Pequeno Dicionario da Cozinha Baiana
Verbete-Q Quiabada.
Uma das delicias da cozinha trivial da Bahia, a Quiabada é destaque nos dias de quarta-feira, nós restaurantes populares da cidade.
Quiabada consiste num guisado de Carne fresca, cebolas, ao qual se adiciona Carne de Sertão e por fim quiabos.
Existem duas formas de servir, com, a tradicional ou com Camarão seco e Azeite de Dendê.
Tradicionalmente a guarnição que acompanha é angu branco, feito com farinha de mandioca, apesar de que hoje encontramos servido com arroz branco.
Há que ressaltar que o Quiabo, é de procedência africana, onde se chama quimbombó, a partir de “ki-ngombo” e suas variantes na língua Bantú de Angola, país que cultiva similaridades com a nossa cozinha.
O Quiabo é considerado a planta do renascimento
Em muitas culturas ele esta relacionado ao mistico.
O quiabo é uma planta conhecida em muitas partes do mundo como dedos femininos ou bhindi A palavra Bindi é derivada da palavra sânscrita "bindu" ou drop, e sugere o terceiro olho místico do povo.
(Bindis) são um ponto de cor, tradicionalmente usados por mulheres na Índia para decorar seu rostos, sobre a testa.
O dia da semana dedicado a Xangô é quarta-feira e doze é o número relacionado a este orixá. Vindo da Africa, da região de Oyó, o culto foi trazido para o Brasil pelos reis, rainhas e sacerdotes que aqui entraram.
Come também quiabo Oxalá, considerado um dos ancestrais mais antigos, representativo dos primeiros grupos humanos que saíram pelos continentes para povoar a terra e erguer as civilizações.
O Callaloo Prato tipico de Trinidad e Tobago, feito com quiabos ou Amaranto e Siri.
"Em Trinidad e Tobago, é comum ouvirmos falar no "povo do Callaloo", usando este prato domingueiro como metáfora para uma mestiçagem de pouca visibilidade no cotidiano das relações étnicas da ilha.
A divisão populacional entre afro e índio-descendentes é um problema latente nas relações políticas de Trinidad e Tobago, e o papel do Estado tem sido o de mediador paralisado com respeito às profundas diferenças entre estas duas etnias, diferenças que poderiam efetivamente dividir o país.
Neste cenário, a imagem do Callaloo aparece como uma metáfora da convivência pacífica e produtiva dos grupos que formam Trinidad e Tobago, apagando sua origem eminentemente de tradição africana, para se tornar um prato fundador de uma nação disposta a promover a convivência de diferentes identidades.
O Callaloo de Trinidad e Tobago e o Caruru, consumido em Salvador, estão diretamente relacionados por sua procedência africana. Ambos os pratos possuem origem comum e segundo pesquisadores brasileiros a etimologia do vocábulo seria o termo africano Kalalu, nome dado a certas folhagens."
O Quiabo deixou rastros pelos EUA, onde é grande sua importância, a cidade de New Orleans, mantem um Museu em sua homenagem, o Southrn Food & Beverage Museum.
No continente norte-americano o quiabo foi um dos símbolos finais da criação da comunidade escravizada como um posto avançado da culinária da África Ocidental.
Charleston e New Orleans foram os primeiros focos da utilização do quiabo na culinária, mas quiabo não se limitou aos postos avançados do Caribe do Velho Sul.
O botânico e explorador Peter Kalm, sueco de pais finlandeses, ficou famoso por sido o primeiro a descrever as Cataratas do Niágara e por ter fornecido o primeiro estudo detalhado da história natural da América do Norte, além de Introduzir muitas especies trazidas de suas viagens americanas, dentre elas o Quiabo, como uma planta popular para sopas entre negros e brancos em 1740.
O presidente americano Thomas Jefferson elogiou-o como uma das plantas de jardim estimados da Virgínia em 1780, e muitas referências ao quiabo podem ser encontrados em registros e mapas em todo o início de Mid-Atlantic, Chesapeake e Baixa do Sul jardim.
