QUEM TEM MEDO DE DORA?
A biografia básica de De Larios já foi relativamente bem documentada: nascida em Boyle Heights em 1933, filha de imigrantes mexicanos, a artista estudou na USC, onde se formou em cerâmica em 1957.
Duas coisas marcaram sua juventude de maneira indelével: sua família e a arte.
Seu pai, Elpidio De Larios, era uma presença turbulenta. “Em espanhol, há aquele ditado de que ele era a luz da rua e a escuridão da casa”, explica ela. Mas ele era um amante da cultura — e transmitiu essa afinidade à filha, levando-a regularmente para ver artefatos e monumentos.
Isso incluiu uma viagem ao Museu Nacional de Antropologia na Cidade do México, onde a pequena Dora, aos seis anos, ficou fascinada por um enorme monólito do século XIII com um calendário asteca (uma peça conhecida como “Piedra del Sol”, ou pedra do sol). E houve também a viagem ao Museu De Young, em San Francisco, no final da década de 1940, para ver uma exposição de obras que haviam sido escondidas pelos nazistas em uma mina de sal.
“Foi a primeira vez que vi Rembrandt”, diz De Larios com admiração. “Foi fabuloso, fabuloso.”
Ela descobriu a cerâmica em uma aula no colégio Dorsey, no sul de Los Angeles.
“Gostei do fato de que você podia amassar o material”, diz ela, “e, desde que não o queimasse, podia reutilizá-lo indefinidamente.”
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