Técnicas Indígenas, mescladas ao sabor Afro Brasileiro dão sabor ao Litoral Norte da Bahia.

Compreendido entre a região de Camaçari, Arembepe, Vila de Abrantes, o litoral norte, tem muitas características peculiares dão colorido especial e identitário a cozinha da Bahia. 
Estivemos no Quilombo de Corduaria e na Aldeia Hippie de Arembepe, conferindo todo o legado que as culturas indígenas e africanas aportaram à região, muitas belezas naturais, sabores e um sem número de elementos que sustentam a cozinha baiana, como uma das mais ricas e diversas do Brasil. 
Ao centro Seu Dadu, Griô e mestre na agroecologia ancestral, com muito conhecimento sobre as PANC, ladeado por @Ian Requião de Castro, administrador e consultor do documentário, membro da Rede PANC Bahia. 

O episódio litoral norte do documentário #comidaaquiémato está ficando lindo. 

Muito conteúdo sobre as #panc, a cozinha baiana e nossa cultura gastronômica.
O prato deste episodio faz referencia as técnicas Tupinambas, no trato com a mandioca, e a utilização dos peixes locais, suas técnicas de preparo e de servir.
O Biaribi de Vermelho, técnica que da nome ao nosso prato, seguido do Virado do Katendê, Pinaúna Assada e Supi de Peixe (Ovas Assadas com Musgo do Mar).
As panc deram o tom nas preparações, o molho de pimenta foi feita com a Phisales ou Camapu, que na região tem o nome de "Bobo" , a Clitória foi usada no Beijus da Dona Lourdes, com a Beldroega do Mar foi preparado uma Rebolada, feito com creme azedo de Leite de Coco e também usado no Supi de Peixe, mas a grande estrela foi o Peixe Vermelho de 8kg, assado ao fogo, em baixo da terra, tipo dos indígenas locais.
Uma experiência única para compreender a importância da cultura da Maniva no sistema alimentar brasileiro e principalmente o Quilombola. 
A fazedura dos Bejus, a fermentação da Puba (Carimã), bem como todas as práticas relacionadas ao fazer coletivo.

Camaçari" deriva do tupi antigo kamasary, que designava a árvore atualmente conhecida como "cachaporra-do-gentio" e hoje uma arvore em perigo de extinção. 
A História de Camaçari remonta aos primeiros anos da colonização. 
Camaçari originou-se em 1558, numa aldeia dos índios tupinambás, formada pelos jesuítas às margens do Rio Joanes. Ela recebeu o nome de Aldeia do Divino Espírito Santo. 
O episodio sera centrado no povoado de Arembepe e Quilombo de Corduaria. 
Em termos etimológicos, Arembepe é formado pelo vocábulo arenque – um tipo de peixe –, e beque – proa do barco –, o que mostra a origem da própria Vila e suas ligações muito fortes, outrora existentes, entre o mar e os moradores.
Beiju da Roxa
A riqueza de informações que guarda cada alimento, e cada produto fruto das comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, tem força significativa como gerador de riquezas e potencializador sócio-econômico local.
É o fortalecimento deste ativo humano, material e imaterial, inseridos nestes conhecimentos e saberes, que deve permear a narrativa da Gastronomia Brasileira. Na foto: Mona Soares e a Rose Braga provam a Fufuca e os deliciosos Beijus coloridos da Dna. Lourdes, feitos com a 
#panc  Clitória. Quilombo de Cordoaria.

Cenário de rara beleza era o habitat natural de muitos seres vivos. Arembepe é uma das localidades mais importantes do município de Camaçari, podendo ser considerada como uma pequena cidade. Assim como outras vilas, o seu crescimento deu-se de forma desordenada em torno de uma antiga aldeia de pescadores e hoje apresenta configuração urbana e social heterogêneas com graves problemas ambientais. 



O Biabiri de Vermelho, técnica que da nome ao nosso prato, seguido do Virado do Katendê, Pinaúna Assada e o
Supi de Peixe (Ovas Assadas com Musgo do Mar
)

Em Arembepe, é uma constante o diálogo com o mar e a tradição das festas folclóricas dos pescadores, vindas desde a época dos índios, que aqui habitavam originadas nas festas da religião católica implantada pelos jesuítas.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas