O Samba Chula, o Xangó e a importância feminina no samba de roda do Recôncavo Baiano.
A chula é uma dança e gênero musical do Recôncavo Baiano, especialmente nas cidades de Santo Amaro da Purificação, Cachoeira, São Francisco do Conde, Saubara e cercanias.
O ritmo é parte da cultura afro-brasileira.
Nas festas populares a dança é bastante apreciada e envolve os observadores com seus passos curtos e movimentos cíclicos.
É uma vertente do samba de roda: da língua quimbundo, de Angola, veio do termo "semba" declinando para samba.
Os artistas, cantores e compositores Jorge Portugal e Roberto Mendes, parceiros nos Festivais de Músicas da MPB na década de 1980 da Rede Globo de Televisão e Raimundo Sodré, dentre outros, são os maiores divulgadores da cultura rítmica santo amarense.
O movimento rítmico da música e dança podem ser desenhados por qualquer pessoa que tenha visto de perto ou através de imagens fotográfica e televisiva.
É necessário apenas escutar a música para resgatar na memória uma imagem registrada dessa manifestação popular.
No samba de roda, existem muitas variações das cantigas, que recebem nomes diferentes a depender do local.
Na Ilha, em Salvador e municípios próximos predomina o samba corrido e as influencias urbanas.
O samba chula característico, também chamado samba de viola e samba amarrado, se encontra na antiga região da cana que abrange Maracangalha, São Francisco do Conde, Terra Nova, Teodoro Sampaio, Saubara, Santiago do Iguape e principalmente Santo Amaro.
Uma dupla de cantadores canta a chula e a outra dupla reforçada pelo coro das mulheres responde com o relativo – um verso menor que “arremata” a chula.
Nessa hora, ninguém entra na roda para sambar, esperando os homens terminarem de cantar e começar a parte instrumental com solos de viola e da percussão.
A sambadeira agora samba com passos miudinhos, “peneirando” e percorrendo a roda toda até dar a umbigada noutra sambadeira, que espera a próxima chula cantada. As chulas são miniaturas poéticas que tratam dos assuntos da vida, contando pequenas histórias, relatando conflitos e as complicações da paixão, retratando aspectos do cotidiano e dando conselhos, alertas e “sotaques” para quem precisa ouvir.
Os grandes temas cantados são ligados ao universo amoroso, ressaltando a visão do homem sobre a mulher, assim como sobre o próprio samba; os acontecimentos na roda; e o papel da viola, por estabelecer uma ligação forte entre os homens tocando e as mulheres sambando.
Muitas chulas retratam a vida do trabalho na roça, no canavial, no mar e no mangue, às vezes com uma conotação do sofrimento, do “penar” que remete aos tempos da escravatura. Em contraste com o lado pesado da vida, estão as chulas lúdicas e eróticas, contando piadas e conselhos irônicos, pequenas parábolas, satirizando situações sensuais e tragicômicas da vida.
Outro aspecto é a vida religiosa que se revela nas chulas que cantam os santos católicos e mais os orixás e os caboclos nas religiões afro-brasileiras, muitas vezes falando em metáforas. Na outra margem do Rio Paraguaçu, nos municípios de Antonio Cardoso, Santo Estevão e Rafael Jambeiro, a chula é chamada de côco e o corrido chamado de chula.
O samba nessa região se caracteriza por ser um samba de desafio, cheio de riquezas poéticas que retratam o universo regional com sutileza, humor e variedade literária.
Entre os sambadores antigos, samba é coisa séria, assunto de homens brabos que se desafiam com palavras afiadas e bem ritmadas, levando noites inteiras nessas disputas que renderam muitas lendas em toda região.
Alzirinha e o Xangó
Apreciado pelo seu sabor azedinho e a forma artesanal como é servido na palha de bananeira.
Uma das quituteiras famosas do município Dona Preta é tradicionalmente procurada pelos turistas para saborear essa delícia da culinária no recôncavo baiano.
O Xangó ainda hoje faz parte da alimentação de muitas comunidades do recôncavo, peixe simples e barato, de fácil pesca, tem em sua forma de preparo a típica Moqueca.
Sua tradição remonta as técnicas indígenas de salga, para melhor conservação, outro aspecto interessante, é a forma de deu acondicionamento, espetado em gravetos de bambu, tornam-se uma iguaria tipica do recôncavo baiano.