O quiabo sempre fez parte da dieta Africana Para o povo Wolof à kanja, para os Mandingo kanjo, Nkruman para os Aran e para o povo de etnia Fon, Fevi.
Na Bahia ele é ingrediente do Amalá, comida votiva de Xangô, preparado com rabada e servido em alguidá com uma base de acaçá.
Cultura Creole Cajun
No seculo XVII colonos da França ocidental, grande parte deles fazendeiros e pescadores, chegaram à região do Canadá conhecida hoje como Nova Escócia - e áreas adjacentes que se estabeleceram no sul da Louisiana - e fundaram uma colônia batizada de Acádia.
Ao longo dos anos, com a chegada dos espanhóis em 1762, os acadianos migraram para o isolamento, em locais como pântanos e planícies da Bacia de Atchafalaya, onde mantiveram sua cultura original intacta, resistindo a qualquer assimilação pela cultura americana.
Esse apego à tradição fez com que seus vizinhos espanhóis passassem a chamá-los de "criollos" - um nome que mais tarde se tornou "creole" - assim como “cadien”, forma simplificada do francês “acadien”, mais tarde adaptada para o inglês “cajun”.
A partir de 1950, as Culturas Cajun e Creole foram incorporadas ao estilo americano de viver, por causa da industrialização, da chegada de novas estradas e a Segunda Guerra Mundial. Mas são ainda nos dias atuais, culturas muito vivas e presentes na cidade de New Orleans.
A cidade norte americana de New Orleans, no estado da Louisiana, é conhecida como a Capital do Jazz e também pela excelência e pela originalidade de sua culinária, que agrega influência francesa, espanhola e africana, tendo sido desenvolvida e implantada com fortes raízes por seus habitantes, os Creoles e os Acadians, utiliza temperos picantes, especiarias, vegetais, raízes, crustáceos e moluscos, que tem seus aromas e sabores ressaltados pelo (Roux) mistura de manteiga e farinha, tradicional "liason" da cozinha francesa.
Leia tambem: O Quiabo esta intimamente ligado as nossas raízes. Saiba mais sobre novas pesquisas sobre a leguminosa nos EUA e Turquia.
A viscosidade do vegetal provém de mucina, o que ajuda a digerir e absorver proteína, e pectina, que ajuda a controlar as funções intestinais.
Juntamente com vitaminas, cálcio e outros nutrientes no vegetal, quiabo é grande no verão, pois ele pode encorajar uma melhor recuperação da fadiga.
A Quiabada, faz uma referência clara ao Amalá, comida ritual votiva dos Orixá Xangô, Iansã, Obá e Ibêji
Receita de Quiabada
Ingredientes :
1 kg de carne (alcatra o chã de dentro)
4 dúzias de quiabo 250 gm de carne sertão
2 tomates picados
2 cebolas picadas 2 pimentões médios picados
1 colher de sopa de sal
1 colher de sopa de molho de tomate 1 colher de sobremesa de cominho
3 folhas de hortelã grossa picadas
3 ramos de hortelã miúda picados
3 ramos de salsa picados
3 ramos de coentro picados
3 colheres de sopa de vinagre
3 colheres de sopa de óleo
3 dentes de alho picados
Modo de Preparo:
Refogue os temperos no óleo, acrescente a carne. Coloque água aos poucos até a carne cozinhar. Corte os quiabos em rodelas e junte à carne. Acrescente a outra parte dos temperos. Retire do fogo quando o quiabo estiver cozido. Sirva com Pirão de farinha de mandioca ou arroz branco. Dicas: 1.
Para evitar a baba, cozinhe ou frite o quiabo; somente o quiabo picado dá baba.
Lave os frutos inteiros, seque-os, esfregue-os com caldo de limão.
Após 15 minutos lave-os, corte as pontas e os cabos e cozinhe-os.
O suco de limão não deve ser utilizado durante o cozimento para retirar a baba, pois altera a cor e o gosto dos frutos.
Dica: 2. Se for fazer com dendê, acrescente camarão seco e coloque o azeite ao final.
