A Chapada Diamantina é um dos melhores lugares do mundo para o turismo.

Hoje vamos falar um pouco da cidade de Iraquara.
Iraquara em tupi-guarani significa literalmente: ¨o buraco (refúgio) da abelha¨. (ira+quara) também conhecida como "Cidade das Grutas" é um município brasileiro do estado da Bahia.

A natureza foi generosa em Iraquara, a cidade recebeu o titulo de "Cidade das Cavernas, de pinturas rupestres, mais de 200 cavernas, a Torrinha é passando por cachoeiras, cavernas e grutas inundadas de todos os tamanhos e formatos, além de mirantes, trilhas sendo grande parte delas abertas ao público, representam o "tempero" da cultura local
A riqueza do folclore, representado pelos Ternos de Reis e Reisados, completa o seu patrimônio cultural, ao lado das festas populares que acontecem o ano inteiro, como o São João antecipado; as festas da padroeira Nossa Senhora do Livramento; de Santo Antônio; de São José; de São Judas Tadeu; de São Pedro; Senhora Santana; Senhor do Bonfim e o Carnamel (Carnaval do Riacho do Mel).
O município de Iraquara está localizado sobre uma verdadeira galeria subterrânea com aspecto de "queijo suíço" encoberto por água, o que o torna o município com o segundo maior lençol freático do Brasil e o mais rico em recursos hídricos da Chapada Diamantina e Microrregião de Irecê, socorrendo por diversas vezes os municípios da região em época de estiagem. Além dos diversos poços abertos na zona rural e urbana, o município conta ainda com rios e quedas d'água, ideal para a prática de esportes aquáticos e de aventura.
Quem visita Iraquara, também pode desfrutar de belezas naturais da Fazenda Pratinha, um verdadeiro paraíso aquático com piscinas naturais. Eleita a terceira água mais cristalina do mundo, o lugar não por acaso recebeu o título de "Oásis do Sertão"
Arquitetura Referencial
O vilarejo de Parnaíba respira história na Vila de Iraporanga, preservando a arquitetura dos casarões antigos, entre os séculos XVIII e XIX e contemplação em suas bem cuidadas casas de variadas épocas (o IPAC identifica o urbanismo pombalino do século XVIII e a arte Pilotis da década de 60) e ruas limpas e calçadas de pedras, grande parte delas arborizadas com salgueiros chorões de copas derramadas, bancos nas praças, gente tranquila papeando nas esquinas, bares amigáveis e um clima de cordialidade pairando no ar, lá podemos encontrar Maria, conhecida pela sua irreverência e sua "língua solta", conta a história da sua mãe que fez promessa a uma Santa que achou atrás da porta, com isso construiu a primeira capela da Vila de Iraporanga/Parnaíba.
Uma parte da Estrada Real, que surgiu no século XVII, abrange 1.630 quilômetros e compreende 199 municípios, sendo 169 em Minas, oito no Rio de Janeiro e 22 em São Paulo, divididos em Caminho Velho, a primeira via a ser oficializada, ligando Paraty (RJ) a Ouro Preto (MG); o Caminho Novo, aberto no final do século XVII, entre Rio de Janeiro e Ouro Preto; e o Caminho dos Diamantes, na região do Serro Frio, entre Ouro Preto e Diamantina.
Podemos identificar parte da estrada que ainda resguardam aspectos históricos, tais como vestígios dos antigos pavimentos do caminho que eram usados para levar alimentos para os mineradores e trazer as riquezas”. É válido ressaltar esta fase conta com o apoio da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).
Gastronomia em Iraquara
Um dos pratos mais tradicionais da cidade é a Galinha de quintal ao Molho Pardo, feita com o sangue da própria ave, além da carne do sol, dentre outros.
Os acompanhamentos ficam por conta do Arroz com Pequi, ensopado de carne-seca com banana verde, também chamado de Godó de Banana.

Treze comunidades quilombolas em sete cidades baianas tiveram certificação reconhecida pela Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura.
Iraquara, na Chapada Diamantina, foi a cidade mais contemplada, com três comunidades reconhecidas pela Fundação. Jeremoabo, no nordeste do estado; Palmeiras, também na Chapada; Pindaí, no sudoeste; Entre Rios, no agreste, têm duas reconhecidas.
Na Chapada Diamantina, o típico Godó leva a banana verde cozida num ensopado com carne de sol.
Mas é da criatividade que vive o turismo, e conversando com Rafael Fernandes, articulador do Portal Soul Nativo, que tem a proposta de ampliar a visibilidade dos turistas sobre a região de Iraquara, especificamente acerca de todo o acervo cultural e natural que a cidade dispõe, agregando - se por parte do conjunto de forças reunidas, produtos culturais e naturais associados a uma metodologia de trabalho em cooperação a fim de otimizar recursos para o município e especialmente para seus munícipes, a partir da geração de renda e transformação de competências.
Fiquei curioso, sobre o que produz a Cidade de Iraquara, em termos de alimentos, para poder ajuda-lo a divulgar a sua região.
Ele me conta que a cidade produz alimentos orgânicos e um dos elementos com grande potencial é uma frutinha parecida com a Jabuticaba, chama-se a Quixaba.
Galeia de Quixaba

Quixaba uma baga comestível, de coloração roxo-escura e de sabor doce.
Ele também me falou sobre a produção de Quixaba, (Sideroxylon Obtusifolium) também conhecida como sapotiaba, quixaba preta, caronilha, rompe-gibão e maçaranduba-da-praia é uma planta medicinal que pode atingir 15 metros de altura, possui espinhos fortes, folhas alongadas, flores aromáticas e esbranquiçadas e frutos roxo-escuros e comestíveis.
A casca da quixaba pode ser usada para fazer remédio caseiro que ajuda no tratamento de doenças dos rins e diabetes, serve para auxiliar no tratamento de dor na coluna, diabetes, inflamações no útero, feridas na pele, cisto no ovário e corrimentos.
A Quixaba possui ainda propriedades tônica, anti-inflamatória, hipoglicemiante e cicatrizante.
Casa do Biscoito Quixaba
A Casa de Biscoitos Quixaba, com sede no povoado homônimo do município de Iraquara-BA, é um empreendimento que nasceu da parceria entre a Associação Comunitária local e o SEBRAE.
O grupo é formado somente por mulheres de diferentes faixas etárias, em sua maioria donas de casa, que produzem diversos tipos de alimentos de forma artesanal. “Todas eram donas de casa e depois do curso resolvemos montar o grupo. Depois que o grupo já estava formado, recebemos uma doação do Instituto Brasil Solidário (IBS), através do Projeto Amigos do Planeta na Escola, que incluiu boa parte dos equipamentos industriais de que dispomos hoje”, diz Graciela Dourado, 26 anos, líder da Associação de Mulheres de Empreendedoras da Quixaba.

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