Nazaré, aos sábados, atraia agricultores e ceramistas de toda a região que acorriam à praça com mais de uma centena de jegues e mulas, estes amarrados na ponte, outros circulavam pelo espaço como mostra a gravura do famoso aquarelista baiano, no ano de 1942. (Nelson Cadena)

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