Uma das delicias da cozinha trivial da Bahia, a Quiabada é destaque nos dias de quarta-feira, nós restaurantes populares da cidade.
Quiabada consiste num guisado de Carne fresca, cebolas, ao qual se adiciona Carne de Sertão e por fim quiabos.
Existem duas formas de servir, com, a tradicional ou com Camarão seco e Azeite de Dendê.
Tradicionalmente a guarnição que acompanha é angu branco, feito com farinha de mandioca, apesar de que hoje encontramos servido com arroz branco.
Há que ressaltar que o Quiabo, é de procedência africana, onde se chama quimbombó, a partir de “ki-ngombo” e suas variantes na língua Bantú de Angola, país que cultiva similaridades com a nossa cozinha.
O Quiabo é considerado a planta do renascimento
Em muitas culturas ele esta relacionado ao mistico.
O quiabo é uma planta conhecida em muitas partes do mundo como dedos femininos ou bhindi A palavra Bindi é derivada da palavra sânscrita "bindu" ou drop, e sugere o terceiro olho místico do povo.
(Bindis) são um ponto de cor, tradicionalmente usados por mulheres na Índia para decorar seu rostos, sobre a testa.
O dia da semana dedicado a Xangô é quarta-feira e doze é o número relacionado a este orixá. Vindo da Africa, da região de Oyó, o culto foi trazido para o Brasil pelos reis, rainhas e sacerdotes que aqui entraram.
Come também quiabo Oxalá, considerado um dos ancestrais mais antigos, representativo dos primeiros grupos humanos que saíram pelos continentes para povoar a terra e erguer as civilizações.
O Callaloo Prato tipico de Trinidad e Tobago, feito com quiabos ou Amaranto e Siri.
"Em Trinidad e Tobago, é comum ouvirmos falar no "povo do Callaloo", usando este prato domingueiro como metáfora para uma mestiçagem de pouca visibilidade no cotidiano das relações étnicas da ilha.
A divisão populacional entre afro e índio-descendentes é um problema latente nas relações políticas de Trinidad e Tobago, e o papel do Estado tem sido o de mediador paralisado com respeito às profundas diferenças entre estas duas etnias, diferenças que poderiam efetivamente dividir o país.
Neste cenário, a imagem do Callaloo aparece como uma metáfora da convivência pacífica e produtiva dos grupos que formam Trinidad e Tobago, apagando sua origem eminentemente de tradição africana, para se tornar um prato fundador de uma nação disposta a promover a convivência de diferentes identidades.
O Callaloo de Trinidad e Tobago e o Caruru, consumido em Salvador, estão diretamente relacionados por sua procedência africana. Ambos os pratos possuem origem comum e segundo pesquisadores brasileiros a etimologia do vocábulo seria o termo africano Kalalu, nome dado a certas folhagens."
O Quiabo deixou rastros pelos EUA, onde é grande sua importância, a cidade de New Orleans, mantem um Museu em sua homenagem, o Southrn Food & Beverage Museum.
No continente norte-americano o quiabo foi um dos símbolos finais da criação da comunidade escravizada como um posto avançado da culinária da África Ocidental.
Charleston e New Orleans foram os primeiros focos da utilização do quiabo na culinária, mas quiabo não se limitou aos postos avançados do Caribe do Velho Sul.
O botânico e explorador Peter Kalm, sueco de pais finlandeses, ficou famoso por sido o primeiro a descrever as Cataratas do Niágara e por ter fornecido o primeiro estudo detalhado da história natural da América do Norte, além de Introduzir muitas especies trazidas de suas viagens americanas, dentre elas o Quiabo, como uma planta popular para sopas entre negros e brancos em 1740.
O presidente americano Thomas Jefferson elogiou-o como uma das plantas de jardim estimados da Virgínia em 1780, e muitas referências ao quiabo podem ser encontrados em registros e mapas em todo o início de Mid-Atlantic, Chesapeake e Baixa do Sul jardim.
