Recife comemora 77 anos do Amalá de Xangô com Banquete ao Rei




Desde 1945 o Amalá, com o Beguiri (do ioruba (Iguaria feita de quiabos, carne, cebolinha, camarão seco pisado, pimenta e azeite-de-dendê) é ofertado a Xangô com devoção e fé em uma celebração realizada no Ilê Obá Aganjú Okoloyá – Terreiro de Mãe Amara, terreiro de matriz africana de tradição Nagô Egbá, que fica em Dois Unidos, no Recife, e tem como zeladora do Axé a Iyalorixá Amara Mendes (Obá Mejí), juntamente com a Iyákekerê Maria Helena Sampaio (Oyá Tundè), sua filha.

O Amalá é um ritual devotado a Xangô, uma celebração específica para o orixá do fogo, e a realização da ação assume um caráter festivo, no qual a divindade e os filhos de santo se confraternizam. Em 2014, a celebração do Amalá de Xangô do Terreiro de Mãe Amara foi reconhecida pelo Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

A oferenda é realizada sempre no mês de junho, em data próxima às festividades de São João, devido ao forte sincretismo do santo católico com o orixá Xangô.

A celebração ritual do Amalá de Xangô consiste na oferenda à divindade de duas iguarias de sua predileção que são o Beguiri e o Amalá. Beguiri: iguaria elaborada com quiabo, castanha, amendoim, camarão e carne bovina, fartamente regado com azeite de dendê e temperado com pimenta, sal, cebola e cebolinha. Amalá: consiste numa espécie de papa feita com farinha de mandioca e água. Ambos são servidos ao orixá em alta temperatura. Afinal, Xangô é o dono do fogo.

Serviço:

Celebração festiva do Banquete do Rei





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