Assembleia aprova queijo Cabacinha como patrimônio imaterial de Minas

ALMG aprovou, em segundo turno, projeto que torna o queijo patrimônio cultural e imaterial do estado. O laticínio é típico da região do Vale do Jequitinhonha

Por Estado de Minas

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em segundo turno, nesta quarta-feira (14/6), o Projeto de Lei (PL) 2573/2021, que torna o queijo Cabacinha patrimônio cultural e imaterial do estado. O laticínio é uma iguaria produzida em comunidades de agricultores familiares do Vale do Jequitinhonha.

O projeto, de autoria do deputado Dr. Jean Freire (PT), foi aprovado na forma de texto substitutivo sugerido pela Comissão de Cultura da Assembleia. A proposta agora parte para sanção do governador Romeu Zema (Novo).

O queijo cabacinha, além de muito saboroso, conta com um processo de fabricação extremamente tradicional da região, sendo de grande importância na construção da história e identidade cultural do Vale do Jequitinhonha. De origem italiana, derivado do queijo Caccio Cavalo, o queijo cabacinha recebe esse nome devido ao formato que ele possui após ser amarrado aos pares por um barbante e pendurado em uma vara de madeira, ganhando o formato de uma cabaça. 

O autor do projeto comemorou a aprovação em dois turnos na Assembleia e destacou a representatividade do queijo para a região do Vale do Jequitinhonha. Para o parlamentar, o reconhecimento como patrimônio cultural e imaterial pode fortalecer a geração de renda em torno da fabricação e consumo do laticínio.

“A produção e o consumo do queijo fazem parte da história de Minas Gerais, e o queijo Cabacinha, produzido no Vale Jequitinhonha, tem um importante papel nessa história. Seu modo de produção tem saberes tradicionais, e o reconhecimento pelo Poder Executivo pode resultar no fortalecimento da sua produção, consumo e, consequentemente, na geração de renda para diversas famílias, promovendo o desenvolvimento da região e garantindo a continuidade dessa tradição tão valiosa para nós”, afirmou.

O queijo Cabacinha é produzido a partir do leite cru com adição de coalho e fermento láctico. Ele é manualmente moldado para ganhar a forma de uma cabaça, o fruto da cabaceira, daí o nome popularizado para o alimento. Depois de salgado, o queijo é pendurado para secar e costuma ser comercializado nesta mesma disposição, em uma espécie de ‘varal’.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) realizou, em 2014, um estudo de caracterização da região produtora do laticínio envolvendo os municípios de Cachoeira do Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina e Pedra Azul. A região foi reconhecida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) como a produtora do queijo Cabacinha no estado. Mais tarde, foram incluídas as cidades de Divisópolis, Jequitinhonha, Joaíma e Ponto dos Volantes ao grupo.

Estado de Minas

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