O quiabo sempre fez parte da dieta Africana Para o povo Wolof à kanja, para os Mandingo kanjo, Nkruman para os Aran e para o povo de etnia Fon, Fevi.
Na Bahia ele é ingrediente do Amalá, comida votiva de Xangô, preparado com rabada e servido em alguidá com uma base de acaçá.
Cultura Creole Cajun
No seculo XVII colonos da França ocidental, grande parte deles fazendeiros e pescadores, chegaram à região do Canadá conhecida hoje como Nova Escócia - e áreas adjacentes que se estabeleceram no sul da Louisiana - e fundaram uma colônia batizada de Acádia.
Ao longo dos anos, com a chegada dos espanhóis em 1762, os acadianos migraram para o isolamento, em locais como pântanos e planícies da Bacia de Atchafalaya, onde mantiveram sua cultura original intacta, resistindo a qualquer assimilação pela cultura americana.
Esse apego à tradição fez com que seus vizinhos espanhóis passassem a chamá-los de "criollos" - um nome que mais tarde se tornou "creole" - assim como “cadien”, forma simplificada do francês “acadien”, mais tarde adaptada para o inglês “cajun”.
A partir de 1950, as Culturas Cajun e Creole foram incorporadas ao estilo americano de viver, por causa da industrialização, da chegada de novas estradas e a Segunda Guerra Mundial. Mas são ainda nos dias atuais, culturas muito vivas e presentes na cidade de New Orleans.
A cidade norte americana de New Orleans, no estado da Louisiana, é conhecida como a Capital do Jazz e também pela excelência e pela originalidade de sua culinária, que agrega influência francesa, espanhola e africana, tendo sido desenvolvida e implantada com fortes raízes por seus habitantes, os Creoles e os Acadians, utiliza temperos picantes, especiarias, vegetais, raízes, crustáceos e moluscos, que tem seus aromas e sabores ressaltados pelo (Roux) mistura de manteiga e farinha, tradicional "liason" da cozinha francesa.
Leia tambem: O Quiabo esta intimamente ligado as nossas raízes. Saiba mais sobre novas pesquisas sobre a leguminosa nos EUA e Turquia.
A viscosidade do vegetal provém de mucina, o que ajuda a digerir e absorver proteína, e pectina, que ajuda a controlar as funções intestinais.
Juntamente com vitaminas, cálcio e outros nutrientes no vegetal, quiabo é grande no verão, pois ele pode encorajar uma melhor recuperação da fadiga.
A Quiabada, faz uma referência clara ao Amalá, comida ritual votiva dos Orixá Xangô, Iansã, Obá e Ibêji
Receita de Quiabada
Ingredientes :
1 kg de carne (alcatra o chã de dentro)
4 dúzias de quiabo 250 gm de carne sertão
2 tomates picados
2 cebolas picadas 2 pimentões médios picados
1 colher de sopa de sal
1 colher de sopa de molho de tomate 1 colher de sobremesa de cominho
3 folhas de hortelã grossa picadas
3 ramos de hortelã miúda picados
3 ramos de salsa picados
3 ramos de coentro picados
3 colheres de sopa de vinagre
3 colheres de sopa de óleo
3 dentes de alho picados
Modo de Preparo:
Refogue os temperos no óleo, acrescente a carne. Coloque água aos poucos até a carne cozinhar. Corte os quiabos em rodelas e junte à carne. Acrescente a outra parte dos temperos. Retire do fogo quando o quiabo estiver cozido. Sirva com Pirão de farinha de mandioca ou arroz branco. Dicas: 1.
Para evitar a baba, cozinhe ou frite o quiabo; somente o quiabo picado dá baba.
Lave os frutos inteiros, seque-os, esfregue-os com caldo de limão.
Após 15 minutos lave-os, corte as pontas e os cabos e cozinhe-os.
O suco de limão não deve ser utilizado durante o cozimento para retirar a baba, pois altera a cor e o gosto dos frutos.
Dica: 2. Se for fazer com dendê, acrescente camarão seco e coloque o azeite ao final.
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