O ritmo é parte da cultura afro-brasileira.
Nas festas populares a dança é bastante apreciada e envolve os observadores com seus passos curtos e movimentos cíclicos.
É uma vertente do samba de roda: da língua quimbundo, de Angola, veio do termo "semba" declinando para samba.
Os artistas, cantores e compositores Jorge Portugal e Roberto Mendes, parceiros nos Festivais de Músicas da MPB na década de 1980 da Rede Globo de Televisão e Raimundo Sodré, dentre outros, são os maiores divulgadores da cultura rítmica santo amarense.
O movimento rítmico da música e dança podem ser desenhados por qualquer pessoa que tenha visto de perto ou através de imagens fotográfica e televisiva.
É necessário apenas escutar a música para resgatar na memória uma imagem registrada dessa manifestação popular.
No samba de roda, existem muitas variações das cantigas, que recebem nomes diferentes a depender do local.
Na Ilha, em Salvador e municípios próximos predomina o samba corrido e as influencias urbanas.
O samba chula característico, também chamado samba de viola e samba amarrado, se encontra na antiga região da cana que abrange Maracangalha, São Francisco do Conde, Terra Nova, Teodoro Sampaio, Saubara, Santiago do Iguape e principalmente Santo Amaro.
Uma dupla de cantadores canta a chula e a outra dupla reforçada pelo coro das mulheres responde com o relativo – um verso menor que “arremata” a chula.
Nessa hora, ninguém entra na roda para sambar, esperando os homens terminarem de cantar e começar a parte instrumental com solos de viola e da percussão.
A sambadeira agora samba com passos miudinhos, “peneirando” e percorrendo a roda toda até dar a umbigada noutra sambadeira, que espera a próxima chula cantada. As chulas são miniaturas poéticas que tratam dos assuntos da vida, contando pequenas histórias, relatando conflitos e as complicações da paixão, retratando aspectos do cotidiano e dando conselhos, alertas e “sotaques” para quem precisa ouvir.
Os grandes temas cantados são ligados ao universo amoroso, ressaltando a visão do homem sobre a mulher, assim como sobre o próprio samba; os acontecimentos na roda; e o papel da viola, por estabelecer uma ligação forte entre os homens tocando e as mulheres sambando.
Muitas chulas retratam a vida do trabalho na roça, no canavial, no mar e no mangue, às vezes com uma conotação do sofrimento, do “penar” que remete aos tempos da escravatura. Em contraste com o lado pesado da vida, estão as chulas lúdicas e eróticas, contando piadas e conselhos irônicos, pequenas parábolas, satirizando situações sensuais e tragicômicas da vida.
Outro aspecto é a vida religiosa que se revela nas chulas que cantam os santos católicos e mais os orixás e os caboclos nas religiões afro-brasileiras, muitas vezes falando em metáforas. Na outra margem do Rio Paraguaçu, nos municípios de Antonio Cardoso, Santo Estevão e Rafael Jambeiro, a chula é chamada de côco e o corrido chamado de chula.
O samba nessa região se caracteriza por ser um samba de desafio, cheio de riquezas poéticas que retratam o universo regional com sutileza, humor e variedade literária.
Entre os sambadores antigos, samba é coisa séria, assunto de homens brabos que se desafiam com palavras afiadas e bem ritmadas, levando noites inteiras nessas disputas que renderam muitas lendas em toda região.
Alzirinha e o Xangó
Xangó-Termo regional usado na Bahia que define um peixe,o mesmo que manjuba.
A Moqueca de Xangó na folha de bananeira é o prato típico de São Francisco do Conde e demais comunidades do Recôncavo baiano.Apreciado pelo seu sabor azedinho e a forma artesanal como é servido na palha de bananeira.
Uma das quituteiras famosas do município Dona Preta é tradicionalmente procurada pelos turistas para saborear essa delícia da culinária no recôncavo baiano.
O Xangó ainda hoje faz parte da alimentação de muitas comunidades do recôncavo, peixe simples e barato, de fácil pesca, tem em sua forma de preparo a típica Moqueca.
Sua tradição remonta as técnicas indígenas de salga, para melhor conservação, outro aspecto interessante, é a forma de deu acondicionamento, espetado em gravetos de bambu, tornam-se uma iguaria tipica do recôncavo baiano.
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