Curso Comida:Corpo Social Identitário Comida e Identidade. Modulo 1ª Cozinha Hindu

Oficina PANCs Culturas Modulo 1º 
(Cozinha Hindu) 
Venha desfrutar conosco de uma bela manhã de sábado e mergulhar nos saberes, técnicas e receituários da cozinha indiana, adaptando elementos locais e Plantas Alimentícias Não Convencionais. 


As Oficinas Culturais, serão em 3 módulos, começando com a cozinha Hindu, passando pela Cozinha Peruana e finalizando com a Culinária Indígena. A curadoria e produção está a cargo da Juliana Oru Melo 
Ao final de cada modulo, partilharemos um delicioso almoço, preparado pelos participantes. 
Inscrições: (71) 99224 2667 
Acompanhe os textos e postagens do evento aqui: https://www.facebook.com/events/361590674432675/

Onde quer que os humanos tenham ido no mundo, eles carregaram consigo duas coisas, linguagem e fogo. 
Enquanto viajavam pelas florestas tropicais, acumulavam as preciosas brasas dos velhos fogos e protegiam-nas das chuvas torrenciais. 
Quando se estabeleceram em território árido, levaram consigo a memória do fogo e recriou-o em recipientes de cerâmica cheios de gordura animal. 
O próprio Darwin considerou essas duas conquistas mais significativas da humanidade. 
É claro que é impossível imaginar uma sociedade humana que não tenha linguagem, mas - dado o clima certo e uma adequação de comida selvagem crua - poderia haver uma tribo primitiva que sobrevive sem cozinhar? 
Na verdade, nunca essas pessoas foram encontradas. 
Nem serão, de acordo com uma teoria provocativa do biólogo de Harvard Richard Wrangham, quem acredita que o fogo é necessário para alimentar o órgão que possibilita todos os outros produtos da cultura, incluindo a linguagem: o cérebro humano.
Antropólogos como Claude Levi-Strauss e Richard Wrangham sugerem que a descoberta da culinária é o que separa os humanos dos macacos, o que nos torna “animais da cozinha”. 
Em suas opiniões, os avanços tecnológicos da culinária, marcaram a transformação humana da natureza(crua) em cultura (cozida) 
A partir do controle do fogo, a tecnologia define a maneira como comemos: o que comemos e cozinhamos, depende de de como cozinhamos. 
Ferramentas e técnicas, são adotadas primeiramente porque elas atendem a uma determinada necessidade ou resolvem um problema específico, mas com o tempo elas se tornam parte integrante da cultura alimentar. 
No entanto elas não emergem isoladamente, mas através de interações com recursos locais, preferências culturais, inovações tecnológicas, níveis de prosperidade e crenças.
A culinária reflete, além dos aspectos culturais e seus saberes, a agricultura local, bem como manter sua religiosidade, símbolo da ancestralidade de um povo. 
A carne de vaca é tabu entre os hindus, enquanto que a de porco é proibida entre os muçulmanos e judeus. 
Cada cozinha é elaborada de acordo com os ingredientes, técnicas culinárias e os utensílios característicos de cada região.
Com o desenvolvimento tecnológico e as formas de organização social, ocorreu uma maior incidência de pessoas trabalhando longe de casa ou tendo mais horas de trabalho. Devido a isso, a sociedade passou a se alimentar com mais frequência fora de casa, comprometendo a ritualística da comensalidade de cada cultura, oferecendo um grande risco a individuação de cada cultura. 
A gastronomia e, em geral, o conjunto das práticas culturais relacionadas com a alimentação representa um importante elemento de diferenciação social. Em particular, em contexto multicultural, em que se discutem as estratégias para a gestão da migração e da integração sociocultural, as práticas alimentares podem tornar-se um valioso elemento para a educação para a diferença e para a inclusão. Este curso propõe uma estratégia destinada ao ensino baseada na valorização gastronômica, de ricas culturas, como ferramenta de aproximação, de conhecimento e de inclusão sociocultural. 
O curso se divide em 4 módulos, começando pela Cozinha Indiana, passando pela Cozinha Peruana, a Cozinha Indígena Brasileira, finalizando com um rico trabalho etnográfico sobre os fornos, fogões, apetrechos, passando por suas ritualísticas comensalidade de destas culturas culinárias Introdução à Cozinha Indiana e Bengali (1º módulo) Assim como seus costumes e tradições, a variedade dos pratos indianos, é um claro reflexo da diversidade cultural desta região do oriente. Conhecer um pouco sobre a rica culinária indiana, com suas ervas, temperos e especiarias, pode fazer muita gente compreender um pouco mais sobre seus significados e se aventurar a prová-los. 
A grande variedade de cores, perfumes e sabores, descreve as inúmeras cozinhas dentro deste vasto sistema, com especificidades e características locais, fruto dos seus processos históricos, socioeconômicos, políticos, enfim, toda sua construção cultural. 
A maneira como os indianos se alimentam depende da região onde você estiver. Isso se deve ao fato de que os pratos e técnicas de cozinhar foram construídas a partir de uma mistura de culturas, idades e clãs. 
Enquanto a culinária do Norte é principalmente à base de arroz, o Oeste apresenta uma grande variedade de alimentos em conserva, para compensar a falta de legumes frescos na região. 
Já no leste, é possível encontrar grande variedade de peixes e pratos preparados com folhas de bambu, e finalmente o Sul, com uso de grande variedade de especiarias, peixes. Essa região também é conhecida pelo uso de um leite de coco. Entre as especiarias mais usadas na culinária indiana, o destaque fica por conta de itens como pimenta, gengibre, canela, feno-grego, noz-moscada, cominho, semente de mostarda preta, cúrcuma e cravo. 

O sabor da mistura entre estas e outras especiarias é o que faz a culinária da Índia tão famosa em todo o mundo, principalmente na Europa e nos EUA. 

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