Oficina Sotoko com imersão criativa em comunidades remanescente Quilombola

Trabalho de empoderamento feminino e ecológico, partindo da utilização de PANCS ( Plantas Alimentícias não convencionais), com vista na Inserção social, tendo a Gastronomia como veiculo, utilizando técnicas tradicionais da culinária local do Baixo Sul da Bahia.
Dna.Maria Guiomar Nascimento
Esta primeira oficina ocorreu na Cidade Histórica de Cairu no final de semana que teve a presença do Chef Alicio Charoth a convite da Senhora Maria Guiomar Nascimento ou como é mais conhecida (Dna. Maria de Radio), presidente da Associação Clube das Mães de Cairu, uma possibilidade de criar e valorizar produtos locais, a promoção de trabalhos coletivos com a comunidade, como a criação de uma horta publica e uma cozinha comunitária.
Histórico da Oficina Sotoko em Cairu:
1)Reconhecimento das plantas originais e catalogação-2) Criação do receituário a ser produzido-3)Execução das receitas

-4)Degustação e apreciação do receituário:-5)Receitas Preparadas:
*Frigideira de Aratu e Ora-pro-Nobres((Pereskia aculeata)
*Pakaya-Charutinho de Folha de Cacau(Theobroma cacao )
*Moqueca de Folha(Preparado com Massambê, peixe local)
kyrimurê(Bolo de Folha feito com Capim Limão (Cymbopogon citratus)
Moqueca de Folha(Preparado com Massambê, peixe local)*Empanadas de Siri e Chaiya(Cnidoscolus chayamansa)
*Brigadeiro de Feijão Preto e Caju
Cairu é uma cidade que fica na Ilha de Tinharé, baixo sul da Bahia, tem uma historia rica em cultura e potencialidades gastronômicas.
O nome da cidade Cairu, provem do tupi-guarani Casa do Sol (Aracajuru), Cairu é uma ilha do arquipélago fluvial do Rio Una, juntamente com Tinharé e Boipeba. Cercada por manguezais, a cidade reserva bons pontos de mergulho, em especial nas Pedras da Benedita, Tatiba e Tatimirim, localizadas, respectivamente, a cinco, sete e três milhas da costa.
A vida passa tranquila em Cairu, a diversão favorita da garotada é a praia e o manguezal, muito embora a cidade esteja em um braço do turismo baiano, a cidade tem pouca oferta de camas e restaurantes, onde a comida local possa ser desfrutada, pensando nisso foi criada a oficina para oferecer o maior conhecimento da culinária baiana de matriz Afro e Indigena, ministrada pelo Chef Alicio Charoth.
Mas Cairu reserva, ainda, construções históricas como a Igreja e o Convento de Santo Antônio, datado de 1654; a Igreja de Nossa Senhora da Luz, com imagens sacras e seus altares de cedro em estilo barroco dos séculos XVII e XVIII; e as três bicas da Fonte Grande, tombada pelo Patrimônio Histórico em 1943.

Quarto produtor baiano de coco-da-baía e dendê, Cairu dispõe de uma boa infraestrutura turística, com hotéis, pousadas, restaurantes e atracadouro para saídas de barcos fretados para Valença, Boipeba e demais destinos do Canal de Taperoá.Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo O conjunto arquitetônico do Carmo engloba as Igrejas da Ordem Primeira, da Ordem Terceira e o Convento do Carmo. Começou a ser construído em 1586, pela Ordem Primeira dos Freis Carmelitas. Em estilo barroco, com detalhes em gótico, serviu de abrigo para os baianos na guerra contra os holandeses. Apresenta uma das mais belas sacristias do mundo, hoje fechada ao público. Abriga a imagem do Senhor Morto mais cara do mundo, com duas mil pedras de rubi encravadas.

Possui um dos maiores conjuntos de Azulejaria Portuguesa ligada à religiosidade: Foi a primeira igreja barroca do Brasil. Sua fachada serviu de modelo para (igualmente magnífico) o Convento de São Francisco de João Pessoa (a igreja que mais me emocionou nas minhas andanças por aí -- talvez porque não esperasse que fosse tão bela). Leia mais sobre os aspectos arquitetônicos do convento de Cairu neste grande artigo do professor paraibano Alberto Sousa.
A origem do conjunto é anterior à chegada dos franciscanos à antiga povoação de Cairu, e antes de 1650 já se registrava a existência de uma capela privada nas proximidades do atual convento, construída pelo casal Domingos da Fonseca Saraiva e Antônia de Pádua Góes. Esta capela era às vezes utilizada por frades franciscanos itinerantes, e em seu redor eles começaram a construir pequenas celas como dormitório. Em janeiro de 1650 o Custódio dos franciscanos, o frei Sebastião do Espírito Santo, atendendo ao pedido de moradores da região, enviou três companheiros para fundarem um convento no local.
Foram eles os freis Gaspar da Conceição, João da Conceição e Francisco de Lisboa, que foram recebidos com festa e instalados em uma ermida junto à Matriz. Em 21 de março o convento foi, então, fundado na forma de uma estrutura de taipa. A construção definitiva em alvenaria, porém, só foi decidida em 1653, sendo indicado como mestre das obras o frei Daniel de São Francisco. A pedra fundamental foi lançada em 25 de agosto de 1654. Como o financiamento dependia quase exclusivamente das esmolas da comunidade, que não era rica, as obras se arrastaram por longos anos, e sua história inicial é mal documentada. Porém, uma parte significativa da estrutura deve ter sido finalizada já em torno de 1661, a partir de uma data que se encontra gravada na verga da porta que interliga a sacristia e a capela-mor. A fachada deve ter sido finalizada antes de 1686, data inscrita no frontão do convento de Paraguaçu, e que foi inspirado neste de Cairu. 
Essa celeridade pouco usual permitiu que o conjunto mantivesse uma notável unidade estilística. Mas o restante e as decorações tardaram até cerca de 1750 para serem terminadas.
Depois de um período de apogeu no século XVII, os franciscanos começaram a experimentar crescentes dificuldades, e no século XIX a Província franciscana no Brasil quase foi extinta. Desta maneira, os edifícios começaram a se degradar. Após 1878, com a chegada de frades alemães, iniciou-se uma lenta recuperação, e foram feitos esforços para manutenção e restauro do complexo, mas, seguindo as novas modas estéticas, muito de sua decoração interna barroca foi alterada para padrões neoclássicos. Em 1941, embora novamente em precário estado de conservação, os monumentos foram reconhecidos como importantes e tombados pelo IPHAN. O tombamento, contudo, não evitou outras perdas, e na década de 1960 o altar de Santa Rosa desabou. A partir de 1963 iniciaram novas obras de restauro, já sob uma orientação mais científica, concluídas somente em 1973. Em 2002 foram realizadas outras intervenções, e recentemente o complexo e seu entorno foram novamente parcialmente restaurados, sob a coordenação do IPHAN e do Programa Monumenta e com financiamento da Petrobrás, mas em 2010 as obras foram paralisadas sem justificativa. O Ministério Público Federal instaurou em 2012 um processo investigativo.
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