Frutas do Brasil: o sabor brasileiro

O Brasil é conhecido como a “terra das frutas” graças a tamanha variedade encontrada. Não há estrangeiro que, vindo de lugares frios, não se admire com a nossa abundância de formatos, perfumes e cores. 
Isso é natural, como país predominantemente tropical que somos, embora inusitadamente a biodiversidade nativa brasileira não tenha quase nada a ver com o encontrado nos supermercados e feiras livres. 
Mas muitas destas frutas são puco conhecidas pelos brasileiros, selecionei algumas que tenho certeza você nunca provou: 






















 TAPIÁ OU TRAPIÁ vem do tupi guarani e quer dizer “fruta de anta”, pois esse mamífero tem grande predileção por essa fruta. Também chamado de Boloteira, Cabaceira ou Basparí na Bahia. 

Nome Científico: 
Sinonímia: 
Nomes Populares: 
Família: Brassicaceae 
Categoria: Crateva tapia 
Origem: nativa 
Altura: 4 a 15 m 
Luminosidade: Sol Pleno 
Ciclo de Vida: Perene Arvore elegante, de 4 a 15 m conforme as variações climáticas de cada região. Copa é arredondada ou semelhante a um guarda-chuva, e troncos e galhos esparsos que se estendem na horizontal. O tronco é tortuoso, cilíndrico, de 20 a 45 cm de diâmetro, com ritidoma (casca) glabro (sem pelos), áspero, de coloração creme acinzentado, e quando cortada exala cheiro característico de alho. As folhas são alternas, glabras em ambas as faces, membranáceas, trifoliadas (com três folíolos saindo do mesmo ponto), sob pecíolo (haste ou suporte) circular, longo de 5 a 9 cm de comprimento, cuja lamina foliar é presa por peciólulos (hastes secundarias) subsésseis (muito curtas) de 4 a 12 mm de comprimento. 
As flores são vistosas, e nascem no ápice dos ramos, reunidas em cachos corimbiformes (cacho em que as flores saem de pontos diferentes da mesma haste ou eixo) de 12 a 18 cm de comprimento, contendo de 15 a 32 flores de 7 cm de diâmetro. As sementes são de cor creme e achatadas; têm comportamento ortodoxo em relação ao armazenamento, ou seja, podem ser guardadas por mais de 2 anos sem perder a capacidade germinativa. Podem ser semeadas tanto em canteiros como em saquinhos individuais contendo o substrato composto de 40% de matéria orgânica, 30% de areia e 30% de terra de superfície. A germinação se inicia com 30 dias e prolonga-se até por 75 dias após a semeadura. O crescimento das plantas é rápido, atingindo 40 cm aos 6 meses de idade. A planta também pode ser reproduzida por estacas das raízes ou pela retirada de mudas que brotam por estolão das raízes superficiais. A polpa pode ser consumida com a ajuda de uma colher, colocando porções na boca e chupando e jogando fora as sementes. Os frutos sem casca podem ser usados para enriquecer sopas de legumes. 
A Arvore tem magnífica floração e por sua grande produção de frutas, não deve faltar em projetos de reflorestamentos.





















Tucum 
Seu palmito é usado em diversas culinárias 
A polpa dos frutos maduros e a amêndoa podem ser consumidas ao natural. 
 Tem um sabor de Maçã verde e muito azeda. 

As folhas são úteis na confecção de vassouras, chapéus e de artesanatos diversos. 

Nome Científico: (Bactris setosa)
Nomes Família: tucunzeiro, ticum ou tecum 
Categoria: frutos de palmeira, São produzidos em cachos e consumidos ao natural, chupando-se como a jabuticaba. 
Origem: nativa
Altura: Atinge de 10 a 12 metros de altura. 
Tem caules coberto por espinhos, sendo muito ornamental. 
Seus frutos são esféricos, com cerca de 2 centímetros de diâmetro. 
Quando verdes, contêm pequena polpa e água no interior, como o coco-da-baía. Quando maduros, ficam roxos, adocicados e saborosos, com caroço de casca fina e castanha de polpa branca e comestível. 
São, também, muito utilizados em infusão na aguardente. Ocorre na mata atlântica, do sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. Muito usado para pesca do pacu nas bacias pantaneiras. Das folhas, faz-se uma fibra muito forte e útil. 
As sementes fornecem um óleo alimentício. 

A planta pode ser usada nos trabalhos de paisagismo pelo visual que chama atenção através de seus espinhos de aparência agressiva, mas também ornamental. 






















Oiti

O fruto é comestível, bastante odorífero, de sabor adocicado e um pouco adstringente. Alguns relatos informam que o fruto lembra o sabor da manga, mas para mim, a textura mais áspera e seca, lembra milho cozido. Possivelmente, esta também deve ser a razão pela qual a espécie é chamada popularmente de milho-cozido.


Nome Científico: Licania tomentosa 
Sinonímia: Moquilea tomentosa, Pleragina odorata 
Nomes Populares: Oiti, Goiti, Oitizeiro, Oiti-da-praia, Oiti-cagão, Guali, Oiti-mirim, Oiticica, Manga-da-praia, Milho-cozido, Fruta-cabeluda, Guailí, Guití, Uiti 
Família: Chrysobalanaceae 
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais 
Clima: Equatorial, Oceânico, Tropical 
Origem: América do Sul, Brasil Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene O oiti ou oitizeiro é uma árvore perenifólia, frutífera, originária das restingas costeiras do nordeste do Brasil e muito utilizada na arborização urbana. 
Sua copa é globosa, bem formada e cheia, produzindo excelente sombra e efeito ornamental. Suas raízes são profundas, não agressivas. 
O tronco é ereto e geralmente apresenta casca cinzenta e fuste curto, ramificando em seguida. A madeira é de boa qualidade, resistente, pesada, durável e pode ser utilizada em postes, moirões, construção civil, etc. 
As folhas são simples, alternas, elípticas a oblongas, acuminadas, brilhantes, tomentosas, de margens inteiras e nervura central bem marcada. 
Elas são amarelo claras quando novas e tornam-se verdes escuras com a maturação. Floresce no inverno, e suas inflorescências tem pouca ou nenhuma importância ornamental. Elas são do tipo rácemo, axilares, com flores pequenas, de cor creme ou branca. Frutifica no verão. 
O fruto é uma drupa carnosa, elipsóide, perfumada, de casca amarela quando madura e polpa pegajosa e fibrosa, com semente grande e dura. 
O fruto do oitizeiro é comestível, nutritivo, de sabor doce e adstringente, que lembra a manga. Ele deve ser consumido maduro, deixando-se descansar por pelo menos 4 a 5 dias após a colheita. O mais comum é consumi-lo in natura, mas também presta-se para o preparo de deliciosas vitaminas com leite. 
Tem efeito levemente laxativo. 

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