Oficina Sotoko no Fórum Internacional Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo 2024)

ADO Banquete Verde Oficina Afrodiaporica



O Fórum Internacional Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo fomenta produções acadêmicas, científicas, culturais, considerando-se o processo de adoção e implementação das políticas de ações afirmativas no Brasil.

Femenagem a Luiza Bairros

Em 2024 o Fórum Internacional Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo, em Cruz das Almas, fará uma homenagem a Luiza Bairros, militante, intelectual e ativista da luta feminista e anti-racista no Brasil e traremos em pauta a luta feminista e antirracista na diáspora (Tema: “Nossos Feminismos Revisitados: Uma Femenagem a Luiza Bairros”)

https://ufrb.edu.br/propaae/forum2024

              OFICINA AFRODIÁPORICA 

A história dos povos da diáspora africana no Brasil ainda não foi devidamente contada, essas lacunas tem impacto decisivo na desigualdade.Durante décadas, o discurso historiográfico e antropológico ocultou ou relegou a segundo plano as tradições culturais e religiosas de um grupo que representa oficialmente quase metade da população brasileira.

No continente africano, há mais de trezentas espécies vegetais tradicionais que servem de alimento há séculos. Conhecidos por seu valor nutritivo e medicinal, esses vegetais são parte essencial da cultura e alimentação de diversas comunidades.

Também no Brasil, esses alimentos que fazem parte da cultura alimentar dos povos tradicionais, mesmo sendo esquecidos e negligenciados.

Nos últimos anos, sua popularidade tem crescido lentamente.

Se antes desprezados, agora esses vegetais são cultivados por pequenos agricultores, vendidos em mercados ao ar livre e supermercados, e consumidos tanto na zona rural quanto na urbana.

Esses vegetais tradicionais representam um legado importante na alimentação e na cultura das pessoas, preservando a herança dos nossos antepassados e ancestrais.

O trabalho que desenvolmos nas Oficinas Sotoko é fortalecer a preservação e fomento das tradições culinárias e a cultura alimentar como uma expressão de identidade cultural e ecologicamente comprometido, além de um motor de desenvolvimento econômico e social.

- motivos para a participação de Alício no Fórum

- 2. O que será a oficina

A Oficina Sotoko no Fórum Internacional Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social vai desenvolver um Banquete junto aos participantes com o intuito de celebrar o Orixá Ossaim 

A Oficina acontece no Domingo (23) iniciando as atividades às 8hs

Propósito:

A Oficina Afrodiáspórica estabelece uma conexão profunda entre alimentos sagrados da culinária afro-indígena brasileira e os fundamentos da culinária tradicional africana.

Alimentos Promovendo a Igualdade 

Alimentos Promovendo a Igualdade

A alimentação tradicional desempenha um papel transformador na promoção da igualdade, especialmente quando valoriza a produção local, a diversidade cultural e a inclusão social em toda a cadeia alimentar.


Pontos principais:

1. Fortalecimento de Agricultores e Comunidades Locais

A alimentação tradicional está frequentemente associada a práticas agrícolas e de produção locais. Ao consumir produtos oriundos dessas tradições, valorizamos o trabalho de pequenos produtores e comunidades rurais, contribuindo para a redução da desigualdade econômica. Essa valorização auxilia na manutenção dessas atividades, assegurando uma remuneração justa e fortalecendo economias locais.

2. Preservação de Culturas e Identidades Locais

A alimentação tradicional reflete saberes e práticas culturais transmitidos ao longo de gerações.

Resgatar e valorizar essas tradições não apenas promove o respeito às diferentes culturas — como as populações indígenas e quilombolas — mas também fortalece identidades locais. Essa valorização combate a homogeneização cultural, contribuindo para a igualdade social e reforçando a dignidade das comunidades.


3. Promoção da Segurança Alimentar e Nutricional


Muitas tradições alimentares apresentam um equilíbrio nutricional intrínseco e oferecem opções acessíveis para promover uma alimentação saudável. Esse aspecto é particularmente importante em comunidades de baixa renda, onde alimentos industrializados, mais acessíveis economicamente, carecem de qualidade nutricional. Valorizar a comida tradicional combate a má alimentação e promove o acesso igualitário a uma nutrição adequada.



4. Sustentabilidade e Igualdade Intergeracional


Práticas alimentares tradicionais frequentemente incorporam métodos sustentáveis, como a rotação de culturas e o uso de alimentos locais e sazonais. Essas abordagens preservam os recursos naturais, promovendo igualdade entre gerações ao garantir que as futuras também possam desfrutar desses recursos.


5. Valorização do Papel das Mulheres e da Diversidade de Gênero


Em diversas culturas, as mulheres desempenham um papel central na preservação das tradições culinárias. Reconhecer e valorizar a alimentação tradicional promove o papel social e econômico das mulheres, que muitas vezes são responsáveis por transmitir esses saberes. Essa valorização também pode abrir caminho para lideranças femininas e para um maior reconhecimento de sua contribuição na segurança alimentar e na sustentabilidade.


Promover a alimentação tradicional, portanto, é uma forma de valorizar a diversidade cultural e econômica, fortalecer a inclusão social e incentivar uma cadeia de produção e consumo mais justa.










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