A Feita do Dendê e o Turismo Étnico na Bahia.

À cultura culinária da Bahia é um dos grandes suportes do Turismo Étnico, tem um caráter inclusivo, e revela a diversidade da nossa gastronomia, os saberes e técnicas ancestrais, bem como pode garantir renda e trabalho nas comunidades.

No evento "Feita do Dendê" estivemos com Edson Costa criador e coordenador da Rede Emunde, um projeto de promoção e valorização de pequenos e médios empresários, que está fomentando o étnico empreendedorismo na Bahia.

No ensejo discutimos a importancia da manutenção do patrimônio imaterial, como forma de valor cultural intangível, a promoção das experiências culinárias locais e regionais da Bahia, e a importância do evento na consolidação da Culinária tradicional de Matriz Afro indígena da Bahia. 

Edson Costa, vem fazendo um grande mapeamento das expressões culturais em Rotas por todo o estado, e principalmente em São Francisco do Conde, no Município de Lauro de Freitas, Camaçari e Salvador, onde o trabalho tem quatro anos de atividades continuada, dando visibilidade à Quituteiras, Bejuzeiras de muitas comunidades quilombolas, e festas religiosas e às pressões culturais onde o alimento tem importância simbólica.

Outro ponto fundamental a ser entendido, é que toda iniciativa dos agentes e promotores do turismo étnico, trabalham com a pespectiva solidária, no empoderamento das comunidades, no dar a conhecer os sistemas alimentares locais, aquecendo a economia e fortalecendo o contexto cultural, histórico, antropologicos, os saberes tradicionais que compuseram o rico contexto culinário e gastronomico destes grupos étnicos, contribuindo de forma decisiva, no conhecimento da nossa formação alimentar.

O turismo étnico é hoje um instrumento importante para a autossuficiência de algumas comunidades quilombolas no país e de valorização do patrimônio histórico, cultural e natural de populações negras e indígenas.

O patrimônio cultural apreendido como testemunho das diversas vivências dos 

grupos sociais apresenta-se sob vários matizes, considerando os aspectos tangíveis e 

espirituais que produzem sentido e significado ao legado cultural transmitido de geração 

a geração. Nele estão inseridos todos os saberes e fazeres populares, as festas e celebrações, a gastronomia, o artesanato, o patrimônio histórico-arquitetônico, a religiosidade, ou seja, toda produção material e simbólica dos grupos sociais enquanto partícipes de um integrado e complexo sistema de representação simbólica.

 


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